Políticas brasileiras, saúde e adoecimento de mulheres bissexuais: reflexões possíveis

Autores

DOI:

10.48074/aceno.v11i27.18073

Resumo

Este ensaio desvela a trajetória da bissexualidade como uma identidade política e se propõe a analisar criticamente os enquadramentos de mulheres bissexuais em três políticas de saúde brasileiras: a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (2004); a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, (2011); e o Relatório da Oficina “Atenção Integral à Saúde de Mulheres Lésbicas e Bissexuais” (2014). As políticas demonstraram que embora as mulheres bissexuais sejam citadas quase integralmente nos documentos ao lado de mulheres lésbicas, suas especificidades são invisibilizadas. Embora os documentos representem um avanço histórico no cuidado de mulheres com orientações sexuais dissidentes, as pautas de mulheres bissexuais permanecem fragmentadas. A bifobia se mostrou um campo de vulnerabilidade no processo saúde-doença-cuidado, sugerindo a necessidade de desmantelar a lógica de cuidado hegemônica da cisheteronormatividade e do monossexismo para reconhecer as mulheres bissexuais como sujeitos de direitos na saúde.

Biografia do Autor

Maria Eduarda Delduque Pereira, UFAM

Psicóloga e mestranda em Psicologia pela Universidade Federal do Amazonas. 

Fábio Henrique Almeida Dantas, Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

Psicólogo e doutor em Psicologia. Pós-doutorando em Psicologia no Programa de Pós-Graduação em Psicologia na Universidade Federal do Amazonas. 

Breno de Oliveira Ferreira, Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

Psícologo e doutor em Saúde Coletiva. Professor da graduação e pós-graduação em Psicologia na Universidade Federal do Amazonas. 

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Publicado

2024-12-31

Edição

Seção

Dossiê Temático Neoliberalismo e sofrimento psíquico