AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NO ENSINO DE FÍSICA: O QUE PENSAM OS ENVOLVIDOS EM DUAS ESCOLAS NO NORTE DO CEARÁ?

Autores

DOI:

10.26571/reamec.v8i3.10539

Palavras-chave:

Ensino básico. Avaliação formativa. Instrumentos avaliativos.

Resumo

O presente estudo consiste numa investigação qualitativa acerca do conceito de avaliação da aprendizagem, a priori no ensino de Física, através do confronto das ideias apresentadas sobre a avaliação por alguns dos principais peritos no assunto e as perspectivas de alunos e gestores envolvidos no processo avaliativo, além dos pais de alguns discentes. A pesquisa foi concretizada mediante um estudo bibliográfico aliado a uma pesquisa de campo subsidiada por questionários, aplicados para alunos de duas escolas da Região Norte do Ceará, sujeitos estes que participam diretamente no processo avaliativo. Ficou claro que a concepção atual de avaliação, aceita por muitos dos alunos envolvidos nesse processo, leva à prática cujo foco é classificar o aluno sem preocupar-se efetivamente com seu desenvolvimento ao longo de uma trajetória estudantil. Os resultados apontam, ainda, para alguns caminhos alternativos a serem trilhados e que nos possibilitarão alcançar maior êxito no processo de ensino-aprendizagem, são eles: conhecer e praticar uma avaliação contínua, colocando-a a serviço das aprendizagens, migrar das metodologias tradicionais para ações educacionais de caráter formativo e colocar em prática metodologias diversificadas nas aulas de Física, estimulando o interesse dos alunos pela disciplina. Espera-se que este trabalho possa despertar nos leitores a curiosidade e o estímulo para conhecer ainda mais sobre o processo avaliativo e que seus resultados possam provocar e nortear novas práticas.

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Biografia do Autor

Antônio Nunes de Oliveira, Universidade Federal de Campina Grande

É licenciado em Física pela Universidade Estadual do Ceará (UECE/2008). É mestre em Ensino de Ciências e Matemática; Área de concentração: Ensino de Física (UFC/2013). Foi aluno no Curso de Bacharelado em Direito, na Universidade Regional do Cariri -URCA. Foi aluno no de Licenciatura em Matemática, na Universidade Estadual do Ceará, Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu-UECE/FECLI. É aluno na Especialização em Ensino de Astronomia, pela Cruzeiro do Sul Virtual. É aluno no programa de doutorado em Engenharia de Processos da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Atuou como professor do curso de Física da UECE/FECLI durante o período 2010-2013, lecionando disciplinas como: Física Moderna, Eletromagnetismo Básico I, Eletromagnetismo Básico II, Introdução a Física, História da Física, Mecânica Básica I, Mecânica Básica II, Termodinâmica, Biofísica, Cálculo Diferencial e Integral I, Cálculo Diferencial e Integral III, PCC de Mecânica e Termodinâmica, PCC de Física Moderna e Monografia. Foi professor efetivo no Instituto Federal do Pará - IFPA/CRMB, onde atuou na educação do campo, trabalhando com os povos indígenas, quilombolas e assentados. Foi professor efetivo no Instituto Federal do Piauí - IFPI/CAMPUS PICOS. Foi professor no Instituto Federal do Ceará - IFCE Sobral, onde atuou como professor e coordenador do Curso de Licenciatura em Física. Entre 2014 e 2017 atuou como professor convidado no projeto Ibaorebu que é coordenado pela FUNAI juntamente com o IFPA e o povo Munduruku.  É coordenador e idealizador de alguns eventos de divulgação e popularização da Ciência, dentre eles o Evento Científico Unificado: Jornada de Física, um evento científico que reúne anualmente estudantes e professores dos cursos de Licenciatura em Física.  Atualmente é servidor do quadro efetivo no IFCE campus Cedro, onde atua como professor na Licenciatura em Física e cursos Técnicos e,  desenvolve pesquisas em Ensino de Física, com ênfase em Física Moderna e Contemporânea além de atuar constantemente em ações de divulgação e popularização da Ciência, coordenando ações como o Evento Científico Unificado: Jornada de Física e o Ciclo de Palestras das Licenciaturas do IFCE Cedro.

Viviane Lutif Pinto, Escola de Ensino Médio em Tempo Integral de Irauçuba,

Licenciada em Física pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) e Pós- graduanda em Metodologia do Ensino de Física pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional e Social do Nordeste (IDES). Professora na Escola de Ensino Médio em Tempo Integral de Irauçuba, Irauçuba (EEMTII).

Marcos Cirineu Aguiar Siqueira, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará

Possui graduação em Matemática e Física (Habilitação em Regime Especial) pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (2005). E Especialista em Pesquisa Científica pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Atualmente é professor efetivo, com dedicação exclusiva, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará. Tem experiência na área de Matemática Superior, com ênfase em Didática da Matemática e realiza pesquisas na área de Probabilidade e Estatística e em Ensino de Ciências e Matemática.

Otávio Paulino Lavor, Universidade Federal Rural do Semi-Árido

Possui graduação em Bacharelado em Física pela Universidade Estadual do Ceará (2011), graduação em Matemática pela Universidade Federal do Ceará (2011), graduação em Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos pela Universidade Metodista de São Paulo (2010), mestrado em Física pela Universidade Federal do Ceará (2013) e doutorado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2015). Atualmente é professor da Universidade Federal Rural do Semi-Árido. Tem experiência na área de Física e Matemática, com ênfase em Equações Diferenciais, Física Matemática e Telecomunicações, atuando principalmente nos seguintes temas: equações diferencias especiais e aplicações, antenas de microfita, ensino de física e de matemática.

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Publicado

2020-09-07

Como Citar

OLIVEIRA, A. N. de; PINTO, V. L.; SIQUEIRA, M. C. A.; LAVOR, O. P. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NO ENSINO DE FÍSICA: O QUE PENSAM OS ENVOLVIDOS EM DUAS ESCOLAS NO NORTE DO CEARÁ?. REAMEC - Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática, Cuiabá, Brasil, v. 8, n. 3, p. 113–134, 2020. DOI: 10.26571/reamec.v8i3.10539. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/reamec/article/view/10539. Acesso em: 26 abr. 2024.

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