PENSAMENTO CRÍTICO EM CIÊNCIAS: ESTUDO COMPARATIVO TEMPORAL DOS CONCEITOS NAS PRODUÇÕES

Autores

DOI:

10.26571/REAMEC.a2018.v6.n2.p273-290.i7043

Palavras-chave:

Pensamento Crítico, Formação de professores, Ensino de Ciências.

Resumo

Na contemporaneidade, são exigidas dos alunos cada vez mais competências como a resolução de problemas, tomada de decisões, reflexão, autonomia e a capacidade de pensar e agir criticamente. A comunidade escolar é fundamental para o desenvolvimento dessas capacidades, pois é por meio de estratégias e metodologias de ensino que elas são estimuladas e construídas. Neste contexto, considera-se a promoção do Pensamento Crítico como o principal precursor destas e doutras capacidades, pois coloca em xeque o modo como são utilizadas diferentes estratégias de ensino, bem como são estabelecidos os programas de formação de professores em Ciências. Pensando nisso, realizou-se análise documental em 23 trabalhos acadêmicos disponíveis em repositórios brasileiros, analisando os autores que conceituam o pensamento crítico. Concluiu-se que o conceito de PC adotado como ideal para a sua promoção, predominou em 10 dos 23 trabalhos acadêmicos, sendo este de caráter racional, prático, ativo e reflexivo. Além de identificar que a maioria das produções brasileiras adotam os conceitos portugueses e fazem pouca menção a referências brasileiras da área. Contudo, ressalta-se que essas capacidades extrapolam o ensino e migram de maneira positiva para o contexto social do aluno, influenciando suas relações profissionais, afetivas e sociais como um todo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

##plugins.generic.paperbuzz.metrics##

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Kélli Renata Corrêa de Mattos, Universidade Federal da Fronteira Sul

Mestranda em Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde, pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), bolsista CAPES. Participa do Grupo Inter-institucional Desempenho Escolar e Inclusão Acadêmica - IDEIA. Graduada em licenciatura em Ciências Biológicas pela Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), campus Cerro Largo. Participou do Programa Institucional de Bolsa a Iniciação à Docência - PIBID (2015), foi bolsista PRO-ICT/UFFS (2016), voluntária do Programa de Educação Tutorial - PET (2017), bolsista CNPq (2017) e PROBITI/FAPERGS (2018).

Aline Teresinha Walczak, Universidade Federal da Fronteira Sul

Mestranda em Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde na Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA). Graduada em Licenciatura em Ciência Biológicas pela Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Campus Cerro Largo. Foi bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência (PIBID) e do Programa de Educação Tutorial (PETCiências - SESu/MEC/FNDE). Participou dos Ciclos Formativos em Ensino de Ciências e Matemática, do projeto de extensão Grupo de Estudos e Pesquisa em Ensino de Ciências e Matemática (GEPECIEM) - UFFS, Cerro Largo/RS. Trabalhou como voluntária em projetos de pesquisa envolvendo a Experimentação e os Livros Didáticos, Pensamento Crítico e Educação em Saúde. Atualmente, faz parte do grupo TUNA - Gênero, Educação e Diferença e pesquisa sobre temáticas relacionadas às questões de gênero e sexualidade.

Roque Ismael da Costa Güllich, Universidade Federal da Fronteira Sul

Possui Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões - URI (1999), Aperfeiçoamento em Biologia Geral: CAPES -UNIJUÍ (1999), Especialização em Educação e Interpretação Ambiental UFLA (2000), Mestrado em Educação nas Ciências pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ (2003) e Doutorado em Educação nas Ciências - UNIJUÍ (2012). Atualmente é professor da Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS, Campus de Cerro Largo-RS, na área de Prática de Ensino e Estágio Supervisionado de Ciências Biológicas. Tem experiência na área de Educação, com ênfase na Formação de Professores de Ciências e Biologia, atuando na pesquisa, na extensão e na docência, principalmente nos seguintes temas: Ensino de Ciências. Ensino de Biologia. Formação de Professores. Investigação-Formação-Ação em Ciências. Narrativas Pensamento Crítico em Ciências. Coordenou o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência - PIBID/CAPES, Subprojeto Ciências até 2014 e o Subprojeto Ciências Biológicas até 2016. Atualmente é tutor do PETCiências- Programa de Educação Tutorial sendo bolsista SESu-MEC/FNDE, Pesquisador líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Ensino de Ciências e Matemática - GEPECIEM e Editor geral da Revista Insignare Scientia - RIS. Professor e Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências - PPGEC - UFFS. 

Referências

BOSZKO, C.; GÜLLICH, R.I.C. O desenvolvimento do pensamento crítico em ciências: um ensaio comparativo entre estratégias de ensino em contexto brasileiro. Revista de Ensino de Biologia – REnBio, SBEnBio, Niterói-RJ. v.9, n.9, p. 2991-3003, 2016.

BOSZKO, C. Estratégias de ensino de ciências e a promoção do pensamento crítico em contexto brasileiro. 2016. 27p. Trabalho de conclusão de curso, Universidade Federal da Fronteira Sul, Cerro Largo, 2016.

BRASIL. MEC. Orientações Curriculares para Ensino Médio. Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília, 2000. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/book_volume_03_internet.pdf> Acesso em:

de mai de 2017.

COSTA, A. S. G. Pensamento Crítico: Articulação entre Educação Não-formal e Formal em Ciências. 267 f. Dissertação (Mestre em Educação em Ciências) – Departamento de Didactica e Tecnologia Educativa, Universidade de Aveiro, Portugal, 2007.

ENNIS, R. H. Critical thinking and the curriculum. National Forum, v.65, n. 1 p. 24-27, 1985.

GONÇALVES, E; VIEIRA, R. M. Aprender Ciências e Desenvolver o Pensamento Crítico: percursos educativos no 1º ciclo do Ensino Básico. Indagatio Didactica, vol. 7(1), p. 7-24, julho 2015.

LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: Epu, 2001.

GÜLLICH, R. I. C. Investigação-formação-ação em Ciências: um caminho para reconstruir a relação entre livro didático, o professor e o ensino. Curitiba: Prismas, 2013.

TAVARES, B. F. C. A escultura como promotora do pensamento crítico. 104 f. Dissertação (Mestrado em Mestre em Ensino das Artes Visuais) – Departamento de Educação, Universidade de Aveiro, Portugal, 2012.

TENREIRO-VIEIRA. O pensamento Crítico na Educação Científica. Lisboa: Instituto Piaget, 2000.

TENREIRO-VIEIRA, C.; VIEIRA, R. M.C. Estratégias de Ensino/Aprendizagem: o questionamento promotor do pensamento crítico. Lisboa:Instituto Piaget, 2001.

TENREIRO-VIEIRA, C.; VIEIRA, R. M. Estratégias de ensino e aprendizagem e a promoção de capacidades de pensamento crítico. Anais. IX Congreso Internacional sobre Investigación en Didáctica de Las Ciencias. Universidade de Girona: Girona, ES, 2013.

Publicado

2018-09-15

Como Citar

MATTOS, K. R. C. de; WALCZAK, A. T.; GÜLLICH, R. I. da C. PENSAMENTO CRÍTICO EM CIÊNCIAS: ESTUDO COMPARATIVO TEMPORAL DOS CONCEITOS NAS PRODUÇÕES. REAMEC - Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática, Cuiabá, Brasil, v. 6, n. 2, p. 273–290, 2018. DOI: 10.26571/REAMEC.a2018.v6.n2.p273-290.i7043. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/reamec/article/view/7043. Acesso em: 19 abr. 2024.