AULA INVERTIDA COMO UMA METODOLOGIA ATIVA VIÁVEL PARA ENSINO DE CIÊNCIAS: UMA REVISÃO DO PERÍODO 2016-2020

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26571/reamec.v13.17094


Palavras-chave:

Ensino de Ciências, Ensino híbrido, Estratégias de Ensino, Ferramentas digitais, Metodologia ativa

Resumo

Este estudo bibliográfico tem como objetivo analisar a produção científica nacional brasileira dos últimos cinco anos (2016-2020) que aborda a metodologia ativa da Sala de Aula Invertida (SAI) no Ensino das Ciências. A pesquisa bibliográfica teve um carácter descritivo e exploratório, usando uma abordagem qualitativa, usando como universo os artigos publicados no site Periódicos Capes. No total, foram identificados quarenta e seis artigos, não obstante apenas noves deles tratarem da temática da SAI na área das Ciências Naturais. Os critérios pré-estabelecidos nesta análise foram o público-alvo, os conteúdos abordados, os recursos tecnológicos utilizados e os principais resultados obtidos. Os principais estudos encontrados tiveram como objeto estudantes do Ensino Secundário. Os conteúdos abordados foram a Genética Básica, a Química Geral, a Didática da Ciência e a Microbiologia Industrial. Os principais recursos utilizados foram as plataformas digitais de ensino-aprendizagem, diferentes “websites”, as redes sociais e os equipamentos informáticos. Como principal conclusão geral retirada foi que a utilização da SAI proporciona aos estudantes o desenvolvimento de habilidades cognitivas.

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Biografia do Autor

  • Glauciene Sodré Fernandes, Pesquisadora vinculada ao IFMT Campus Confresa, Confresa, Mato Grosso, Brasil.

    Graduação em Licenciatura em Ciências da Natureza com Habilitação em Química (IFMT). Especialização em Ensino de Ciências (IFMT). 

  • Marcelo Franco Leão, Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), Confresa, Mato Grosso, Brasil.

    Possui graduação em Química Licenciatura Plena pela Universidade de Santa Cruz do Sul (2006) e em Física Licenciatura pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2015). Tem Especialização em Orientação Educacional pela Faculdade Dom Alberto (2009) e em Especialização em Relações Raciais na Educação e na Sociedade Brasileira pela Universidade Federal de Mato Grosso (2012). É Mestre em Ensino pela Universidade do Vale do Taquari (2014) e Doutor em Educação e Ensino de Ciências pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2018). Tem experiência docente na área de Ensino de Química. Ministrou aulas de Instrumentação para o Ensino de Química, Metodologias para o Ensino de Química, Química Geral, CTS, e Química Analítica no Ensino Superior. Desde 2003 atua como professor na Educação Básica das disciplinas de Ciências, Química e Física. Atualmente é professor EBTT efetivo do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), Campus de Rondonópolis/MT. Participa do Grupo de Pesquisa Ensino de Ciências e Matemática no Baixo Araguaia (GPEnCiMa), registrado no CNPq, e atua como editor da Revista Prática Docente. É coordenador de área do Programa de Iniciação à Docência (PID) Núcleo Confresa. Atua como Docente Permanente no Programa de Pós-Graduação em Ensino (PPGEn - IFMT). Tem capacidade de comunicação, de articular e contextualizar informações, de constante atualização, habilidade para compreender questões lógicas, para pensar e solucionar conflitos, familiaridade com computadores e novas tecnologias, gosto pela pesquisa, responsabilidade, ética e integridade, flexibilidade e adaptabilidade, disciplina, capacidade de negociação.

  • Paulo Jorge da Silva Almeida, Universidade da Beira Interior (UBI), Portugal.

    Paulo Almeida licenciou-se em Química Aplicada - Química Orgânica em 1987 pela Universidade Nova de Lisboa, Portugal e em 1991 concluiu o doutoramento em Química - Química Orgânica pela Universidade Nova de Lisboa. Em 2008, obteve o Título Habilitiano em Química pela Universidade da Beira Interior (UBI), Portugal. De 1985 a 1987 durante o seu curso de licenciatura foi monitor na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. A partir de 1992 iniciou as suas atividades académicas e de investigação na Faculdade de Ciências - UBI como Professor Auxiliar (1992-2000), Professor Associado (2000-2009) e como professor catedrático desde 2009. A partir de 2010 tornou-se membro integrado do Centro de Investigação em Ciências da Saúde da UBI (CICS - UBI) onde foi coordenador da BBS - Biotecnologia e Ciências Biomoleculares deste Centro de Investigação (2015-2017) e coordenador do BCDR - Grupo de Investigação em Química Biomedicinal e Fármacos (2021). De 2009 a 2013 foi vice-reitor para o Ensino e Internacionalização da UBI. Desde novembro de 2017, é o Diretor da Faculdade de Ciências - UBI. Paulo Almeida publicou 106 documentos (base de dados Scopus), incluindo 94 artigos, 6 resenhas, 4 capítulos de livros e 1 Editorial. Nesta base de dados, Paulo Almeida tem 1688 citações, 148 co-autores e índice-h de 24. É autor de 2 patentes nacionais, Paulo Almeida participou como membro da equipa em 11 projetos de investigação, 4 deles como membro responsável da instituição participante e 2 deles como investigador principal. A capacidade pedagógica de Paulo Almeida é suportada por atividades de ensino recorrentes de química principalmente orgânica e medicinal na UBI. Além disso, Paulo Almeida completou a orientação de 3 investigadores de pós-doutoramento, 5 teses de doutoramento e orientou 2 teses de doutoramento. Adicional, orientou 11 dissertações de mestrado e co-orientou 8. Atua na área de Ciências Médicas e da Saúde com ênfase em Medicina Básica/Química Medicinal, Sua pesquisa científica é principalmente voltada para as áreas de síntese/química orgânica e química medicinal, com especial interesse no desenvolvimento de novos fármacos com atividade biológica como fotossensibilizantes para terapia fotodinâmica (PDT), antiproliferativas, antioxidantes e antimicrobianas, e como inibidores de enzimas como a xantina oxidase, 5a-redutase, transportador de monocarboxilato 4, CD-36 e ciclooxigenase-2.

     

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Publicado

2025-01-15

Como Citar

FERNANDES, Glauciene Sodré; LEÃO, Marcelo Franco; ALMEIDA, Paulo Jorge da Silva. AULA INVERTIDA COMO UMA METODOLOGIA ATIVA VIÁVEL PARA ENSINO DE CIÊNCIAS: UMA REVISÃO DO PERÍODO 2016-2020. REAMEC - Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática, Cuiabá, v. 13, p. e25001, 2025. DOI: 10.26571/reamec.v13.17094. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/reamec/article/view/17094. Acesso em: 5 dez. 2025.

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