MALHAS GEOMÉTRICAS E LIVROS DIDÁTICOS: EM DESTAQUE OS OLHARES, AS APREENSÕES E A DESCONSTRUÇÃO DIMENSIONAL DAS FORMAS
DOI:
10.26571/reamec.v10i2.13401Palavras-chave:
Ensino de geometria, Anos iniciais do ensino fundamental, Teoria dos Registros de Representação SemióticaResumo
A aprendizagem em geometria, a partir da Teoria dos Registros de Representação Semiótica (TRRS), perpassa pela condução e pelo desenvolvimento de uma forma de olhar própria, que envolve, entre outros, três elementos cognitivos, os quais daremos destaque no artigo, a saber: os olhares, as apreensões e a desconstrução dimensional. Nosso objetivo, neste trabalho, é apresentar a análise de uma coleção de livros didáticos de matemática, destinados aos anos iniciais do Ensino Fundamental, no tocante ao uso de malhas geométricas, no ensino e aprendizagem de figuras planas e espaciais, focando nos três elementos da aprendizagem em geometria citados anteriormente. É uma investigação de abordagem qualitativa, em que buscamos identificar o que o uso dessas malhas, presentes em atividades da coleção analisada, nos diz sobre os três elementos cognitivos destacados como importantes para a aprendizagem em geometria na TRRS. Destacamos, como resultado da análise realizada, que a coleção em questão explora dois tipos de malhas nas atividades, a triangular e a quadriculada, dando grande destaque à última, porém, sendo interessante a articulação dos olhares e das apreensões apresentadas. No entanto, indicamos que os olhares avançam do icônico ao não icônico construtor, porém, o olhar inventor ainda precisa ser melhor explorado, pois é o olhar que mais favorece a desconstrução dimensional no trabalho com figuras em geometria. Também em relação à desconstrução dimensional, observamos que ela é explorada normalmente mudando apenas um nível da dimensão, o que é negativo frente a formação do olhar próprio para o trabalho em geometria.
Downloads
##plugins.generic.paperbuzz.metrics##
Referências
BARISON, Maria Bernadete. Resumo: definições e figuras relativas ao estudo de Malhas Planas Poligonais em Desenho Geométrico. Geométrica, vol. 1, n. 12ª, 2005.
BRANDT, Celia Finck; MORETTI, Méricles Thadeu. O cenário da pesquisa no campo da educação Matemática à Luz da Teoria dos Registros de Representação Semiótica. Perspectivas da Educação Matemática, v. 7, n. 13, 2014. Disponível em: https://periodicos.ufms.br/index.php/pedmat/article/view/488. Acesso em 02 out. 2019.
BRASIL. Ministério da Educação (ORG). Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2017. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/conselho-nacional-de-educacao/base-nacional-comum-curricular-bncc>. Acesso em: 17 set. 2019.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC; SEF, 1997.
COLOMBO, Janecler Aparecida Amorin; FLORES, Claudia Regina; MORETTI, Méricles Thadeu. Registros de representação semiótica nas pesquisas brasileiras em Educação Matemática: pontuando tendências. Zetetike, v. 16, n. 1, 2008.
DANTE, Luiz Roberto. Ápis Matemática, 4º ano: Ensino Fundamental, anos iniciais. 3. ed. São Paulo: Ática, 2017.
DUVAL, Raymond. Les conditions conitives de l’aprentissage de La geometrie: développement de La visualisation, différenciation dês raisonnements et coordination de leus fonctionnements. Annales de Didactique e de Sciences Cognitives, nº 10 p. 5 a 53, 2005.
DUVAL, Raymond. Ver e Ensinar a Matemática de Outra Forma - entrar no modo matemático de pensar: os registros de representações semióticas. Organização: Tânia M. M. Campos. Tradução: Marlene Alves Dias. 1ª ed. São Paulo: PROEM, 2011.
DUVAL, Raymond. Abordagem cognitiva de problemas de geometria em termos de congruência. REVEMAT - Revista Eletrônica de Educação Matemática. v. 7, n. 1, p. 118-138. Tradução: Méricles Thadeu Moretti. Florianópolis, 2012. https://doi.org/10.5007/1981-1322.2012v7n1p118
DUVAL, Raymond. Entrevista: Raymond Duval e a teoria dos registros de representação semiótica. Revista Paranaense de Educação Matemática. (Entrevista realizada por José Luiz Magalhães de Freitas e Veridiana Resende) v.2, n.3 jul-dez. Campo Mourão, PR, 2013.
DUVAL, Raymond. Rupturas e Omissões entre manipular, ver, dizer e escrever: história de uma sequência de atividades em geometria. In BRANDT, C. F. e MORETTI, M. T. (Org.) As contribuições da teoria das representações semióticas para o ensino e pesquisa na Educação Matemática. Ed. Unijuí, p. 15 – 38. Ijuí, RS, 2014.
HILLESHEIM, Selma Felisbino; MORETTI, Méricles Thadeu. Elementos transversais para a aprendizagem da geometria nos anos iniciais do Ensino Fundamental: uma proposta de currículo possível. Revista Eletrônica de Educação Matemática, v. 15, p. 1-20, 2020.
KUMMER, Tarcisio.; MORETTI, Méricles. Thadeu. Processos Psicológicos na construção do conhecimento matemático. Revista ARETÉ, Manaus, v. 9, n. 8, p. 100 – 114, jan-jul, 2016.
LELLIS, Marcelo. Desenho em perspectiva no Ensino Fundamental: considerações sobre uma experiência. Seminários de Ensino de Matemática, v. 2, p. 1-9, 2009.
MORETTI, Méricles Thadeu. Semiosfera do olhar: um espaço possível para a aprendizagem da geometria. Acta Scientiae, vol. 15, n. 2, p. 289 – 303. Canoas/RS, 2013.
SANTOS, Maria Bezerra Tejada. Ensino e aprendizagem de figuras planas e espaciais nos anos iniciais do ensino fundamental: um olhar à desconstrução dimensional das formas. Dissertação (mestrado profissional). UFMT, 2021
SCHEIFER, Carine. Design metodológico para análise de atividades de geometria segundo a teoria dos registros de representação semiótica. Dissertação. UFSC. 2017.
SOUZA, Roberta Nara Sodré de. Desconstrução dimensional das formas: gesto intelectual necessário à aprendizagem da geometria. Tese (doutorado) UFSC, Florianópolis, 2018.
TREVISAN, Eberson Paulo; TREVISAN, Andreia Cristina Rodrigues. LIVROS DIDÁTICOS DE MATEMÁTICA: um olhar a validações teóricas e empíricas com enfoque na teoria dos registros de representação semiótica. In: Carmen Wobeto; Eberson Paulo Trevisan; Jean Reinildes Pinheiro; Larissa Cavalheiro. (Org.). Ciências da Natureza e Matemática: relatos de Ensino, Pesquisa e Extensão. 1 ed. Cuiabá: Sustentável, 2019, v. 1, p. 364-392.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Maria Bezerra Tejada Santos, Eberson Trevisan, Andreia Cristina Rodrigues Trevisan
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Política de Direitos autorais
Os autores mantêm os direitos autorais de seus trabalhos publicados na Revista REAMEC, atendendo às exigências da Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências, enquanto a revista utiliza um modelo de licenciamento que favorece a disseminação do trabalho, particularmente adotando a Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International (CC BY-NC 4.0).
Os direitos autorais são mantidos pelos autores, os quais concedem à Revista REAMEC os direitos exclusivos de primeira publicação. Os autores não serão remunerados pela publicação de trabalhos neste periódico. Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicado neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional, em website pessoal, publicar uma tradução, ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico. Os editores da Revista têm o direito de realizar ajustes textuais e de adequação às normas da publicação.
Política de Acesso Aberto/Livre
Os manuscritos publicados na Revista REAMEC são acessíveis gratuitamente sob o modelo de Acesso Aberto, sem cobrança de taxas de submissão ou processamento de artigos dos autores (Article Processing Charges – APCs). A Revista utiliza Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International (CC BY-NC 4.0) para assegurar ampla disseminação e reutilização do conteúdo.
Política de licenciamento - licença de uso
A Revista REAMEC utiliza a Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International (CC BY-NC 4.0). Esta licença permite compartilhar, copiar, redistribuir o manuscrito em qualquer meio ou formato. Além disso, permite adaptar, remixar, transformar e construir sobre o material, desde que seja atribuído o devido crédito de autoria e publicação inicial neste periódico.