JOGOS DE LINGUAGEM E GEOMETRIA EUCLIDIANA PLANA: UMA TERAPIA WITTGENSTEINIANA EM CURSOS DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA
DOI:
10.26571/reamec.v9i1.11143Palavras-chave:
Jogos de Linguagem, livros didáticos, Geometria Euclidiana PlanaResumo
Este trabalho reporta uma investigação, a partir da dúvida de a geometria euclidiana plana ser abordada de modo diferente em livros distintos, utilizados na formação de professores de matemática na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS. Assim, com base no levantamento de ementas e bibliografias de disciplinas de geometria nos cursos de Licenciatura em Matemática da UFMS, foram analisados os livros Geometria Euclidiana Plana, de João Lucas Barbosa (2006), que vinha sendo utilizado por muitos anos em praticamente em todos os cursos de Licenciatura em Matemática, da referida Universidade e, por questões logísticas, foi substituído por Geometria Euclidiana Plana e Construções Geométricas, de Eliane Quelho Frota Rezende e Maria Lúcia Bontorim de Queiroz (2000), em busca de semelhanças e diferenças entre ambos. Ancorada na perspectiva dos jogos de linguagem de Ludwig Wittgenstein, a referida análise desses dois manuais pautou-se na averiguação de como se constituíam os jogos de linguagem nestes manuais. Para tanto, foi praticada uma Terapia Bibliográfica com a Geometria Euclidiana Plana, seus axiomas, postulados e teoremas, tendo em conta que jogos de linguagem estão sempre assentados em formas de vida. Assim a leitura se inspirou em possíveis usos destes manuais didáticos em salas de aula de formação de professores de Matemática. Foram constatadas várias dessemelhanças, tais como diferentes palavras usadas em um mesmo sentido, usos de uma mesma palavra de formas próprias e encadeamentos lógicos singulares, caracterizando, assim, diferentes jogos de linguagem, diferentes Geometrias Euclidianas Planas.
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