DA SALA DE AULA PARA O INSTAGRAM: OS STUDYGRAMMERS E O ENSINO-APRENDIZAGEM EM CIÊNCIAS E BIOLOGIA

Autores

DOI:

10.26571/reamec.v10i2.13357

Palavras-chave:

Ensino de Ciências, Redes Sociais, Studygrams, Educação Online, Internet

Resumo

Na pós-modernidade, informações e conhecimentos são produzidos e divulgados por meio das tecnologias, especialmente pela internet e mídias digitais. Alunos e professores têm em suas mãos recursos que permitem acesso aberto ao saber, o que inspira mudanças e constantes invenções no campo da educação. Nas redes sociais da Internet, perfis estão sendo criados para explicitar materiais e/ou rotinas de estudo, com intuito de compartilhar vivências, inspirar outras pessoas, bem como divulgar e discutir temáticas relevantes, sendo conhecidos como Studygrams. Nesse sentido, objetivou-se, com a realização deste estudo, identificar tendências e contribuições dos Studygrams para o ensino-aprendizagem de Ciências e Biologia, na visão de um painel de Studygrammers que produzem e publicam conteúdos relacionados às Ciências Biológicas no Brasil. O trabalho foi desenvolvido a partir de uma abordagem qualitativa, com elementos de pesquisa netnográfica, como a observação participante e o trabalho de campo online. Os resultados evidenciaram que os Studygrams têm potencial para explorar e desenvolver competências e habilidades, tanto naqueles que postam, quanto nos que acessam os conteúdos. Entende-se que esta nova prática de ensinar e aprender em espaços informais tem despertado atitudes de empreendedorismo, autonomia, organização, interação e criatividade, que permitem a fixação dos conteúdos, a interdisciplinaridade, a contextualização e a formação para a cidadania.

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Biografia do Autor

José Maria Martins Costa, Universidade Federal do Pará (UFPA), Belém, Pará, Brasil.

Graduando do curso de Licenciatura Integrada em Ciências, Matemática e Linguagens pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Atuou como bolsista no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Cientifica (PIBIC/UFPA). Desenvolveu trabalhos como bolsista do Programa Residência Pedagógica (CAPES/UFPA). Foi estagiário na Escola Municipal de Ensino Fundamental Benvinda de França Messias (SEMEC). Atualmente é bolsista no Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento (NTPC/PROAD).

Yuri Cavaleiro de Macêdo Coelho, Universidade Federal do Pará (UFPA), Belém, Pará, Brasil.

Doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemáticas, PPGECM/UFPA. Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais, PPGCA/UEPA. Pós-graduado lato sensu em Docência do Ensino Superior, UNINASSAU; e em Fisiologia Humana Aplicada às Ciências da Saúde, ESTÁCIO DE SÁ. Pós-graduando lato sensu em Estética e Comestologia, Faculdade Dalmass. Graduando em Biomedicina, Estacio de Sá. Licenciado em Ciências Naturais com Habilitação em Biologia, UEPA. Há dois anos é professor da Faculdade Estácio de Belém nos cursos das áreas da saúde, ministrando as disciplinas: Biologia Celular e Genética; Histologia e Embriologia; Anatomia dos Sistemas Orgânicos; e Parasitologia. Participa das ações dos Grupos de Pesquisa "Ciência, Tecnologia, Meio Ambiente e Educação Não-Formal - CTENF" e "Estudos Interdisciplinares em Botânica", ambos vinculados à UEPA, e no "Grupo de Estudos Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente - GECTSA". Coordenou o Projeto de Extensão Social intitulado "Educação Alimentar e Nutricional: a construção de materiais didáticos para orientar hábitos alimentares de escolares e universitários", na Faculdade Estácio de Belém. Áreas de interesse: Ensino de Biologia; Educação Ambiental; Educação em Saúde; TDIC; Espaços Não-Formais de Educação; Formação de Professores; e Etnociências.

Ana Cristina Pimentel Carneiro de Almeida, Universidade Federal do Pará (UFPA), Belém, Pará, Brasil.

Doutora em Ciências: Desenvolvimento Socioambiental pela Universidade Federal do Pará (2005). Atualmente, é Professora Efetiva do Instituto de Educação Matemática e Científica (IEMCI) da Universidade Federal do Pará. Atua na Faculdade de Educação Matemática e Científica (FEMCI), no Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemáticas (PPGECM) e no Mestrado Profissional em Docência (PPGDOC). Coordenadora do Grupo de Estudos em Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente (GECTSA). Coordena na graduação o Laboratório de Ensino de Atividades Lúdicas (LABLUD) e o Grupo de Estudos de Ludicidade (GELUD). Área de atuação na Educação Física: educação física escolar, didática e metodologia da educação física, bases teóricas e metodológicas do jogo, lazer e meio ambiente, educação ambiental, esportes de aventura. Área de atuação na Educação em Ciências e Temas/disciplinas: Meio Ambiente e Formação Docente, Estudo de Caso, Relações entre Ciência, Sociedade e Cidadania, Prática antecipada à docência em espaços não formais de ensino de ciências, matemática e linguagens, Tendências de pesquisa.

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Publicado

2022-07-24

Como Citar

MARTINS COSTA, J. M. .; COELHO, Y. C. de M.; ALMEIDA, A. C. P. C. de. DA SALA DE AULA PARA O INSTAGRAM: OS STUDYGRAMMERS E O ENSINO-APRENDIZAGEM EM CIÊNCIAS E BIOLOGIA. REAMEC - Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática, Cuiabá, Brasil, v. 10, n. 2, p. e22038, 2022. DOI: 10.26571/reamec.v10i2.13357. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/reamec/article/view/13357. Acesso em: 2 maio. 2024.

Edição

Seção

Educação em Ciências