DA SALA DE AULA PARA O INSTAGRAM: OS STUDYGRAMMERS E O ENSINO-APRENDIZAGEM EM CIÊNCIAS E BIOLOGIA
DOI:
10.26571/reamec.v10i2.13357Palavras-chave:
Ensino de Ciências, Redes Sociais, Studygrams, Educação Online, InternetResumo
Na pós-modernidade, informações e conhecimentos são produzidos e divulgados por meio das tecnologias, especialmente pela internet e mídias digitais. Alunos e professores têm em suas mãos recursos que permitem acesso aberto ao saber, o que inspira mudanças e constantes invenções no campo da educação. Nas redes sociais da Internet, perfis estão sendo criados para explicitar materiais e/ou rotinas de estudo, com intuito de compartilhar vivências, inspirar outras pessoas, bem como divulgar e discutir temáticas relevantes, sendo conhecidos como Studygrams. Nesse sentido, objetivou-se, com a realização deste estudo, identificar tendências e contribuições dos Studygrams para o ensino-aprendizagem de Ciências e Biologia, na visão de um painel de Studygrammers que produzem e publicam conteúdos relacionados às Ciências Biológicas no Brasil. O trabalho foi desenvolvido a partir de uma abordagem qualitativa, com elementos de pesquisa netnográfica, como a observação participante e o trabalho de campo online. Os resultados evidenciaram que os Studygrams têm potencial para explorar e desenvolver competências e habilidades, tanto naqueles que postam, quanto nos que acessam os conteúdos. Entende-se que esta nova prática de ensinar e aprender em espaços informais tem despertado atitudes de empreendedorismo, autonomia, organização, interação e criatividade, que permitem a fixação dos conteúdos, a interdisciplinaridade, a contextualização e a formação para a cidadania.
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