Psicologia não é coaching: capturas neoliberais dos saberes e práticas psi
DOI:
10.48074/aceno.v11i27.17578Resumo
O coaching é uma prática cada vez mais difusa, marcada pelo objetivo de aprimoramento do desempenho. À medida que o imperativo neoliberal de maximização do rendimento, que sustenta as práticas de coaching, se expande para todos os âmbitos da vida, do trabalho aos relacionamentos, observa-se a utilização de termos e técnicas de diversas áreas do saber, como a Psicologia. O presente artigo visa delimitar a prática do coaching a partir de uma revisão bibliográfica da literatura, de modo a compreender como coaching e Psicologia se confundem no imaginário social e, por fim, diferenciá-los. Através do conceito de racionalidade neoliberal, analisa-se o coaching enquanto técnica comprometida com a generalização da concorrência e a transformação do sujeito em um empreendimento, gerando e acentuando o sofrimento psíquico. Em contrapartida, assumimos a perspectiva de uma psicologia crítica e compromissada com a saúde, distanciando Psicologia e coaching.
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