O ENSINO DE ARITMÉTICA NAS ESCOLAS PROFISSIONAIS TÉCNICAS AMAZONENSES (1873-1926)

Autores

DOI:

10.26571/reamec.v11i1.16485

Palavras-chave:

Saberes Aritméticas, História da Educação Matemática, Escola de Aprendizes Artífices, Casa dos Educandos Artífices, Instituto Affonso Penna

Resumo

O artigo tem como objetivo analisar e tipificar as organizações dos saberes prescritos para o ensino de aritmética em escolas/institutos voltados para ensino profissional técnico no estado do Amazonas, desde o período do Império até a Primeira República, com a criação das Escolas de Aprendizes Artífices. Com isso, propõe-se responder ao seguinte questionamento: Como, historicamente, se estruturam e se classificam os saberes aritméticos aos quais ensinar nos estabelecimentos de ensino profissional técnico amazonense? Este estudo se alicerça sob domínio da História Cultural e, para as análises, mobilizam-se referenciais teóricos metodológicos que se alinham a essa perspectiva, como o de Cultura Escolar, a fim de descrever e analisar a estruturação do ensino profissional técnico amazonense, e saberes a ensinar e saberes para ensinar com o intuito de caracterizar os seus objetos de ensino. As análises permitiram apreender que o ensino profissional técnico do estado do amazonas se estrutura em um ensino dualista. Diante disso, a organização dos saberes tende a se organizar de modo a atender esse ensino dual. Nesse contexto e, ao longo do tempo, verifica-se que dois objetos de ensino se sistematizam que são: saberes a ensinar aritmética teórica e saberes a ensinar aritmética prática.

Downloads

Não há dados estatísticos.

##plugins.generic.paperbuzz.metrics##

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Cleber Schaefer Barbaresco , Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), Florianópolis, Santa Catarina, Brasil.

Licenciado em Matemática pela Universidade Federal de Santa Catarina (2007) com Especialização em Mídias na Educação pelo Instituto Federal de Santa Catarina (2014). Mestre pelo programa de pós-graduação em Educação Científica e Tecnológica, pela Universidade Federal de Santa Catarina (2019). Doutorando do programa de pós-graduação em Educação Científica e Tecnológica, pela Universidade Federal de Santa Catarina. Sou professor do Instituto Federal de Santa Catarina, campus Florianópolis, ministrando aulas de disciplinas do ensino básico e superior. Sou membro do Grupo de Pesquisa de História da Educação Matemática de Santa Catarina (GHEMAT/SC) e do Grupo Associado de Estudos e Pesquisa sobre História da Educação Matemática.

David Antonio da Costa, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, Santa Catarina, Brasil.

Doutor em Educação Matemática pela PUC/SP, com estágio realizado na modalidade sanduíche (junho 2008 - maio 2009) no INRP/SHE - Institut National de Recherche Pédagogique/Service d'Histoire de l'Éducation, Paris-França (bolsista CNPq). Possui graduação em Licenciatura Matemática pela Faculdade Filosofia Ciências e Letras MOEMA (1984), graduação em Pedagogia pela Faculdade de Educação Ciências e Letras Don Domênico (2001), mestrado em Educação Matemática pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2005) e pós-doutorado pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Atualmente é professor associado do Departamento de Metodologia de Ensino e professor credenciado no Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica da Universidade Federal de Santa Catarina. É pesquisador lider do Grupo de Pesquisa de História da Educação Matemática - GHEMAT-SC. Membro fundador da GHEMAT-BRASIL: Grupo Associado de Estudos e Pesquisas sobre História da Educação Matemática : 1o. secretário (Mandato 2018-2022). Atualmente é Tesoureiro (Mandato 2022-2026) Na pesquisa investiga principalmente os seguintes temas: livro didático de matemática, didática da matemática, história da educação matemática e história da matemática.

Referências

BARBARESCO, C. S. Saberes a ensinar aritmética na Escola de Aprendizes Artífices (1909-1937) lidos nos documentos normativos e livros didáticos. 2019. 183f. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica, Florianópolis, 2019. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/194962 Acesso em: 25 abr. 2023.

CARRILLO GALLEGO, D.; ALMAIDA, J. D. Aritmética nos princípios de educação e métodos de ensino da Mariano Carderera. REAMEC - Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática, Cuiabá, v. 10, n. 2, p. e22039, 2022. https://doi.org/10.26571/reamec.v10i2.13657

CHARLOT, Bernard. Da relação com o saber: elementos para uma teoria. Trad. Bruno Magne. Porto Alegre: Artmed, 2000.

CHARTIER, R. A história cultural entre práticas e representações. Tradução de: Maria Manuela Galhardo. Rio de Janeiro: Berthand do Brasil,1990.

CHERVEL, André. História das disciplinas escolares: reflexões sobre um capo de pesquisa. Teoria & Educação. Porto Alegre, vol. 2, p. 177 – 229,

CORREEIRO. In: DICIO, Dicionário Online de Português. Porto: 7Graus, 2020. Disponível em: https://dicionario.priberam.org/Correeiro Acesso em: 25 abr. 2023.

CUNHA, L. A. O ensino de ofícios artesanais e manufatureiros no Brasil escravocrata. São Paulo: Editora UNESP, 2000a.

CUNHA, L. A. O ensino de ofício nos primórdios da industrialização. São Paulo: Editora UNESP, 2000b.

FONSECA, C. S. História do ensino industrial. Rio de Janeiro: SENAI/DN/DPEA, v.1, 1986a.

FONSECA, C. S. História do ensino industrial. Rio de Janeiro: SENAI/DN/DPEA, v.4, 1986b.

HOFSTETTER, R.; SCHNEUWLY, B. Saberes: um tema central para as profissões do ensino e da formação. In: HOFSTETTER, R.; VALENTE, W. R. (Org.). Saberes em (trans) formação: tema central a formação de professores. 1 ed. São Paulo: Editora da Física, 2017, p. 113 – 172.

JULIA, D. A cultura escolar como objeto histórico. Revista Brasileira de História da Educação, v. 1, n. 1, p. 9-43, jan./jun. 2001. Disponível em: https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/38749/20279 Acesso em: 27 ago. 2022.

LEME DA SILVA, M. C. Práticas de medir e formação de professores: reflexões sobre o passado. Revista Cocar, n. 6, maio/ago. 2019. Disponível em: https://periodicos.uepa.br/index.php/cocar/article/view/2477/1161

MACIEL, P. R. C. A Matemática na Escola Técnica Nacional (1942-1965): Uma disciplina diferente? 216 f. Tese (Doutorado) Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca, Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Educação, Rio de Janeiro, 2018. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/240709

MICHEL JUNIOR, R. R.; COSTA, D. A. da. A sistematização de saberes para ensinar aritmética na revista do ensino de Minas Gerais (1928-1930). REAMEC - Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática, Cuiabá, v. 9, n. 3, p. e21088, 2021. https://doi.org/10.26571/reamec.v9i3.13036

OLIVEIRA, L.; SIMÕES COSTA, E. Os aspectos históricos do ensino da aritmética no contexto de grupos escolares mato-grossenses (1910 – 1930). REAMEC - Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática, Cuiabá, v. 9, n. 3, p. e21102, 2021. https://doi.org/10.26571/reamec.v9i3.12867

SILVA NETO, O. A caracterização de uma Aritmética Industrial para o ensino industrial e técnico brasileiro (1942-1968). 233 f. Tese (Doutorado). Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica, Florianópolis, 2021. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/230703

SILVA, J. C. C. Educar a mão e o olhar para o trabalho: a disciplina Desenho na Escola de Aprendizes Artífices do Rio Grande do Norte (1909-1937). 367 f. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2021.

SOARES, Manoel de Jesus Araújo. As Escolas de Aprendizes Artífices: estrutura e evolução. Fórum Educacional, Rio de Janeiro, v.6, n.2, p. 58 – 92, jul/set, 1982.

SOUZA, A. C. R. A Escola de Aprendizes Artífices do Amazonas os Caminhos de sua implantação e consolidação: 1909-1942. 156 f. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em História da Ciência – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2002.

REY, Bernard. Les compétences professionnelles et le curriculum des réalités conciliables?. In: LENOIR Y. Bouillier-Outdot. Savoirs professionnels et curriculum de formation. Les Presses de l’Université Laval, 2006, p. 83-108.

VALENTE, W. R. História da Educação Matemática nos Anos Iniciais: a passagem do simples/complexo para o fácil/difícil. Cadernos de História da Educação, v. 14, n. 1, jan./abr. 2015. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/160421 Acesso em: 25 abr. 2023.

VALLE, I. R. Sociologia da Educação: currículo e saberes escolares. 2ª ed. Florianópolis: Editora da UFSC, 2014.

VINCENT, G.; LAHIRE, B.; THIN, D. Sobre a história e a teoria da forma escolar. Educação em Revista, Belo Horizonte, n. 33, jun, 2001, p. 7- 47. Disponível em: http://educa.fcc.org.br/pdf/edur/n33/n33a02.pdf Acesso em: 25 abr. 2023.

Downloads

Publicado

2023-10-30

Como Citar

BARBARESCO , C. S. .; COSTA, D. A. da. O ENSINO DE ARITMÉTICA NAS ESCOLAS PROFISSIONAIS TÉCNICAS AMAZONENSES (1873-1926). REAMEC - Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática, Cuiabá, Brasil, v. 11, n. 1, p. e23066, 2023. DOI: 10.26571/reamec.v11i1.16485. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/reamec/article/view/16485. Acesso em: 5 nov. 2024.

Edição

Seção

Rede de Formação e Pesquisa em Ensino de Ciências e Matemática

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)