A RUPTURA DO PARADIGMA CARTESIANO NO ENSINO DE MATEMÁTICA

Autores

DOI:

10.26571/reamec.v8i1.9788

Palavras-chave:

Ruptura. Paradigmas. Ensino de ciências. Ensino de Matemática.

Resumo

A ruptura de paradigmas no Ensino da Matemática, ou em suas concepções de ensino, são relevantes uma vez que os conhecimentos transmitidos aos estudantes são dinâmicos e interligados, de acordo com Morin (2000). O objetivo geral dá-se em apresentar de que forma a ruptura dos paradigmas cartesianos-newtonianos no Ensino da Matemática precisam ocorrer a fim de que a aprendizagem seja significativa em tal ensino. A pesquisa justifica-se pela importância da discussão acerca dos dilemas e percalços oriundos ao ensino de matemática, levando em consideração a teoria do conhecimento defendida por Thomas Samuel Kuhn (1922–1996). Para tanto, utilizou-se da pesquisa bibliográfica a partir das ideias de autores como Demo (2010), Cachapuz (2004), Edigar Morin (2000), dentre outros. A proposta investigativa será apresentada em três seções, sendo que na primeira seção mostraremos algumas concepções filosóficas de Kuhn, em seguida foram apresentadas as contribuições de Kuhn para as ciências e a relação com o ensino da matemática, e por fim, mostrou-se a ruptura do paradigma cartesiano no Ensino da Matemática, questionando-se: quais rupturas precisam ser feitas em tal ensino? Em suma, percebe-se que as contribuições da teoria de Kuhn ainda permanecem válidas e muito presentes no contexto do ensino atual.

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Biografia do Autor

Nilton Carlos Costa, Universidade do Estado do Amazonas

Mestrando em Educação e Ensino de Ciências na Amazônia pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Manaus, Amazonas, Brasil.

Carla Andréia Sampaio Mendonça, Universidade do Estado do Amazonas

Mestranda do Programa de Pós Graduação em Educação e Ensino de Ciências na Amazônia - PPGE- Egresso 2018 - Universidade do Estado do Amazonas (UEA), graduada em História pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e especialização em Psicopedagogia da Educação pela Faculdade de Educação da Serra/ES-FASE. Atualmente é bolsista da FAPEAM e professora em caráter efetivo na Secretaria Municipal de Educação de Manaus nos anos iniciais do ensino fundamental. Tem experiência na área de Educação e Educação Especial com ênfase em Ensino-Aprendizagem.

Alcides Castro Amorim Neto, Universidade do Estado do Amazonas

Doutor em Clima e Ambiente pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (IMPA). Professor do Programa de Pós-graduação em Educação e Ensino de Ciências na Amazônia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Manaus, Amazonas, Brasil.

Mauro Gomes da Costa, Universidade do Estado do Amazonas

Professor do Programa de Pós Graduação em Educação e Ensino de Ciências na Amazônia da Universidade do Estado do Amazonas/UEA. Doutor em Educação pela Universidade Estadual de Campinas-UNICAMP; Mestrado em Educação pela Universidade Federal do Amazonas/UFAM (2004); Especialização em Metodologia do Ensino Superior pela Universidade Federal do Amazonas/UFAM (2001); Graduação em Filosofia pela Universidade Católica de Brasília (1996); Coordenador do Mestrado Acadêmico em Educação em Ciências na Amazônia (2019). Líder do Grupo de Pesquisa Fundamentos da Educação e Ensino de Ciências - GPFEEC. Tem experiência no ensino de filosofia (ensino médio e superior), história da educação atuando principalmente nos seguintes temas: filosofia, ensino de filosofia, filosofia da educação, história da educação, filosofia política, povos indígenas do Rio Negro (AM), missões religiosas, educação em ciências

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Publicado

2020-03-16

Como Citar

COSTA, N. C.; MENDONÇA, C. A. S.; NETO, A. C. A.; DA COSTA, M. G. A RUPTURA DO PARADIGMA CARTESIANO NO ENSINO DE MATEMÁTICA. REAMEC - Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática, Cuiabá, Brasil, v. 8, n. 1, p. 373–390, 2020. DOI: 10.26571/reamec.v8i1.9788. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/reamec/article/view/9788. Acesso em: 19 abr. 2024.