ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oeste
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<div> <p><strong>ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oeste</strong> é um periódico científico lotado no Departamento de Antropologia e vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Mato Grosso, que tem como propósito se constituir em um espaço permanente para o debate, a construção do conhecimento e a interlocução entre antropólogos e pesquisadores de áreas afins, do país e do exterior. Apesar de <strong>ACENO</strong> fazer referência ao Centro-Oeste, em seu título, ela não tem como único objetivo dar visibilidade a resultados de pesquisas científicas relativas às populações desta região, mas sim, se tornar um fórum que traduza a pluralidade de perspectivas teóricas e temáticas que caracterizam a antropologia na contemporaneidade. </p> <p><strong>ISSN:</strong> <strong>2358-5587</strong></p> <p><strong>Qualis 2017-2020: A2 </strong></p> <p><strong>Qualis 2013-2016: </strong>B3 Antropologia-Arqueologia/ B3 Direito/ B3 Interdisciplinar/ B4 Sociologia/ B4 Comunicação e Informação/ B5 Educação/ B5 História/ B5 Linguística e Literatura/ B5 Ciências Ambientais/ C Saúde Coletiva/ C Artes</p> <p> </p> </div> <p> </p>pt-BR<p style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14px;"><span style="font-family: times new roman,times,serif;">As autoras ou autores cedem gratuita e automaticamente à <strong>Revista ACENO</strong> os direitos de reprodução e divulgação dos trabalhos publicados.</span></span></p>marcosaurelio@ufmt.br (Marcos Aurélio da Silva)aceno.revistadeantropologia@gmail.com (ACENO)Tue, 31 Dec 2024 17:23:18 +0000OJS 3.2.1.4http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss60Discurso neoliberal-neoconservador através das mídias da década de 1980: reestruturação das tecnologias coloniais e associações homofóbicas entre homossexualidade e VIH/SIDA
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<p>O texto refere-se aos argumentos produzidos como respostas a uma pesquisa de mestrado a qual utilizou a análise do discurso como método de investigação das profundezas de subjetivação neoliberal-neoconservadora após o início da epidemia de VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana)/SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) na década de 80. O contexto da ascenção neoliberal corroborou para a disseminação de discursos homofóbicas contra os sujeitos que se encontravam a deriva de instabilidades sociais e de saúde. Além da exposição de violência discursiva que promoveu exclusão e sofrimento, o recorte da pesquisa identificou proximidades enraizadas de estruturas capitalistas nesses discursos. Associamos as mídias produzidas no Brasil como ferramentas de recodificação das subjetividades à uma releitura pragmática das ideologias eurocentradas, entendendo que o território escolhido para a análise é um espaço-histórico de (re)xistência emergente desde a invasão até os dias de hoje. </p>Matheus Souza Giareta
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https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/17767Tue, 31 Dec 2024 00:00:00 +0000Leituras teórico-políticas sobre o transfeminicídio: transfeminismo e masculinidades hegemônicas
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<p>Buscamos compreender neste ensaio como a produção teórica sobre a violência contra pessoas trans chega ao termo transfeminicídio para designar a violência letal, ou feminicídio, contra mulheres trans e travestis. O termo transfeminicídio se forja por meio da influência direta dos escritos feministas críticos dos anos 1970, dos estudos sobre gênero, violência de gênero e masculinidades a partir dos anos 1990, ao longo dos anos 2000, e mais recentemente a partir dos esforços teórico e político do transfeminismo interseccional que prioriza saberes não coloniais. E está relacionado diretamente com a misoginia e a construção das masculinidades hegemônicas.</p> Vladimir Bezerra, Marcos Nascimento, Conceição Nogueira, Jaqueline Gomes de Jesus, Liliana Rodrigues
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https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/18181Tue, 31 Dec 2024 00:00:00 +0000Desvio e normatização na peça “Navalha na carne”: um estudo de interacionismo simbólico
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<p>Neste estudo, investigamos os processos de normatização e rotulagem de desvio na obra "Navalha na Carne" (1967) de Plínio Marcos. A peça retrata a marginalização cujo estigma transcende o teatro, impactando fortemente os espectadores conservadores. O objetivo é compreender como uma parcela da sociedade recebia a obra, utilizando conceitos da Antropologia Social, especialmente a perspectiva de interacionismo simbólico de Howard Becker. Após exposição e análise das fontes, foi possível entender que não apenas os órgãos de censura agiam deliberadamente com o intuito de proibir a peça, mas também um determinado segmento social, em especial, instituições católicas. Além disso, os processos de normatização impostos por essas instituições demonstraram como os personagens e suas práticas eram percebidos como desviantes, representando uma ameaça à ordem social.</p>Ana Flávia Barboza Garcia
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https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/17504Tue, 31 Dec 2024 00:00:00 +0000Vestir-se de ema: uma ciência política terena do concreto
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<p>A dança da ema pode ser considerada a principal manifestação através da qual os Terena celebram sua condição indígena e afirmam sua cultura dentro e fora das comunidades. O artigo ensaia uma breve reflexão sobre o tema, mirando duas contribuições pontuais para a etnologia terena: (1) produzir uma síntese etnográfica, reunindo descrições espalhadas pela literatura e complementado esta compilação com informações registradas em meus trabalhos de campo; (2) propor uma alternativa interpretativa ao viés salvacionista e negativizante imputado sobre a dança pelos trabalhos etnológicos clássicos.</p>Augusto Ventura dos Santos
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https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/17385Tue, 31 Dec 2024 00:00:00 +0000Ecofeminismo ecosófico: cartografias do corpo-território na pesca artesanal
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<p>O que torna o território das águas um território sagrado? Esta pergunta é uma das ressonâncias das cartografias de mulheres de comunidades tradicionais pesqueiras que nos fazem ver e falar de uma tese defendida pelo primeiro autor e corroborada pelas coautoras: os modos de existência e de resistência à vida e à morte racializadas e sua transfiguração enlaçam passado, presente e futuro. Trata-se de um ecofeminismo ecosófico que implica quatro ecologias: ecologia social, ecologia mental, ecologia ambiental e ecologia da ancestralidade.</p>Antônio Vladimir Félix-Silva, Maylla Maria Souza Oliveira, Gizelly de Castro Lopes, Alessandra Sávia da Costa Masullo
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<p>Este artigo discute a questão do desenvolvimento dos povos em dois eixos principais: Democracia e Epistocracia. A pretensão é reflectir sobre as lógicas de organização social e composições políticas, através de uma discussão que se enquadra na influência dos modelos político-pedagógicos na construção e repetição das epistemologias ao longo do tempo. A partir da metodologia instrumental foi possível a desconstrução dissertativa, mas também explicativa sobre lógica de gestão do conhecimento sob a perspectiva dos dois eixos acima expostos. No entanto, é necessário haver comunicação de signos, tanto endógenos, quanto contemporâneos, de modo a salvaguardar tradições, bem como captar as mudanças no espírito do tempo que é movido por demandas e inovações, altamente influenciadas pelo conflito social, gerador de mudança e desenvolvimento.</p>Itélio Joana Muchisse, Adelino Esteves Tomás
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https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/16129Tue, 31 Dec 2024 00:00:00 +0000“Ali onde é aquele pé de futapão que era a casa de Chico Véi”: Comunidade Quilombola de Baixa Grande, território de resistências e memórias
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<p>Este trabalho consiste na descrição do modo de vida e formas de organização na comunidade quilombola de Baixa Grande, município de Muritiba no Recôncavo da Bahia. É uma pesquisa que valoriza a atuação da memória a partir contexto de formação do espaço em lugar-morada a mais de dois séculos. Desse modo, o protagonismo das pessoas mais velhas é intrinsecamente necessário na construção da escrita, uma vez que, somente pelo acesso às suas recordações e ato de narrar é que se dá a construção da escrita acadêmica que aqui se segue. Nossa intenção com o referencial biográfico visitado foi justamente dialogar com pesquisadoras da mesma comunidade que antes já haviam realizado pesquisas sobre o quilombo Baixa grande, para além de levantar dados empíricos no contexto comunitário, possibilitar outras nuances nesse movimento.</p>Edna Balbina dos Anjos Santos, Raquel da Silva Alves , Rute Morais Souza
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https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/18087Tue, 31 Dec 2024 00:00:00 +0000Psicoterapia on-line: ampliações e limitações do setting terapêutico
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<p><span style="font-weight: 400;">A psicoterapia on-line ou mediada por TIC (Tecnologia de Informação e Comunicação) no Brasil já era prevista nas resoluções (nº 12/2005; nº 11/2012; nº 11/2018) publicadas pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP). No ano de 2020 devido a pandemia de COVID-19, a psicoterapia on-line passou de uma possibilidade para uma ferramenta essencial. O objetivo geral deste estudo foi</span> <span style="font-weight: 400;">conhecer</span> <span style="font-weight: 400;">quais os fatores são importantes no </span><em><span style="font-weight: 400;">setting</span></em><span style="font-weight: 400;"> terapêutico on-line, incluindo possibilidades e (im)possibilidades. Esta é uma pesquisa qualitativa, que utilizou o método fenomenológico. Foram realizadas 10 entrevistas com psicólogos que realizam atendimento on-line à população. As entrevistas foram realizadas com psicólogos formados há pelo menos 5 anos, que realizam atendimento on-line e são cadastrados em um programa de atendimento psicológico on-line. </span></p>Sabrina Andrade Rocha, Marciana Gonçalves Farinha
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https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/16835Tue, 31 Dec 2024 00:00:00 +0000Jornalista, antropóloga ou nativa? Desafios teóricos, éticos e metodológicos sobre múltiplas inscrições no campo de pesquisa
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<p><span style="font-weight: 400;">Neste artigo, descrevo os desafios teóricos, éticos e metodológicos colocados no meu campo de pesquisa em que conjuguei reflexivamente os dilemas em cumprir as tarefas e responsabilidades de meu trabalho com as questões e desenvolvimento da pesquisa etnográfica. Isso porque construí a pesquisa partindo de um olhar particular que não se restringiu ao de uma antropóloga em campo, mas também de uma trabalhadora que participou ativamente da construção de um veículo de comunicação alternativo, chamado Brasil de Fato, organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Portanto, de um ponto de vista simultaneamente de etnógrafa, de jornalista e de nativa da própria pesquisa. As análises que apresento aqui, produzidas sobretudo com base na observação participante, partem da descrição resumida do contexto da minha entrada em campo, em seguida, trato sobre as escolhas, as montagens e os conflitos que se apresentaram durante diferentes momentos de construção da pesquisa, da elaboração textual e da divulgação do material finalizado.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;"><strong>Palavras chave:</strong> Ética; metodologia; teoria antropológica; pesquisa de campo; reflexividade; ponto de vista. </span></p>Mariana Pitasse Fragoso
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https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/18384Tue, 31 Dec 2024 00:00:00 +0000Embates, disputas e artes: memórias do Movimento LGBT+ em Pernambuco entre os anos de 2010 e 2020
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<p>A literatura especializada em discutir a organização política e a reivindicação de direitos pelas identidades sexuais e de gênero dissidentes do padrão heteronormativo tem dado pouco espaço as experiências situadas fora do eito Rio de Janeiro-São Paulo. Caminhando em direção oposta, este artigo tem como objetivo construir memórias do Movimento LGBT+ em Pernambuco no período entre 2010 e 2020. Assim, o estudo pretende contribuir para uma compreensão mais ampliada dessa forma de ação coletiva no Brasil.</p>Émerson Santos
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https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/17404Tue, 31 Dec 2024 00:00:00 +0000Uma presença marcante no processo de revitalização populacional, sociocultural e territorial: as Irmãzinhas de Jesus junto ao povo Apyãwa
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<h1><sup>Este estudo objetiva investigar a influência e a participação das Irmãzinhas de Jesus junto ao povo indígena <em>Apyãwa</em>, quando, a partir de 1952, foram morar junto a eles, contribuindo para sua sobrevivência, conservando seu modo de vida tradicional. Com base em um levantamento histórico e por meio de entrevistas realizadas com 27 indígenas <em>Apyãwa</em>, a presença dessas religiosas na aldeia garantiu não só a sobrevivência dos indígenas bem como uma vida fraterna, cuidados com a saúde e manutenção do território. A fim de compreender os seus direitos e lutar por eles, foi-lhes ensinada a língua portuguesa, construída uma escola, considerada um espaço de movimento de lutas. Os resultados demonstram que a presença da Fraternidade das Irmãzinhas de Jesus, durante 65 anos, foi/é de grande relevância, pois suas ações contribuíram para o crescimento populacional, a formação social e demarcação territorial do povo <em>Apyãwa</em>.</sup></h1>Mara Maria Dutra, Aumeri Carlos Bampi
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https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/17201Tue, 31 Dec 2024 00:00:00 +0000Políticas de sofrimento e regimes de cuidado em tempos de razão neoliberal
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<p><span style="font-weight: 400;">Neste artigo, discuto como a forma neoliberal de razão tem efeitos nos modos de determinação, produção e gestão do sofrimento. Sugiro também que essa discussão está ligada às problemáticas políticas em torno das reivindicações por reconhecimento, das reivindicações por igualdade social e das capacidades sociais de cuidar de si mesmo em relação à saúde mental. Nesse sentido, verifica-se que a lógica neoliberal da responsabilidade privada pelo próprio sofrimento implica práticas de cuidado individualizadas. </span></p>Jainara Gomes de Oliveira
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https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/18806Tue, 31 Dec 2024 00:00:00 +0000Lugares que estamos, mas não podemos existir: a formação da experiencia de si em um sujeito surdo no ensino superior
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<p style="margin: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><em>A educação de sujeitos surdos em nível superior constitui-se em um desafio. São espaços que, por direito assegurado, estes devem ocupar, entretanto, o que fazer quando tais lugares não os permitem existir? É pensando nesta problemática que o objetivo deste artigo se respalda: analisar nos discursos de um sujeito surdo as construções de subjetividades e as experiências de si produzidas dentro de uma instituição educacional de nível superior para problematizar como tais conduções de condutas se convertem em formas de vidas surdas heterogêneas. Servindo de entrevistas semiestruturadas e de análises a partir do referencial foucaultiano, percebeu-se uma formação de subjetividades surdas interseccionadas com outros marcadores da diferença que, ao imbricarem-se, produzem sujeitos surdos que sentem a obrigação de registrar em sua memória que possuem uma alteridade e, necessitando conviver no ambiente educacional de nível superior, inscrevem-se, negativamente mediante as produções de normas sociais.</em></p>Carlos Roberto de Oliveira Lima
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https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/16254Tue, 31 Dec 2024 00:00:00 +0000Sofrendo junto na rede: depressão e/nas plataformas digitais
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<p>Com a Covid-19, a plataformização das relações cresceu exponencialmente. Após as restrições<br>pandêmicas, a interação massivamente online persistiu, especialmente via Instagram. Este texto<br>analisa como a depressão é compartilhada e enfrentada em páginas da plataforma. Ao<br>acompanhar duas delas, oferecendo recursos e acolhimento mútuo para sujeitos autodeclarados<br>depressivos, entendemo-las enquanto espaços, na definição de Michel de Certeau, capazes de<br>estabelecer maneiras e ferramentas coletivas de lidar com uma forma de sofrimento que<br>encontra pouco, ou nenhum, acolhimento nos demais espaços sociais.</p>Gabriel Cantu, Sônia Weidner Maluf
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https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/17645Tue, 31 Dec 2024 00:00:00 +0000Apresentação ao dossiê
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<p>O presente dossiê se propõe a explorar as interconexões entre as dinâmicas neoliberais e o sofrimento psíquico, mobilizando reflexões teóricas-chave, as quais problematizam como o neoliberalismo transforma o sujeito e as formas de lidar com o sofrimento mental (SAFATLE; SILVA JR; DUNKER, 2021; ALBINO; OLIVEIRA, 2021). A partir das noções de governamentalidade, desenvolvidas por Michel Foucault (2008), entendemos que o neoliberalismo opera como uma tecnologia de poder que se infiltra nos modos de subjetivação, formando sujeitos que internalizam lógicas de mercado e autogestão. Segundo tal racionalidade, o sujeito tanto passa a ser responsável por seu adoecimento, quanto continuamente é estimulado ao máximo autoaprimoramento. Sem a pretensão de esgotar o debate, buscamos destacar a importância do olhar das ciências humanas e sociais para essa problemática. A contribuição da perspectiva antropológica, em particular, é essencial para desnaturalizar as formas de produção de subjetividades e sofrimento, além de propor alternativas de resistência às governamentalidades neoliberais. A antropologia oferece uma lente que nos permite questionar e reimaginar os modos de vida impostos, revelando as dinâmicas culturais e estruturais que moldam nossa experiência subjetiva de mal-estar.</p>Esmael Alves de Oliveira, Anaxsuell Fernando Da Silva , Jainara Gomes de Oliveira
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https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/18572Tue, 31 Dec 2024 00:00:00 +0000Existir no neoliberalismo: reflexões sobre subjetivação e sofrimento psíquico no contemporâneo
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<p>Mais que uma política econômica, o Neoliberalismo opera seu funcionamento sobre modos de subjetivação orientados pelo individualismo e por relações sociais pautadas na concorrência. Tal panorama afeta e atravessa o campo de vivência e compreensão do sofrimento e da saúde mental. Este artigo visa refletir sobre as incidências do neoliberalismo na subjetividade, no sofrimento e nos seus modos de gestão no contemporâneo. Trata-se de um estudo teórico, construído por referenciais da Psicologia Social, em interface com a Saúde Coletiva e as Ciências Sociais.</p> <p><strong>Palavras-chave: </strong>neoliberalismo; subjetivação; sofrimento; saúde mental.</p>Isadora dos Santos Alves, Mariana Tavares Cavalcanti Liberato, João Paulo Pereira Barros, Vládia Jamile dos Santos Jucá
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https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/17772Tue, 31 Dec 2024 00:00:00 +0000Quilombos, saúde mental e sofrimento social: a desigualdade em saúde como expressão da qualidade ambiental do território
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<p>Este artigo se propõe discutir a relação entre saúde mental e ambiente em comunidades tradicionais a partir da confluência do debate entre diferentes projetos de investigação em curso. O ponto de partida se dá na utilização metodologias participativas, não-extrativistas e de pesquisa-ação, em três comunidades quilombolas do nordeste brasileiro; duas no Rio Grande do Norte (Jatobá e Nova Esperança) e uma na Paraíba (Talhado). Do ponto de vista metodológico, estas investigações etnográficas partilham do testemunho e da experiência de marginalidade, subalternidade e subjugação, de onde emergem estes sujeitos políticos e suas perspectivas a respeito do impacto das questões ambientais na saúde mental da comunidade. Essa proposta de análise e compreensão desafia as narrativas hegemônicas ao mesmo tempo que promove o interesse em estabelecer as relações entre história, memória, saber e poder numa perspectiva contra-colonial que permita pensar aspectos comunitários em saúde mental como expressão da soberania sanitária. Para este trabalho, priorizaremos a relação destas comunidades com a questão da energia éolica, dos resíduos e do acesso à agua. Entendemos que este debate propicia evidenciar os processos reveladores da determinação social da saúde em comunidades quilombolas, assim como os processos geradores de desigualdades socioespaciais e raciais em saúde e sua articulação com movimentos sociais envolvidos em processos de mobilização e resistência. Reconhecê-los a partir das vozes dos moradores contribui para o enfrentamento das desigualdades e injustiças por intermédio de uma promoção emancipatória da saúde mental.</p>Anaxsuell Fernando DaSilva, Maria Janaína Silva dos Santos, Priscila Soraia da Conceição, Rosimeiry Florêncio de Queiroz Rodrigues
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https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/17892Tue, 31 Dec 2024 00:00:00 +0000Cartografia da arte de resistirmos: ao que será que se destina?
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<p>O presente artigo tem como dispositivo analisador as vidas não passíveis de luto, nas condições de suas vivências cartografadas. Tomando o inconsciente colonial-capitalístico na produção de subjetividade dos corpos utópicos e das heterotopias, o biopoder se instrumentaliza como um veículo das máquinas capitalísticas para a cooptação da vida. Com intuito de fazer da vida uma mercadoria. Entretanto, na destituição das singularidades pela homogeneização dos modos de existir, o capitalismo cria condições de fazer da vida um ethos tamponado/opaco. Para assim, diante dos seus processos de subjetivação, fazer valer as suas normas. Se fazendo como um valioso objeto de desejo, um único modo possível dos afetos.<br>Contudo, vidas não passíveis de luto continuam existindo e resistindo. Como um modo de agir para resistir no que se é ordinário, como um mal-estar sempre presente e criando linhas de fuga para existir.</p>Francelino Eleutério da Silva Junior, Antonio Vladimir Félix-Silva
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https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/17764Tue, 31 Dec 2024 00:00:00 +0000Excesso, sociedade e sofrimento: novos ideais de conduta sob a ótica da teoria sociológica e da psicanálise
https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/17584
<p>O objetivo deste artigo é olhar para os novos ideais de conduta em vigor atualmente, sob o ponto de vista de um conjunto de textos do campo da sociologia e da psicanálise. Essa literatura nos ajuda a entender as atuais conexões entre, de um lado, o exercício do trabalho e a procura da satisfação, e, de outro, os modos como nos relacionamos e costumamos sofrer nos dias de hoje. Mas ela também nos auxilia na compreensão das resistências a uma ideologia do excesso que coloca num segundo plano a construção de relações com base no respeito, confiança, amor, dignidade e solidariedade.</p>Ricardo Luiz Cruz
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https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/17584Tue, 31 Dec 2024 00:00:00 +0000Políticas brasileiras, saúde e adoecimento de mulheres bissexuais: reflexões possíveis
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<p>Este ensaio desvela a trajetória da bissexualidade como uma identidade política e se propõe a analisar criticamente os enquadramentos de mulheres bissexuais em três políticas de saúde brasileiras: a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (2004); a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, (2011); e o Relatório da Oficina “Atenção Integral à Saúde de Mulheres Lésbicas e Bissexuais” (2014). As políticas demonstraram que embora as mulheres bissexuais sejam citadas quase integralmente nos documentos ao lado de mulheres lésbicas, suas especificidades são invisibilizadas. Embora os documentos representem um avanço histórico no cuidado de mulheres com orientações sexuais dissidentes, as pautas de mulheres bissexuais permanecem fragmentadas. A bifobia se mostrou um campo de vulnerabilidade no processo saúde-doença-cuidado, sugerindo a necessidade de desmantelar a lógica de cuidado hegemônica da cisheteronormatividade e do monossexismo para reconhecer as mulheres bissexuais como sujeitos de direitos na saúde.</p>Maria Eduarda Delduque Pereira, Fábio Henrique Almeida Dantas, Breno de Oliveira Ferreira
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https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/18073Tue, 31 Dec 2024 00:00:00 +0000Psicologia não é coaching: capturas neoliberais dos saberes e práticas psi
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<p><span class="TextRun SCXW137596706 BCX0" lang="PT-BR" xml:lang="PT-BR" data-contrast="auto"><span class="NormalTextRun SCXW137596706 BCX0" data-ccp-parastyle="Normal0">O </span></span><span class="TextRun SCXW137596706 BCX0" lang="PT-BR" xml:lang="PT-BR" data-contrast="auto"><span class="NormalTextRun SCXW137596706 BCX0" data-ccp-parastyle="Normal0"><em>coaching</em> </span></span><span class="TextRun SCXW137596706 BCX0" lang="PT-BR" xml:lang="PT-BR" data-contrast="auto"><span class="NormalTextRun SCXW137596706 BCX0" data-ccp-parastyle="Normal0">é uma prática cada vez mais difusa, marcada pelo objetivo de aprimoramento do desempenho. À medida que o imperativo neoliberal de maximização do rendimento, que sustenta as práticas de </span></span><span class="TextRun SCXW137596706 BCX0" lang="PT-BR" xml:lang="PT-BR" data-contrast="auto"><span class="NormalTextRun SCXW137596706 BCX0" data-ccp-parastyle="Normal0"><em>coaching</em>, </span></span><span class="TextRun SCXW137596706 BCX0" lang="PT-BR" xml:lang="PT-BR" data-contrast="auto"><span class="NormalTextRun SCXW137596706 BCX0" data-ccp-parastyle="Normal0">se expande para todos os âmbitos da vida, do trabalho aos relacionamentos, observa-se a utilização de termos e técnicas de diversas áreas do saber, como a Psicologia. O presente artigo visa delimitar a prática do </span></span><span class="TextRun SCXW137596706 BCX0" lang="PT-BR" xml:lang="PT-BR" data-contrast="auto"><span class="NormalTextRun SCXW137596706 BCX0" data-ccp-parastyle="Normal0">coaching </span></span><span class="TextRun SCXW137596706 BCX0" lang="PT-BR" xml:lang="PT-BR" data-contrast="auto"><span class="NormalTextRun SCXW137596706 BCX0" data-ccp-parastyle="Normal0">a partir de uma revisão bibliográfica da literatura, de modo a compreender como </span></span><span class="TextRun SCXW137596706 BCX0" lang="PT-BR" xml:lang="PT-BR" data-contrast="auto"><span class="NormalTextRun SCXW137596706 BCX0" data-ccp-parastyle="Normal0"><em>coaching</em> </span></span><span class="TextRun SCXW137596706 BCX0" lang="PT-BR" xml:lang="PT-BR" data-contrast="auto"><span class="NormalTextRun SCXW137596706 BCX0" data-ccp-parastyle="Normal0">e Psicologia se confundem no imaginário social e, por fim, diferenciá-los. </span><span class="NormalTextRun SCXW137596706 BCX0" data-ccp-parastyle="Normal0">Através do</span><span class="NormalTextRun SCXW137596706 BCX0" data-ccp-parastyle="Normal0"> conceito de racionalidade neoliberal</span><span class="NormalTextRun SCXW137596706 BCX0" data-ccp-parastyle="Normal0">, analisa-se o </span></span><span class="TextRun SCXW137596706 BCX0" lang="PT-BR" xml:lang="PT-BR" data-contrast="auto"><span class="NormalTextRun SCXW137596706 BCX0" data-ccp-parastyle="Normal0"><em>coaching</em> </span></span><span class="TextRun SCXW137596706 BCX0" lang="PT-BR" xml:lang="PT-BR" data-contrast="auto"><span class="NormalTextRun SCXW137596706 BCX0" data-ccp-parastyle="Normal0">enquanto técnica comprometida com a generalização da concorrência e a transformação do sujeito em um empreendimento, gerando e acentuando o sofrimento psíquico. Em contrapartida, assumimos a perspectiva de uma psicologia crítica e compromissada com a saúde, distanciando Psicologia e </span></span><em><span class="TextRun SCXW137596706 BCX0" lang="PT-BR" xml:lang="PT-BR" data-contrast="auto"><span class="NormalTextRun SCXW137596706 BCX0" data-ccp-parastyle="Normal0">coaching</span></span></em><span class="TextRun SCXW137596706 BCX0" lang="PT-BR" xml:lang="PT-BR" data-contrast="auto"><span class="NormalTextRun SCXW137596706 BCX0" data-ccp-parastyle="Normal0">.</span></span></p>Gabriela dos Santos Melo Bomfim, Lucas Bourdette Ferreira, Maurício Coutinho Pereira, Paulo Vitor Goulart Gama, Giuliana Volfzon Mordente
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https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/17578Tue, 31 Dec 2024 00:00:00 +0000"Como sobreviver a tantas adversidades?" Neoliberalismo, precarização da vida e gestão dos sentimentos na experiência de conselheiros tutelares
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<p>No escopo deste artigo, propomos discutir como o contexto neoliberal estabelece “formas obrigatórias de expressar os sentimentos” que estão relacionadas com a (im)produtividade individual no exercício da peculiar função de conselheiro/a tutelar. As formas pelas quais os conselheiros tutelares expressam os sentimentos que emergem do cotidiano de trabalho nos encaminham para pensar um processo generalizado de precarização da vida, experimentado principalmente através da solidão, da impotência e da frustração. Consideramos que as emoções não são apenas respostas individuais, mas também são moldadas socialmente para servir aos interesses neoliberais. Observando as molduras narrativas pelas quais eles expressam seus sentimentos, iluminamos a dimensão mais capilar e cotidiana da funcionalização do sofrimento enquanto dispositivo de reprodução e reificação das novas fronteiras de exploração capitalista, nos moldes de um “controle das afetividades” tipicamente colonial que se aproxima da necropolítica.</p>Thiago Pereira Rabelo
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https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/17781Tue, 31 Dec 2024 00:00:00 +0000A influência neoliberal na abordagem do sofrimento mental na adolescência
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<p>Este artigo analisa a patologização da adolescência, momento em que comportamentos típicos são tratados como patologias, refletindo os valores neoliberais de eficiência e controle. Explora como os DSM se tornaram instrumentos ideológicos deste discurso, através da patologização e medicalização da vida, como um mecanismo de controle social que negligencia a diversidade juvenil. O estudo visa fomentar um debate a partir da perspectiva psicanalítica sobre a forma contemporânea de diagnosticar adolescentes e a ideologia que subjaz a ela, buscando assim uma reflexão crítica do papel psi.</p>Christiane Odete de Matozinho Cardoso , Julia Somberg Alves, Lucas Fernandes Silva
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https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/17763Tue, 31 Dec 2024 00:00:00 +0000Narrativas em um “pedacinho de roça”: as imputações do neoliberalismo sobre a produção de trabalho e saúde de um agricultor familiar
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<p><span style="font-weight: 400;">A ordem neoliberal tem se presentificado e imputado suas forças de controle e opressão sobre diversos grupos econômicos no Brasil. Dentre tais, a Agricultura Familiar tem sido uma das principais vítimas a cair na penumbra desse sistema. Sob esse fito, o presente estudo tem como objetivo descrever e compreender a história de vida laboral de um pequeno agricultor familiar, a fim de refletir sobre como as instâncias do poder neoliberal atravessam os processos de subjetivação sobre seu trabalho e seus modos de produzir saúde. </span></p>Alessandra do Nascimento Costa, Ana Clara Monteiro da Costa, Tatiana de Lucena Torres
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https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/17770Tue, 31 Dec 2024 00:00:00 +0000Os efeitos (deletérios) da psicopolítica neoliberal na paisagem mental da pandemia viral: da privatização ao desconfinamento do sofrimento psíquico
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<p>Assumindo como ponto de partida o contexto da pandemia viral, o presente artigo se interroga sobre a causa estrutural, política e social por trás da pandemia de adoecimento mental. Recusando-se aceitar a “privatização do estresse” como um fenômeno natural, o texto problematiza a proliferação de “patologias”, “transtornos” e colapsos mentais como efeito da “psicopolítica” e suas correlatas psicotecnologias neoliberais. Através de uma investigação de caráter teórico-bibliográfico, espera-se contribuir com a tarefa permanente de desconfinamento do sofrimento psíquico do <em>lockdown</em> químico-cerebral imposto pelo <em>ethos</em> empresarial.</p>Silas Carlos Rocha da Silva
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https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/17791Tue, 31 Dec 2024 00:00:00 +0000Pode o pássaro voar sob o enlace da serpente? Sustentando a atenção psicossocial em meio às ruínas neoliberais
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<p>Este trabalho visa discutir de que modos o neoliberalismo impacta na produção de cuidados na atenção psicossocial ao produzir uma saúde cada vez mais individualizada e biomédica, que mercantiliza o sofrimento psíquico e destrói as bases de políticas públicas de saúde conquistadas pelos trabalhadores, usuários, familiares e movimentos populares no processo da reforma psiquiátrica brasileira e da luta antimanicomial. Diante da necessidade de discussão e reinvenção que este contexto coloca, apresenta-se algumas pistas para pensar a produção de resistências tomando a arte como um caminho possível. </p>Camila Ribeiro de Oliveira, Marta Clarice Nascimento Oliveira, Levi de Freitas Costa Araújo, Mariana Tavares Cavalcanti Liberato, João Paulo Pereira Barros
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https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/17778Tue, 31 Dec 2024 00:00:00 +0000Discursos sobre internações involuntárias em Florianópolis: a criminalização da vulnerabilidade e a patologização das diferenças
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<p><span style="font-weight: 400;">Neste artigo, analisamos como as narrativas biomédicas e jurídico-punitivas justificam os discursos de higienização urbana que afetam pessoas em situação de rua em Florianópolis-SC, especialmente através das internações involuntárias. Observamos como o neoliberalismo transforma a população marginalizada em um objeto-político, priorizando a funcionalidade política e econômica sobre os direitos dos cidadãos. Utilizamos a análise do discurso em publicações de uma página do Instagram, que, ao fundamentar a marginalização e o controle de sujeitos, acaba por respaldar uma lei que regula essas internações. Concluímos que as narrativas reforçam estigmas, influenciam a opinião pública e sustentam decisões legislativas contrárias aos direitos humanos.</span></p>Sabrina Del Sarto, Maria Luiza Scheren
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https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/17752Tue, 31 Dec 2024 00:00:00 +0000Em busca de “alívio”: da gestão do sofrimento psíquico dos trabalhadores de tecnologia
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<p>Desde 2020, a questão “como evitar o burnout?” ganhou relevância entre gestores de distintas empresas. Com base em pesquisa etnográfica realizada entre 2021 e 2024 nas cidades de Florianópolis e São Paulo, este artigo apresenta e analisa algumas das estratégias utilizadas pelo setor de tecnologia na gestão do sofrimento psíquico dos trabalhadores. Assim, observou-se quais ações de prevenção e gestão do estresse e do sofrimento vêm sendo colocadas em prática tanto por empresas, que tendem a implementar programas de saúde e bem-estar, quanto pelos sujeitos, que tendem a fazer uso de suporte psicológico e psicofármacos.</p> <p><strong>Palavras-chave: </strong>sofrimento psíquico, bem-estar, setor tecnológico, trabalhadores.</p>Virgínia Squizani Rodrigues
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https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/17753Tue, 31 Dec 2024 00:00:00 +0000Práticas neoliberais e adoecimento mental entre trabalhadores da atenção primária
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<p>Abordando a relação entre o adoecimento mental dos trabalhadores do SUS, no nível da Atenção Primária à Saúde, e a mudança de financiamento federal do setor a partir da doutrina neoliberal, este trabalho busca demonstrar a experiência dos trabalhadores de Sobral, Ceará, diante da implementação do Programa Previne Brasil entre 2020 e 2023. Aponta-se a individualização do sofrimento e a precarização do trabalho diante da inserção dos profissionais na lógica do pagamento por desempenho e as consequências das pressões relativas ao alcance de metas para manutenção dos serviços de assistência à saúde. </p>Alana Aragão Ávila
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<p><strong>UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO</strong></p> <p>Reitora: Marluce Souza Silva</p> <p><strong>INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS</strong></p> <p>Diretor: Rodrigo Marcos de Jesus</p> <p><strong>PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL</strong></p> <p>Coordenador: Moisés Alessandro de Souza Lopes</p> <p>Vice-Coordenador: Heloísa Afonso Ariano</p> <p><strong>EDITORIA EXECUTIVA</strong></p> <p>Marcos Aurélio da Silva</p> <p>Moisés Alessandro de Souza Lopes</p> <p>André Filipe Justino de Morais</p> <p><strong>COMITÊ EDITORIAL</strong></p> <p>Marcos Aurélio da Silva</p> <p>Moisés Alessandro de Souza Lopes</p> <p>Sonia Regina Lourenço</p> <p>Patricia da Silva Osorio</p> <p>André Filipe Justino de Morais</p> <p><strong>EDITORIA GRÁFICA</strong></p> <p>Marcos Aurélio da Silva</p> <p>Kesley Gabriel Bezerra Coutinho</p> <p><strong>COMUNICAÇÃO</strong></p> <p>Moisés Alessandro de Souza Lopes</p> <p><strong>CONSELHO CIENTÍFICO</strong></p> <p>Aloir Pacini – UFMT</p> <p>Andréa de Souza Lobo – UnB</p> <p>Carla Costa Teixeira – UnB</p> <p>Carlos Emanuel Sautchuk – UnB</p> <p>Carmen Lucia Silva – UFMT</p> <p>Clark Mangabeira Macedo – UFMT</p> <p>Deise Lucy Montardo – UFAM</p> <p>Edir Pina de Barros</p> <p>Eliane O’Dwyer – UFF</p> <p>Érica Renata de Souza – UFMG</p> <p>Esther Jean Langdon – UFSC</p> <p>Fabiano Gontijo – UFPA</p> <p>Flávio Luiz Tarnovski – UFMT</p> <p>Heloísa Afonso Ariano – UFMT</p> <p>Izabela Tamaso – UFG</p> <p>Juliana Braz Dias – UnB</p> <p>Luciane Ouriques Ferreira – FIOCRUZ/ENSP</p> <p>Luís Roberto Cardoso de Oliveira – UnB</p> <p>Márcia Rosato – UFPR</p> <p>Márcio Goldman – MN/UFRJ</p> <p>Marcos Aurélio da Silva – UFMT</p> <p>Maria Luiza Heilborn – IMS/UERJ</p> <p>Miriam Pillar Grossi – UFSC</p> <p>Moisés Alessandro de Souza Lopes – UFMT</p> <p>Patrice Schuch - UFRGS</p> <p>Patrícia Silva Osório – UFMT</p> <p>Paulo Rogers Ferreira – UFBA</p> <p>Paulo Sérgio Delgado – UFMT</p> <p>Rafael José de Menezes Bastos – UFSC</p> <p>Sérgio Carrara – IMS/UERJ</p> <p>Sonia Regina Lourenço – UFMT</p> <p>Sueli Pereira Castro – UFMT</p> <p><strong>PROJETO GRÁFICO</strong></p> <p>Marcos Aurélio da Silva – UFMT</p> <p>José Sarmento – UCDB</p> <p>Moisés Alessandro de Souza Lopes – UFMT</p> <p>Sonia Regina Lourenço – UFMT</p> <p><strong>CAPA</strong></p> <p>José Sarmento – UCDB</p> <p>Marcos Aurélio da Silva – UFMT</p>Editoria executiva
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https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/18893Tue, 31 Dec 2024 00:00:00 +0000Sumário / Table of Contents / Tabla de Contenido
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Editoria executiva
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https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/18912Tue, 31 Dec 2024 00:00:00 +0000Editorial
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<p>A terceira e última edição de 2024 da <em>Aceno – Revista de Antropologia do Centro-Oeste</em> está no ar, com um número que traz um dossiê que aborda a terrível relação entre saúde mental e o mundo econômico-político em que vivemos. O <em>Dossiê Temático Neliberalismo e Sofrimento Psíquico</em>, organizado pelos professores Esmael Alves de Oliveira (UFGD), Anaxsuell Fernando da Silva (Unila) e Jainara Gomes de Oliveira (UFGD) traz quatorze trabalhos que se debruçam sobre as mais variadas situações em que o sofrimento mental se produz nas relações desiguais com o Estado e o capitalismo contemporâneo. Nas palavras das organizadoras:</p> <p> </p> <p><em>"A partir das noções de governamentalidade, desenvolvidas por Michel Foucault (2008), entendemos que o neoliberalismo opera como uma tecnologia de poder que se infiltra nos modos de subjetivação, formando sujeitos que internalizam lógicas de mercado e autogestão. Segundo tal racionalidade, o sujeito tanto passa a ser responsável por seu adoecimento, quanto continuamente é estimulado ao máximo autoaprimoramento. Nos termos de Foucault, a governamentalidade é o principal dispositivo que caracteriza o modelo neoliberal e refere-se à maneira como o Estado e outras instituições organizam, monitoram e regulam a vida, não apenas de forma coercitiva, mas através da produção de sujeitos que se autogovernam."</em></p> <p> </p> <p>Com um grande número de submissões, alguns desses trabalhos precisaram ser direcionados para um segundo dossiê que será publicado na primeira edição de 2025, com o tema <em>Educação e Saúde Mental.</em> Agradecemos aos três coordenadores do dossiê e também a todos que submeteram seus trabalhos e confiaram no trabalho que a Aceno vem fazendo.</p> <p>Prova de nossa importância no cenário científico brasileiro é também o grande número de trabalhos publicados na seção <em>Artigos Livres</em>, em que os quatorze trabalhos desta se debruçam sobre os mais variados assuntos que mexem a Antropologia contemporânea, como as representações midiáticas, o transfeminicídio, os modos de viver das comunidades tradicionais, os desafios metodológicos da pesquisa de campo e as emergências no campo da saúde, da subjetividade e das corporalidades.</p> <p>Na seção <em>Ensaios,</em> contamos com dois trabalhos que fazem dialogar imagem e texto em dois importantes fenômenos da cultura contemporânea de culturas tradicionais de Mato Grosso: o Egitsü/Kwarup, cerimônia fúnebre realizada em comunidades do alto Xingu, apresentadas por Leonardo Pinto de Almeida (UFMT); e a dança do Chorado, representativa das comunidades afro-quilombolas de Vila Bela da Santíssima Trindade, etnografada por Sonia Regina Lourenço (UFMT). Um show de imagens que vale conferir.</p> <p>Finalizando, temos a seção <em>Ensaios Fotográficos</em>, com dois lindíssimos trabalhos que tratam de duas realidades bastante distintas: a Festa do Outono de Takayama (Japão), fotografada por Ryanddre Sampaio de Souza; e a vida cotidiana dos quilombolas de uma cidade do Pará, retratados por Thiago Azevedo</p> <p>A Aceno se sente honrada por contribuir no fortalecimento das ciências humanas no Brasil e agradece a todos os colaboradores que fazem parte deste número. Esperamos continuar contando com essa colaboração em 2025, no que aproveitamos para deseja um ótimo ano a todos nossos leitores, autores e pareceristas.</p> <p>Boa leitura e ótimo 2025!</p> <p><em>Os Editores</em></p>Marcos Aurélio da Silva
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https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/18913Tue, 31 Dec 2024 00:00:00 +0000Notas e visões sobre o Egitsü/Kwarup
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<p>O presente ensaio compartilha por meio de imagens e palavras à experiência relativa à festa dos mortos chamada pelos povos do Alto Xingu de Egitsü/Kwarup. Essa celebração ocorre nos meses de agosto e setembro. Este é o período do ano em que é possível prover pequi, beiju e peixe com a abundância necessária para a execução da festa. Neste texto são apresentadas fotos de três celebrações distintas nos povos Kalapalo, Nahukua e Kuikuro, ocorridas respectivamente nos anos 2019, 2023 e 2024. Compondo com o tecido imagético, os mitos do pequi e do Egitsü/Kwarup são contados para dar uma ideia da cosmovisão que funda e sustenta a festa, para assim, indicar junto às imagens as suas diversas etapas, decorridas os três dias que finalizam o processo de luto. </p>Leonardo Pinto de Almeida
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https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/18691Tue, 31 Dec 2024 00:00:00 +0000A estética da existência afro-quilombola no Vale do Rio Guaporé: mulheres que dançam a vida
https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/17816
<p>Este ensaio se detém em uma interpretação da Dança do Chorado como um ato performativo de mulheres afro-quilombolas do Vale do Guaporé, coreografada antes do Ofertório a São Benedito. O Chorado é uma criação estética dos encontros entre as alteridades no Atlântico Negro. A partir do conceito de heterogênese e rito de performativo, procuro mostrar, que <strong> </strong>no século XX, décadas depois da luta por direitos do povo negro e quilombola, o coletivo de mulheres do Chorado transforma a dança, outrora um rito performativo de persuasão, de encantaria e de controle do poder dos senhores brancos para evitar atos de violência contra elas e a seus parentes, em uma convenção coreográfica coletiva ao operar simulações de intenções das artes afro-quilombolas na Amazônia, em confluência com o riso, a comensalidade, a corporalidade, a ancestralidade e a territorialidade, a alegria em dança na construção de si como mulheres negras.</p> <p><strong>Palavras-Chave</strong>: Arte, Chorado, Dança, Quilombola.</p>Sonia Regina Lourenço
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https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/17816Tue, 31 Dec 2024 00:00:00 +0000Festival de Outono de Takayama: atualizações dos animismos japoneses na contemporaneidade
https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/18049
<p><strong>Resumo: </strong>O ensaio fotográfico busca analisar o Festival de Outono de Takayama, etnografado pelo autor em outubro de 2019, de forma a compreender suas relações com o complexo cosmológico <em>Shintō</em> (xintoísmo) e as atualizações que são propostas para os animistas japoneses na contemporaneidade. Para tal, será apresentada a cidade de Takayama, na Cordilheira de Hida, na província japonesa de Gifu, contextualizando as particularidades geográficas e históricas que a diferenciam de outras cidades dos alpes japoneses. Serão analisados o papel central dos santuários nos festivais sazonais (<em>matsuri</em>), e elementos que compõem as festividades, como por exemplo o desfile dos carros alegóricos (<em>yatai</em>), a procissão do altar portátil (<em>mikoshi</em>) e a dança do leão (<em>shishimai</em>), cuja finalidade é a eliminação de um estado de impureza (<em>kegare</em>), compreendendo a pureza como elemento central da relação dialógica estabelecida entre humanos e mais-que-humanos no Japão.</p> <p><strong>Palavras-chave:</strong> Xintoísmo; Matsuri; Animismo; Japão.</p>Ryanddre Sampaio de Souza
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https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/18049Tue, 31 Dec 2024 00:00:00 +0000Nervo exposto: a experiência na comunidade quilombola de Algodoalzinho em Curuçá (PA)
https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/17039
<p>O projeto Nervo Exposto surgiu com a proposta de desenvolver uma fotoetnografia da comunidade Quilombola de Algodoalzinho na Ilha de Fora situada na Reserva Extrativista Mãe Grande de Curuçá-PA. Através de um processo de vivência com a comunidade, pode-se desenvolver um olhar participante do cotidiano dessa comunidade. Ela possui em seu modo de vida, aspectos dos saberes tradicionais oriundos das influências Afro-indígenas, através do trabalho com a terra, da pesca e da tiração de caranguejo. Apesar da maior parte da comunidade pertencer ao espectro evangélico, o imaginário da relação com as matas e mangues por meio de encantados e oiaras, permanece vivo na mente dos moradores. Além do trabalho, pode-se perceber também as dinâmicas sociais dessa comunidade que tem como base que a sustenta uma perspectiva matriarcal por meio das mulheres mais velhas que forma o eixo central das famílias que habitam o local.</p>Thiago Azevedo
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