Lugares que estamos, mas não podemos existir: a formação da experiencia de si em um sujeito surdo no ensino superior
DOI:
10.48074/aceno.v11i27.16254Resumo
A educação de sujeitos surdos em nível superior constitui-se em um desafio. São espaços que, por direito assegurado, estes devem ocupar, entretanto, o que fazer quando tais lugares não os permitem existir? É pensando nesta problemática que o objetivo deste artigo se respalda: analisar nos discursos de um sujeito surdo as construções de subjetividades e as experiências de si produzidas dentro de uma instituição educacional de nível superior para problematizar como tais conduções de condutas se convertem em formas de vidas surdas heterogêneas. Servindo de entrevistas semiestruturadas e de análises a partir do referencial foucaultiano, percebeu-se uma formação de subjetividades surdas interseccionadas com outros marcadores da diferença que, ao imbricarem-se, produzem sujeitos surdos que sentem a obrigação de registrar em sua memória que possuem uma alteridade e, necessitando conviver no ambiente educacional de nível superior, inscrevem-se, negativamente mediante as produções de normas sociais.
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