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Sobre a Revista

ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oeste é um periódico científico lotado no Departamento de Antropologia e vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Mato Grosso, que tem como propósito se constituir em um espaço permanente para o debate, a construção do conhecimento e a interlocução entre antropólogos e pesquisadores de áreas afins, do país e do exterior. Apesar de ACENO fazer referência ao Centro-Oeste, em seu título, ela não tem como único objetivo dar visibilidade a resultados de pesquisas científicas relativas às populações desta região, mas sim, se tornar um fórum que traduza a pluralidade de perspectivas teóricas e temáticas que caracterizam a antropologia na contemporaneidade. 

ISSN: 2358-5587

Qualis 2017-2020: A2 

Qualis 2013-2016: B3 Antropologia-Arqueologia/ B3 Direito/ B3 Interdisciplinar/ B4 Sociologia/ B4 Comunicação e Informação/ B5 Educação/ B5 História/ B5 Linguística e Literatura/ B5 Ciências Ambientais/ C Saúde Coletiva/ C Artes

 

 

Notícias

CHAMADA DE ARTIGOS - DOSSIÊ Antropologias dos desertos: Ecologias, povos e cosmologias entre os vazios e as abundâncias de um mundo em transformação

2024-10-18

Volume 12, Número 28 (Jan.- Abril de 2025)

Antropologias dos desertos: Ecologias, povos e cosmologias entre os vazios e as abundâncias de um mundo em transformação

COORDENADORAS: Dra. Antonela dos Santos, Universidad de Buenos Aires, CONICET, Argentina, Núcleo de Etnografía Amerindia (NUETAM); Dr. Gabriel Rodrigues Lopes, Universidade Federal de Sergipe, FAPITEC, Brasil, Núcleo de Etnografía Amerindia (NUETAM); Dr. Pedro Emilio Robledo, Universidad Nacional de Córdoba, CONICET, Argentina, Universidade de Brasília, Brasil, Núcleo de Etnografía Amerindia (NUETAM)

RESUMO: Na América Latina, a palavra ‘deserto’ adquire conotações que vão além do geográfico-ambiental. Diversas noções de deserto influenciaram as definições político-ideológicas dos diferentes projetos coloniais e nacionais na região, desempenhando um papel central tanto nas crônicas coloniais quanto nas discussões relacionadas aos processos de consolidação dos Estados-nação. Além das características locais adquiridas por esse fenômeno, em todos os casos certos territórios foram vistos e conceituados como inóspitos e vazios não devido as suas condições ambientais, mas sim a rejeição de seus habitantes a modos de vida baseados na exploração capitalista dos recursos. Esses territórios, hostis a colonização, foram geralmente associados ao sombrio e ao selvagem, assim como a improdutividade e ao atraso. Estigmas que perduram até os dias atuais para justificar iniciativas político-econômicas de mapeamento e conquista territorial em nome da civilização, da razão e do progresso. É notório que esses lugares designados como desertos são marcados pela violência, subordinação, deslocamento e exploração laboral das populações locais, bem como pela implementação de projetos extrativistas em larga escala, do tipo plantation, como o cultivo de cana-de-açúcar, café, espécies para curtume, assim como a produção pecuária e a extração de minerais. Portanto, embora a construção dos desertos americanos seja, em princípio, discursiva e ideológica, suas implicações geralmente se traduzem em reconfigurações ecológicas e demográficas em larga escala. O contexto atual, marcado por uma crise política e ecológica generalizada, colocou em destaque a discussão sobre os desertos, mostrando que eles constituem territórios humanos altamente dinâmicos e de grande vitalidade, atravessados por conflitos ideológicos, ontológicos e epistemológicos com os quais diversos atores que os habitam, transitam e/ou os conceituam tem que enfrentar. Este dossiê se propõe a mapear comparativamente essas ‘outras faces' dos territórios que tem sido habitualmente concebidos e/ou construídos como desertos na América Latina, reunindo textos que explorem etnograficamente como e até que ponto as ideias e práticas cotidianas daqueles que habitam esses espaços tensionam a distinção entre a vida e a não vida, o vazio e a abundancia, consideradas uma premissa pouco questionável em outros tipos de teorizações. Interessa-nos refletir de forma conjunta sobre o enredo superpovoado de ritmos, experiencias, ideias e histórias humanas e mais-que-humanas que constituem esses territórios, assim como sobre os efeitos antropológicos de estar, ou ter estado, neles.

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Edição Atual

v. 11 n. 27 (2024): setembro a dezembro de 2024
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Dossiê temático:  Neoliberalismo e sofrimento psíquico

Publicado: 2024-12-31

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