A estética da existência afro-quilombola no Vale do Rio Guaporé: mulheres que dançam a vida
DOI:
10.48074/aceno.v11i27.17816Resumo
Este ensaio se detém em uma interpretação da Dança do Chorado como um ato performativo de mulheres afro-quilombolas do Vale do Guaporé, coreografada antes do Ofertório a São Benedito. O Chorado é uma criação estética dos encontros entre as alteridades no Atlântico Negro. A partir do conceito de heterogênese e rito de performativo, procuro mostrar, que no século XX, décadas depois da luta por direitos do povo negro e quilombola, o coletivo de mulheres do Chorado transforma a dança, outrora um rito performativo de persuasão, de encantaria e de controle do poder dos senhores brancos para evitar atos de violência contra elas e a seus parentes, em uma convenção coreográfica coletiva ao operar simulações de intenções das artes afro-quilombolas na Amazônia, em confluência com o riso, a comensalidade, a corporalidade, a ancestralidade e a territorialidade, a alegria em dança na construção de si como mulheres negras.
Palavras-Chave: Arte, Chorado, Dança, Quilombola.
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