ANCESTRALIZANDO: UMA ATIVIDADE LÚDICA PARA O ENSINO DE SISTEMÁTICA FILOGENÉTICA NO ENSINO MÉDIO

Autores

DOI:

10.26571/reamec.v11i1.14449

Palavras-chave:

Cladograma, Ensino por Investigação, Filogenia, Ludicidade

Resumo

A sistemática filogenética é uma área da ciência que se baseia no conceito de ancestralidade e descendência, seu objetivo principal é que a classificação biológica reflita as relações de parentesco entre os seres vivos. O ensino de sistemática filogenética é um alicerce fundamental para aprendizagem de outros conteúdos na biologia, porém muitas vezes é negligenciado por professores no ensino médio pela carência de bibliografia e atividades voltadas para esse nível escolar. Na literatura há pouquíssimas atividades didáticas com foco em sistemática filogenética, e no geral, são voltadas ao ensino superior. Nesse sentido, o presente trabalho apresenta uma pesquisa bibliográfica de âmbito nacional e internacional, e a apresentação de um novo produto para o ensino de sistemática filogenética no ensino médio, na forma de uma atividade lúdica. O jogo Ancestralizando é composto por um total de quarenta e cinco cartas representando diferentes espécies de animais viventes e ancestrais hipotéticos baseados na fauna do estado do Mato Grosso. A atividade foi elaborada a partir do aporte teórico proposto em um dos artigos analisados (a saber, Russo et al. 2016) onde os autores mostraram a possibilidade de desenvolver uma atividade de sistemática filogenética por meio da observação de características morfológicas, construção de cladogramas e produção de árvores filogenéticas mais parcimoniosas. Dessa forma, o professor que aplicar este produto levará o aluno a propor hipóteses e testá-las usando uma metodologia simplificada da sistemática filogenética, caracterizando o ensino por investigação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

##plugins.generic.paperbuzz.metrics##

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Rosivânia de Queiróz Ribeiro, Secretaria de Estado de Educação (SEDUC), Cuiabá, Mato Grosso, Brasil.

Bióloga, Mestre em Ensino de Biologia - PROFBIO pela UFMT, possui graduação em ciências biológicas pela Universidade de Cuiabá (2009) e pós graduação em MBA em Gestão e Perícia Ambiental pela Universidade de Cuiabá (2011) e Licenciatura em Educação Física pela Universidade Federal de Mato Grosso. Trabalhou na Escola Estadual Alice Barbosa Pacheco desde de 2011 até 2021 como Professora diversas disciplinas como: Física, História, Sociologia, Educação Religiosa, em 2012, 2013 e 2014 ministrou as disciplinas de Ciências, Biologia, Química, Inglês e Educação Física. Atualmente pertence ao quadro de professora efetiva do Estado de Mato Grosso, lotada na Escola Estadual Antônio Gomes Primo.

Edlley Max Pessoa, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Cuiabá, Mato Grosso, Brasil.

Biólogo, Mestre e Doutor em Biologia Vegetal pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com período sanduíche no Kew Royal Botanic Gardens (UK). Desenvolve pesquisa em sistemática de Angiospermas. Sua linha de pesquisa atual tem interesse no uso de abordagens integrativas na sistemática de táxons com taxonomia complicada e delimitação de espécies problemática. O foco está em Orchidaceae neotropicais e em outras famílias de Angiospermas. Atualmente é professor Adjunto da Universidade Federal do Mato Grosso, e é membro permanente dos Programas de Pós-graduação em Biodiversidade, Ambiente e Saúde (PPGBAS-UEMA), Biologia Vegetal (PPGBV-UFMT) e PROFBIO (em rede).

Referências

ALVES, M. M.; TEIXEIRA, O. Gamificação e objetos de aprendizagem: contribuições da gamificação para o design de objetos de aprendizagem. In: FADEL, L. M.; et al. Gamificação na educação. São Paulo: Pimenta Cultural, 2014. 302 p.

AMORIM, D. S. Fundamentos de sistemática filogenética. Ribeirão Preto, SP, Editora Holos, 2002. 153 p.

BARBOZA, W. F.; BRAGA, D. V. V. Jogos didáticos como plataforma de aula: desconstruindo preconceitos no ensino de biologia. INTERNATIONAL JOURNAL EDUCATION AND TEACHING (PDVL). Recife, v.3, n.3 p. 137-152, Set./Dez. 2020. https://doi.org/10.31692/2595-2498.v3i3.156.

BEAR, R.; RINTOUL, D.; SNYDER, B.; SMITH-CALDAS, M.; HERREN, C.; HORNE, E. Taxonomy and phylogeny. In: Principles of Biology. Cap. 4, p. 29-36, 2016. Disponível em: http://cnx.org/contents/db89c8f8-a27c-4685-ad2a-19d11a2a7e2e@24.18. Acesso em 6 set. 2021.

BOLER, S.; KAPP, K. Jogar para Aprender: tudo o que você precisa saber sobre o design de jogos de aprendizagem eficazes. São Paulo: DVS Editora, SP, Brasil. Edição do Kindle. 2018.

BRASIL. Ministério da Educação: Base Nacional Comum Curricular para o ensino médio. Brasília, 2018.

BRASIL. Lei no 9.394, de 23 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário oficial da união, Seção 1, Brasília, DF, 23 dez. 1996.

BRITO SILVA, J. M.; DE MIRANDA CERQUEIRA, L. L. Plataforma Youtube® como ferramenta para o ensino de Biologia. REAMEC - Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática. v. 8, n. 2, p. 774-792, 2020. https://doi.org/10.26571/reamec.v8i2.10191

BUSARELLO, R, I.; ULBRICHT, V. R.; FADEL, L. M. A gamificação e a sistemática de jogo: conceitos sobre a gamificação como recurso motivacional. In: FADEL, L. M.; et al. Gamificação na educação. São Paulo: Pimenta Cultural, 2014. 302 p.

CABRERA, W. V. A ludicidade para o ensino médio na disciplina de Biologia: Contribuições ao processo de aprendizagem em conformidade com os pressupostos teóricos da Aprendizagem Significativa. 2007. 158 p. Dissertação. (Mestrado em Ensino de Ciências e Educação Matemática) - Universidade Estadual de Londrina, Paraná, 2007.

CAMPOS, L. M. L.; BORTOLOTO, T. M.; FELICIO, A. K. C. A produção de jogos didáticos para o ensino de Ciências e Biologia: uma proposta para favorecer a aprendizagem. Caderno dos Núcleos de Ensino, São Paulo, SP, p. 47-60, 2003. Disponível em: http://www.unesp.br/prograd/PDFNE2002/aproducaodejogos.pdf. Acesso em: 10 maio 2020.

CONCEIÇÃO, A. R,; MOTA, M. D. A.; BARGUIL, P. M. Jogos didáticos no ensino e na aprendizagem de Ciências e Biologia: concepções e práticas docentes. Research, Society and Development, v. 9, n. 5, p. 1-26, abr. e165953290, 2020. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i5.3290.

CORDEIRO, R. S.; MORINI, M. S. C.; FRENEDOZO, R. C.; WUO, M. Abordagem de Sistemática Filogenética com ênfase em Biodiversidade nos Livros Didáticos. Acta Scientiae, Canoas, RS, vol. 20, n. 4, p. 610-625, jul./ago. 2018. Disponível em: http://www.periodicos.ulbra.br/index.php/acta/article/view/3913. Acessado em: 15 set. 2020.

COSTA, L.O. A classificação biológica nas salas de aula: modelo para um jogo didático. Dissertação de Mestrado em Ciências. Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro-RJ. 2012. Disponível em: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/6410. Acesso em: 20 jan. 2021

COUTINHO, C.; BARTHOLOMEI-SANTOS, M. L. “Pensamento em árvore” e o ensino de evolução biológica: percepções de um grupo de professores. Experiências em Ensino de Ciências, Santa Maria, RS, vol.14, n.2, p. 395-412, jun. 2019. Disponível em: https://if.ufmt.br/eenci/artigos/Artigo_ID620/v14_n2_a2019.pdf. Acesso em: 7 ago. 2020.

DARWIN, C. R. On the origin of species by means of natural selection or the preservation of favored races in the struggle for life. London, Murray, 1859. 502 p.

DARWIN, C. R. A origem das espécies. FONSECA, E. (Trad.). Rio de Janeiro, Ediouro, 2004. 572 p.

EITERER, C. L.; MEDEIROS, Z.; DALBEN, A. I. L. F.; COSTA, T. M. L. Metodologia de pesquisa em ação. Belo Horizonte, MG, UFMG, Faculdade de Educação, 2010. 48 p.

HENNIG, W. Phylogenetic systematics. University of Illinois Press, Urbana, 1966. 263p.

JACON, L. da S. C.; OLIVEIRA, A. C. G. de; MARTINES, E. A. L. de M.; MELLO, I. C. de. Educação & tecnologia: reflexões sobre a incorporação de tecnologias móveis na educação. REAMEC - Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática, [S. l.], v. 1, n. 1, p. 88-101, 2013. https://doi.org/10.26571/2318-6674.a2013.v1.n1.p88-101.i5290

KLASSA, B.; SANTOS, C. M. D. 50 anos de sistemática filogenética: análise do livro filogenética, primeiros passos e prospecções para o ensino de evolução. Experiências em Ensino de Ciências, Santo André, SP, vol.12, n.6, p. 22-34, 2017. Disponível em: https://if.ufmt.br/eenci/artigos/Artigo_ID401/v12_n6_a2017.pdf. Acesso em: 7 agos. 2020.

LAMARCK, J. B. Zoological Philosophy: an exposition with regard to the natural history os animals. ELLIOT, H. (Trad.) Vol. 1. Londres, MacMillan and Co, 1914. 520 p.

LARA, P.; et al. Desenvolvimento e aplicação de um jogo sobre interações ecológicas no ensino de biologia. Experiências em Ensino de Ciências, Curitiba-PR, vol. 12, n. 8, p. 261-275, 2017. Disponível em: https://if.ufmt.br/eenci/artigos/Artigo_ID450/v12_n8_a2017.pdf . Acesso em: 10 de agosto de 2020.

LEWINSOHN, T.M.; PRADO, P.I. 2005. Quantas espécies há no Brasil?. Megadiversidade, Campinas-SP vol. 1, n.1, p. 36-42, jun. 2005. Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Thomas-Lewinsohn/publication/271644747_Quantas_especies_ha_no_Brasil/links/5995adb0a6fdcc66b4366758/Quantas-especies-ha-no-Brasil.pdf. Acesso em: 24 jan. 2023.

LOPES, W. R.; VASCONCELOS, S. D. Representação e distorções conceituais do conteúdo “filogenia” em livros didáticos de biologia do ensino médio. Revista Ensaio, Belo Horizonte, MG, v.14, n. 03, p. 149-165, set./dez. 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1983-21172012000300149&script=sci_arttext. Acesso em: 20 maio 2020.

MCCABE, D. J. Competitive phylogenetics: a laboratory exercise. American Biology Teacher, vol. 76, n. 2, p. 127–131, feb. 2014. Disponível em: https://online.ucpress.edu/abt/article/76/2/127/1653/Competitive-PhylogeneticsA-Laboratory-Exercise. Acesso em: 10 jun. 2020.

NOBRE, S. B.; FARIAS, M. E. Jogo digital como estratégia para o ensino de biologia evolutiva. Revista Tecnologias na Educação, ano 8, v.17, pag. 1-14, dez. 2016. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/319108754_Jogo_Digital_como_estrategia_para_o_ensino_de_Biologia_Evolutiva . Acesso em: 2 ago. 2020.

PANTOJA, S. Filogenética, primeiros passos. Rio de Janeiro. Technical Books. 2016, 87 p.

PORTELA, H. M. B. F.; DEREK R. M. F. S. M.; LUZ, J. W. P. Proposta de Jogo Educacional para o Ensino de Sistemática Filogenética. In: SBC – Proceedings of SBGames. Anais [...]. XV SBGames, São Paulo, SP, p. 1222-1225, set. 2016. Disponível em: http://www.sbgames.org/sbgames2016/downloads/anais/157679.pdf. Acesso em: 17 nov. 2020.

ROSA, J. M.; MARTINS, L. M. Reflexões sobre o ensino da taxonomia e da sistemática filogenética e o desenvolvimento do pensamento abstrato. Obutchénie: Revista de Didática e Psicologia Pedagógica, Uberlândia, MG, v.1, n.2, p. 376-410, maio/agos. 2017. Disponível em: http://www.seer.ufu.br/index.php/Obutchenie/article/view/40835. Acesso em: 11 jun. 2020.

RUSSO, C. M.; ANDRÉ, T. Science and evolution. Genetics and Molecular Biology, v. 42, n. 1, p. 120-124, mar./jul. 2019. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/gmb/2019nahead/1415-4757-GMB-1678-4685-GMB-2018-0086.pdf. Acesso em: 5 mai. 2020.

RUSSO, C. M.; AGUIAR, B.; SELVATTI, A. P. When Chinese Masks Meet Phylogenetics. The American Biology Teacher, vol.78, n. 3, p. 241-247, 2016. Disponível em: https://online.ucpress.edu/abt/article/78/3/241/110095/When-Chinese-Masks-Meet-Phylogenetics. Acesso em: 10 mai. 2020.

SANTOS, C. M. D. Os dinossauros de Hennig: sobre a importância do monofiletismo para a sistemática biológica. Scientia e Studia, vol. 6, n. 2, p. 179-200, 2008. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-31662008000200003. Acesso em: 10 mai. 2020.

SANTOS, C. M. D.; CALOR, A. R. Ensino de biologia evolutiva utilizando a estrutura conceitual da sistemática filogenética –II. Ciência & Ensino, vol. 2, n. 1, dez. 2007. Disponível em: http://143.0.234.106:3537/ojs/index.php/cienciaeensino/article/viewFile/99/130. Acesso em: 1º mai. 2020.

SANTOS, C. M. D.; KLASSA, B. Despersonalizando o ensino de evolução: ênfase nos conceitos através da sistemática filogenética. Educação: Teoria e Prática, Rio Claro, SP, vol. 22, n. 40, p. 62-81, maio/ago. 2012.

SANTOS, C. M. D.; KLASSA, B. Sistemática filogenética hennigiana: revolução ou mudança no interior de um paradigma? Scientia e studia, São Paulo, vol. 10, n. 3, p. 593-612, nov. 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1678-31662012000300008&script=sci_arttext. Acesso em: 11 jun. 2020.

SASSERON, L. H. alfabetização científica, ensino por investigação e argumentação: relações entre ciências da natureza e escola. Revista Ensaio, Belo Horizonte, MG, vol.17 n. especial, p. 49-67, nov. 2015.

SILVA, J. G. Plataforma para criação de jogos educativos para usuários não-experientes. 2016. 119 p. Dissertação. (Mestre Profissional em Ciência da Computação) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2016.

SILVA, M. I. O.; PESCE, L.; NETTO, A. V. Aplicação de sala de aula invertida para o aprendizado de língua portuguesa no ensino médio de escola pública. Tecnologias, Sociedade e Conhecimento, Campinas, SP, vol. 5, n. 1, p. 100-119, dez. 2018.

SILVA, T. R. da; SILVA, B. R. da; COSTA, E. B. Desenvolvimento de jogo didático para o ensino de células eucarióticas: recurso lúdico na aprendizagem dos alunos. REAMEC - Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática, v. 7, n. 1, p. 04-21, 2019. https://doi.org/10.26571/REAMEC.a2019.v7.n1.p04-21.i6626

SOUZA, S. C.; DOURADO, L. Aprendizagem baseada em problemas (abp): um método de aprendizagem inovador para o ensino educativo. Holos, vol. 5, p. 182-200, set. 2015. Disponível em: http://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/view/2880. Acesso em: 8 jul. 2020.

TUIMALA, J. Phylogenetics exercise using inherited human traits. Biochemistry and Molecular Biology Education, vol. 34, n. 4, p. 300–304, Jan. 2006. Disponível em: https://iubmb.onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/bmb.2006.494034042634. Acesso em 10 mai. 2020.

Downloads

Publicado

2023-02-05

Como Citar

RIBEIRO, R. de Q.; PESSOA, E. M. ANCESTRALIZANDO: UMA ATIVIDADE LÚDICA PARA O ENSINO DE SISTEMÁTICA FILOGENÉTICA NO ENSINO MÉDIO. REAMEC - Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática, Cuiabá, Brasil, v. 11, n. 1, p. e23003, 2023. DOI: 10.26571/reamec.v11i1.14449. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/reamec/article/view/14449. Acesso em: 24 abr. 2024.