UMA DEMANDA FORMATIVA POR CONHECIMENTOS QUÍMICOS: O CONFRONTO COM CURRÍCULO
DOI:
10.26571/REAMEC.a2019.v7.n2.p185-206.i8454Palavras-chave:
Currículo, Formação continuada, Educação em Química, Educação indígenaResumo
Neste texto nós refletimos sobre uma demanda de formação continuada para a docência em Química, apresentada por professores indígenas, destacando múltiplas dimensões do currículo da área das Ciências da Natureza. Partimos do questionamento a respeito das condições necessárias para dimensionar uma formação continuada comprometida com a produção curricular. Assim, visamos interpretar tais dimensões em relação às aspirações curriculares, relativas ao conhecimento químico. Os resultados indicam que as experiências formativas dos professores se apoiam em abordagens hegemônicas, mas também possuem características de uma política cultural. Os dados nos apontam desde adesões voluntárias, processos individuais e coletivos de estudo, até o reconhecimento de diferentes matrizes de conhecimento e distintas bases epistemológicas presentes na Educação Básica.
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