https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/issue/feedACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oeste2024-02-14T18:39:46+00:00Marcos Aurélio da Silvamarcosaurelio@ufmt.brOpen Journal Systems<div> <p><strong>ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oeste</strong> é um periódico científico lotado no Departamento de Antropologia e vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Mato Grosso, que tem como propósito se constituir em um espaço permanente para o debate, a construção do conhecimento e a interlocução entre antropólogos e pesquisadores de áreas afins, do país e do exterior. Apesar de <strong>ACENO</strong> fazer referência ao Centro-Oeste, em seu título, ela não tem como único objetivo dar visibilidade a resultados de pesquisas científicas relativas às populações desta região, mas sim, se tornar um fórum que traduza a pluralidade de perspectivas teóricas e temáticas que caracterizam a antropologia na contemporaneidade. </p> <p><strong>ISSN:</strong> <strong>2358-5587</strong></p> <p><strong>Qualis 2017-2020: A2 </strong></p> <p><strong>Qualis 2013-2016: </strong>B3 Antropologia-Arqueologia/ B3 Direito/ B3 Interdisciplinar/ B4 Sociologia/ B4 Comunicação e Informação/ B5 Educação/ B5 História/ B5 Linguística e Literatura/ B5 Ciências Ambientais/ C Saúde Coletiva/ C Artes</p> <p> </p> </div> <p> </p>https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/17035Homens Justos: Do Patriarcado às novas masculinidades (Resenha)2024-01-30T23:43:04+00:00Moisés Lopessepolm@gmail.com2024-02-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oestehttps://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/16937Expediente2024-01-04T14:30:29+00:00Editoria executivaaceno@ufmt.br2024-02-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oestehttps://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/17096Sumário / Table of Contents / Tabla de Contenido2024-02-11T20:46:01+00:00Editoria executivaaceno@ufmt.br2024-02-11T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oestehttps://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/17106Editorial2024-02-14T18:39:46+00:00Editoria executivaaceno@ufmt.br2024-02-14T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oestehttps://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/15297Umbandas matenses: espaços e lideranças umbandistas na Microrregião de Cataguases2023-04-08T21:26:29+00:00Inácio Manoel Neves Frade da Cruzinacio.cruz@uemg.br<p>As casas de religiões de matrizes afro-brasileiras se fazem presentes em dez dos quatorze municípios que constituem a Microrregião de Cataguases, situada na Zona da Mata/MG. O presente ensaio fotográfico é produto de uma década de trabalho de campo, de visitas a terreiros e agentes autônomos que voluntariamente disponibilizam seu tempo e práticas terapêuticas, permitindo pensar na conformação de um corredor do axé.</p>2024-02-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oestehttps://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/15605Arte e cultura afro-brasileira no território do Centro Espírita Pai Jeremias2023-05-27T14:30:22+00:00Gilda Portella Rochagildaportella.art@gmail.comVictor Hugo Melo de Moraeshugovisionario@gmail.com<p>No processo de construção dessas imagens a técnica do abstracionismo ressalta, evidenciando a plasticidade, a beleza dos movimentos executados durante as giras de umbanda. O click para captar o movimento é essencial, único e especial, assim gera um registro fotográfico do “autor” singular. É impossível tirar outras fotografias iguais.</p> <p>A pesquisa que será desenvolvida por “autor” intitulada de<strong> (Re) existindo enquanto arte e cultura afro-brasileira no território do Centro Espírita Pai Jeremias </strong>também transita neste espaço que é religioso e se desloca como um espaço que (re) produz arte e cultura. As fotos e a pesquisa aportam neste <em>entre espaço</em> de cultura e arte afro-brasileira, e produzem um entrecruzamento de fotografia e de pesquisa. </p> <p><strong>Palavras- chave: fotografia, umbanda e cultura afro-brasileira </strong> </p>2024-02-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oestehttps://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/16986Medicalização e violação de direitos: uma cartografia sobre as diferenças nas infâncias2024-01-17T21:01:55+00:00Simone Vieira de Souzasimone.souza@ufsc.brLygia de Sousa Viégasaceno@ufmt.br<p>Nesse artigo, partilhamos reflexões suscitadas a partir do exercício prévio de cartografia de experiências teórico-metodológicas que compreendessem a criança como um sujeito de direitos, e, na contramão disso, do mapeamento da produção de um território que tem violado direitos por meio de práticas medicalizantes da infância. Para isso, realizamos um estudo cartográfico – orientado pela Psicologia Escolar e Educacional em uma perspectiva crítica –, com base no levantamento de bibliografia acadêmica publicadas na Scientific Electronic Library Online – SciELO Brasil, com os descritores medicalização e educação, no período compreendido entre 2010 e 2020; e a leitura de três dossiês sobre a medicalização no Brasil, publicados nas revistas Entreideias, Nuances e Práxis Educacional. Por meio de leituras e registros, longe de tecer um estado da arte, nos limitamos a construir pistas para compor linhas de conexão e inteligibilidade do fenômeno estudado. Nesse processo, como pistas cartográficas, delineamos: Pista 1: A medicalização nega as desigualdades sociais; Pista 2: A medicalização viola direitos e restringe a liberdade da criança; Pista 3: A medicalização produz sofrimento e exclusão da criança; e Pista 4: Em defesa da vida e por uma racionalidade não medicalizante. Esperamos, com a análise proposta, contribuir para a compreensão crítica da medicalização da educação, somando com as lutas pela garantia dos direitos das infâncias.</p> <p><strong>PALAVRAS-CHAVE</strong>: Medicalização; infância; direitos humanos.</p>2024-02-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oestehttps://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/15104Por uma corporalidade da escrita e do fazer etnográfico: a construção da subjetividade em terapias holísticas2023-06-26T19:40:23+00:00Cristina Dias da Silvacristinabaltor@gmail.com<p>a proposta deste trabalho é discutir um conjunto de experiências terapêuticas, realizado durante trabalho de campo na cidade de Lisboa, na qual a forma de coletar e interpretar os dados esteve intrinsecamente relacionada a mudanças no corpo/corporalidade da pesquisadora. As transformações do corpo físico/mental e o desenvolvimento de narrativas oníricas se entrelaçam à construção da noção de consciência corporal típica das terapias holísticas que se tornaram famosas no ocidente a partir das décadas de 1970 e 1980. O artigo argumenta que este conceito seria interessante para relacionar estados emocionais-intelectuais a estados físicos enquanto uma forma de linguagem articulada e explicitada em termos etnográficos. Assim, a noção de bem-estar e/ou bem-viver se apresenta, antes, como um conjunto de habilidades a serem apreendidas, experimentadas e exercitadas do que como mera predisposição de sujeitos “sensíveis”.</p>2024-02-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oestehttps://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/15616No auditório com Georges Canguilhem: o que é a Psicologia?2023-06-01T16:40:31+00:00Janaina Madeira Britojhanybrito@gmail.comMaria Elizabeth Barros de Barrosbetebarros@uol.com.br<p>O artigo apresenta um debate feito por Georges Canguilhem no ensaio <em>O que é a Psicologia? </em>quando indica a (im) possibilidade de uma unificação entre psicologias que carregam diferentes ideias de homem, de formação, de cognição, desenvolvimento, saúde, socialização... Dirige-se para um debate sobre as particularidades da Psicologia como um campo epistêmico autônomo. O argumento foi encontrar no autor uma oportunidade para uma política da lembrança, que já se sabe perene. Traz essa clássica obra de Georges Canguilhem reconhecendo que a lembrança de um texto e o labor que imprime é ato de resistência numa sociedade que subtrai, sob o efeito da educação de massa, as chances de arriscar, fracassar, experimentar projetos onde a imaginação comparece em força. O artigo exercita ressonâncias imprevisíveis do evento passado, no hoje, marcado de aberturas.</p>2024-02-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oestehttps://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/15597“Para nós foi feitiço, para vocês foi diabetes”: a feitiçaria no Guaporé contra a “feitiçaria capitalista”2023-05-26T12:43:28+00:00Breno Duarte Castrobdc0907@gmail.com<p>O presente artigo tem como objetivo pensar a feitiçaria a partir de um trabalho etnográfico realizado no Guaporé com o povo Makurap, de língua Tupi-Tupari. A partir das formas como o tema da feitiçaria aparece nessa região, seja como acusação entre parentes, seja como um modo de predação da jiboia, pretende-se um exercício comparativo com aquilo que Stengers e Pignarre chamam de “feitiçaria capitalista” a partir de um contraste de como operam a feitiçaria Makurap no Guaporé e o fetichismo da mercadoria tal como exposto por Marx.</p>2024-02-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oestehttps://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/15636Educação, cidadania, democracia e desenvolvimento: reflexões em tempos de Covid-19 na educação básica do artigo2023-06-01T16:30:40+00:00Paula Keiko Iwamoto Polonipkiwamoto@gmail.com<p>Este trabalho articula uma ponderação sobre a relação educação, cidadania, democracia e desenvolvimento nacional no pós-pandemia de Covid-19, na educação básica nacional. A revisão da literatura apresenta os aspectos de aplicação de sistemas e ferramentas tecnológicas para mitigar os impactos e/ou efeitos negativos decorrentes da interrupção das aulas presenciais nas escolas da rede pública de ensino. É um estudo qualitativo, com caráter exploratório, bibliográfico e descritivo, o qual utilizou-se de dados de pesquisas que retratam as perdas de aprendizagem e a evasão escolar que reverberam na formação cidadã dos alunos, com repercussão na sociedade democrática e no desenvolvimento do país. Retrata, assim, um contexto pós-pandêmico que expôs ainda mais as fragilidades do sistema educacional público e formal naquilo que se refere a infraestrutura, acessibilidade e qualidade do ensino para, ao final, promover uma reflexão a respeito dos possíveis desafios futuros e crescentes da educação pública após esse período de exceção.</p>2024-02-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oestehttps://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/15643Entre o feitiço e oração na fronteira da ordem: “terríveis mulheres” amazônicas? 2023-07-03T16:33:21+00:00Majin Bootte Silva dos Santosmrc7santos@gmail.comKatiane Silvakatianesilva@ufpa.br<p>As principais interlocutoras deste artigo são uma “curadora” e uma “puxadeira” localizadas em uma comunidade rural quilombola do município de Santarém (PA). Elas se mantêm distantes dos outros comunitários — que negativam e classificam suas práticas de cura como “macumbaria”. Fizemos uma análise situacional comparando essa categoria local com a de feitiçaria, pela qual mulheres são condenadas historicamente. Esse mecanismo limita as práticas de cura e o conhecimento botânico dessas amefricanas amazônicas. Assim, o racismo genderizado determina a notoriedade do saber, portanto, a herança das próximas gerações.</p>2024-02-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oestehttps://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/15641“Nossa luta é pela vida”: relato de experiência de pesquisa em ambiente virtual sobre a atuação de movimentos sociais no contexto da pandemia de Covid-19 em países da América Latina 2023-06-11T21:38:21+00:00Juliana Fernandes Kabadjuliana.kabad@ufmt.brFlávia Thedim Costa Buenoflaviatcbueno@gmail.comGustavo Correa Mattagustavo.matta@fiocruz.brMay-ek Queralesmayekerales@gmail.comCristina Yépez Arroyocrisyepez.94@gmail.comNidilaine Dias Xaviernidilainedias@gmail.comPriscila Cardia Petrapriscilacpetra@gmail.com<p>O presente artigo pretende apresentar um relato da experiência sobre a pesquisa <em>“Mapeamento das ações e iniciativas digitais dos movimentos sociais de populações vulnerabilizadas para o enfrentamento da pandemia de COVID-19 no Brasil, México e Equador (2020 - 2021)”</em>. Diante da ascensão da pesquisa social na internet, o estudo fez uso da etnografia virtual para buscar as principais iniciativas encampadas digitalmente por movimentos sociais de populações indígenas e de não indígenas em contexto urbano nos três países. No relato, aborda-se a condução do estudo, resultados e produtos, com ênfase às redes estratégicas adotadas pelos movimentos sociais de acordo com suas especificidades.</p>2024-02-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oestehttps://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/15615Por uma docência menor: escritas e escritos na produção de um lugar chamado “professor”2023-07-03T16:20:09+00:00 Mateus Dias Pedrinibetebarros@uol.com.brMaria Elizabeth Barros de Barrosbetebarros@uol.com.br<p>O presente artigo busca conhecer o ofício docente como um processo ativo capaz de criar caminhos para a compreensão do que se passa na experiencia de professoras e professores e das inventividades que vão além de conteúdos pré-estabelecidos, formações pedagógicas ou currículos esperados. Trata-se de docência menor acontecendo que, como na literatura menor pensada por Deleuze e Guatarri (2003), é política e seu valor se faz no que está pulsando nas forças e tensões do coletivo. Como no monstruoso inseto em que se transforma Gregor Samsa na novela de Kafka, é preciso conhecer esse estranho ser que docentes se transformam ao entrarem em sala de aula, esse precário que toma espaço nesse lugar menor ocupado pelo chamado “professor”. Dessa forma, é na escrita que é possível conhecer como são produzidas docências, já que os impasses podem ser feitos, pensados, discutidos, reterritorializados a partir dessa produção. O convite, portanto, é para criação de histórias bonitas, possíveis, pensantes e reflexivas a partir de uma docência menor...</p>2024-02-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oestehttps://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/15568Candomblé Escola: uma episteme do Egbé Onigbadamu para uma pedagogia de terreiro2023-05-21T16:15:50+00:00Júlio Cesar de Souza Moronarijmoronari@gmail.comAdeir Ferreira Alvesadeir.liceu@gmail.comCátia Candido da Silvacatiacandido77@yahoo.com.br<p>Inscrevendo-se na literatura afrorreferenciada, o Candomblé Escola é uma pedagogia de terreiro – insurgente e encantada – que busca fortalecer os princípios fundacionais do axé e se desvencilhar de armadilhas coloniais. Portanto, apresenta-se nesse texto os aspectos fundamentais que compõe esse saber em termos de: origem, história do candomblé de Brasília e Entorno do Distrito Federal (onde se localiza o <strong>Egb</strong>é<strong> Onigbadamu </strong>, terreiro no qual foi criado o Candomblé Escola); bem como apresenta os aspectos da oralitura, memória e outros elementos que compõe e que movimenta essa episteme de terreiro.</p>2024-02-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oestehttps://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/15618Do fascismo histórico ao microfascismo tropical: um giro conceitual2023-05-29T12:12:21+00:00Lucas Donhauserlucasdonhauser.psi@gmail.comDanichi Hausen Mizoguchidanichihm@hotmail.com<p>O presente artigo tem por objetivo discutir as implicações da noção de fascismo no que se refere à análise de nossa atualidade, tendo em vista nosso cenário político mais recente, marcado pelas relações de ódio. Apresentaremos quatro concepções que permeiam o debate e as disputas pelo seu sentido: fascismo histórico, neofascismo telemidiático, fascismo da ambiguidade e microfascismo (tropical). Daremos mais ênfase em nossa análise ao microfascismo tropical, visando a construção de pistas teórico-metodológicas que permitam avaliar nossas práticas e o modo como investimos nossas relações sociais.</p>2024-02-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oestehttps://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/15343Um feitiço sem farofa e sem vela: a insegurança alimentar como analisadora da clínica psicossocial2023-06-11T22:45:47+00:00Chenya Valença Coutinhochenya.coutinho@gmail.comMichele de Freitas Faria de Vasconcelosmichelevasconcelos@hotmail.comAna Karenina de Melo Arraes Amorimakarraes@gmail.com<p>Este recorte de pesquisa convida a ouvir ecos do oco da fome, entendendo-a como questão urgente de saúde mental, agravada na pandemia da COVID-19. Ao costurar dados de gestão da Rede de Atenção Psicossocial do município de Aracaju (SE), trechos de músicas e memórias do chão dos serviços, cultivamos um modo de ver e de intervir, realizando uma escrita como arte de (re)existência, perguntamos: pode-se produzir saúde mental coletiva sem olhar no olho da fome? Que encantarias na clínica psicossocial podem desencaminhar as fomes de alimento e de expansão da vida?</p> <p> </p>2024-02-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oestehttps://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/15928Marguerite Duras e a espessura de bruma: produção de sensíveis e memórias sem lembrança2023-08-11T18:14:01+00:00Priscila Vescoviprivescovi@hotmail.comFabio silvafabiohebert@gmail.com<p>O presente manuscrito pretende abordar as múltiplas dimensões da linguagem que comparecem às obras de Marguerite Duras, e como, por meio desse hibridismo de forças constituintes sugerimos a fabricação da composição de planos de experimentação literários forjados no limite do impossível da língua — liame transformador, seu ponto de esgotamento e passagem. É aí que a obra acontece, na afirmação de uma espécie de estética de travessia, realizada através da raspagem contínua das lembranças na fabricação de uma memória em estado de brumas. Convocamos, aqui, as obras A dor (1985), O verão de 80 (1980), O amante (1984), Escrever (2021), O deslumbramento de Lol V. Stein (1986), entre outras.</p>2024-02-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oestehttps://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/15642Cruzadas antigênero: uma descrição das políticas anti-trans nos discursos conservadores contemporâneos2023-07-07T13:28:37+00:00Keo Silvakeo.ech@gmail.comCarmen Rialrial@cfh.ufsc.br<p>Esse artigo tem como objetivo analisar o discurso conservador em relação as cruzadas antigênero. Partimos da concepção de que esse é um fenômeno global com especificidades locais que coloca em disputa conceitos como ordem de gênero e governabilidades. As tensões criadas nas disputas ideológicas antigênero, apresentam pautas anti-trans como um dos discursos principais. Através de uma historiografia densa e de reportagens publicadas em jornais, descrevemos o contexto político atual na proposta de apresentar a construção de um imaginário social e político contemporâneo em que a linguagem, corpo, gênero e sexualidade são categorias em disputa.</p>2024-02-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oestehttps://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/14774Banhar-se em águas limpas sem mudar a essência: uma perspectiva sobre antropologia2022-12-11T00:10:42+00:00Itélio Joana Muchisseiteliobango@gmail.com<p>Este artigo tem como título Banhar-se em Águas Limpas sem mudar a essência: uma perspectiva sobre antropologia. No mesmo pretende-se uma abordagem sobre as potencialidades da antropologia, enquanto estudo ou elóquio do ser humano, na África contemporânea, isto é, como esta disciplina pode, efectivamente, contribuir para o estudo do ser humano nas diversas perspectivas, pois este homem está acometido em um subdesenvolvimento programado, ademais um empobrecimento por consequência da cobiça ou necessidade de espoliação destas economias que, numa direcção orientada, na verdade, poderiam se desenvolver e se transformar em grandes centros do mundo neoliberal. Assim, existe a necessidade de se formar um ser humano responsável para com a sua cultura, no sentido de abrir um debate multissectorial e multicultural, de uma forma permanente, de modo a revelar a sua condição e as suas potencialidades. Este antropólogo, quiçá cientista, deve conseguir incentivar a ré-apropriação do conhecimento de modo a responder os desafios locais. A metodologia é baseada na revisão bibliográfica e na hermenêutica.</p>2024-02-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oestehttps://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/16936Sobre feitiços e encantamentos: exercícios de criação e crítica com os modos de subjetivação no Brasil contemporâneo – apresentação ao dossiê2024-01-04T14:18:17+00:00Marcelo Santana Ferreira aceno@ufmt.brGabriel Lacerda de Resendeaceno@ufmt.brMaria Elizabeth Barros de Barrosaceno@ufmt.brPablo Cardozo Rocconpablocardoz@gmail.com<p>O feitiço é uma questão crucial para a realização da crítica da cultura por um viés materialista. Assumindo o lugar da coisa viva e pensante, os feitiços e as fantasmagorias assombraram e mobilizaram exercícios críticos, como aquele formulado por um curioso pensador alemão que partia do feitiço que sustenta uma religião sem possibilidade de expiação - o capitalismo - em busca da magia que assenta morada na linguagem. Neste dossiê convidamos pesquisadores/as a, em 2023, recolocar as inquietações formuladas por Benjamin - e por muitos outros, por muitas outras - é urgente. Sob a promessa da conectividade ilimitada, as redes sociais enfeitiçaram as subjetividades com <em>fake news</em> e teorias conspiratórias que parecem encurralar nossa experiência histórica nos becos do neofascismo vitaminado pelos algoritmos, radicalizando o sentido de uma condução coercitiva da vida social.</p> <p>Convidamos também às insurgências diante do fim da história: as redes escapam aos algoritmos e reabilitam o sentido da solidariedade, intervenções no campo da cultura e das artes nos reconectam com as urgências de nosso tempo, e experiências que apontam para cosmovisões não eurocêntricas conjuram o reencantamento do mundo para fazermos frente à barbárie. Nessas pistas, este dossiê numa perspectiva transdisciplinar, convida às insurgências ante aos feitiços fascistas em exercícios éticos e políticos - e, por certo, metodológicos - que podem ser empreendidos em busca da quebra do feitiço!</p> <p>O propósito do presente dossiê é abrir uma fenda para a apresentação de pesquisas que coloquem em análise dinâmicas contemporâneas sob o signo do feitiço e do encantamento: trabalhos que tomem o desafio de analisar: 1. as ambivalências das redes: potência e disrupção, solidariedade, amizade, redes sociais; 2. a feitiçaria fascista e os encantamentos; 3. A relações ético-estéticas na coprodução de resistências, coemergências, insurgências; 4. Subjetividades resistentes, monstras, disruptivas, desviantes, contracoloniais, desobedientes, parentescos raros. Assim, convidamos os/as diversos/as pesquisadores/as da psicologia, ciências sociais, antropologia, saúde coletiva, dentre outros/as/es na coprodução deste dossiê.</p>2024-02-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oestehttps://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/15634Feitiços e fetiches: entre encantamentos ásperos e contraencantamentos belos2023-05-31T14:31:39+00:00Danichi Hausen Mizoguchidanichihm@hotmail.comMarcelo Santana Ferreira mars.ferreira@yahoo.com.br<p>O presente artigo toma como plano analítico a dimensão de encantamento do fascismo, do racismo e do capitalismo. Entre feitiços e fetiches, trata de atravessar o aspecto quase mágico destas experiências econômicas e políticas que, de algum modo, insistem em habitar nosso espaço-tempo. Todavia, diante da aspereza deste maquinário, busca também insinuar a presença de outros feitiços - contraencantamentos belos que nos fazem apostar em mundos e vidas outras.</p>2024-02-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oestehttps://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/15798O que há em ti, o que resta de nós: políticas da imaginação para um país inacabado2023-06-24T20:15:59+00:00Gabriel Lacerda de Resendegablacres@gmail.comPedro Felipe Moura de Araújopeehfe@gmail.com<p>O artigo indaga o uso político e dialético das imagens no presente brasileiro. Através de um diálogo com Hito Steyerl, Walter Benjamin e com o filme "O Que Há em Ti", de Carlos Adriano (2020), procura contrapor, ao uso enfeitiçante das imagens pelo fascismo, a montagem como gesto de reencantamento de nossa imaginação histórica e política.</p>2024-02-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oestehttps://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/15635O feiticeiro oculto, a antropologia e a vingança entre os Jamamadi do alto Purus2023-07-19T12:36:38+00:00Hugo Ciavattahugociavatta@gmail.com<p><span style="font-weight: 400;">Diante de uma acusação de feitiçaria e da expressão do desejo de vingança, entre os Jamamadi do alto Purus, inicialmente, este artigo se pergunta pela associação com o contexto da não demarcação da Terra Indígena. Recuperando, então, narrativamente, os acontecimentos do período da pesquisa de campo em que se deram a acusação, mas também a extensão do desejo de vingança, o objetivo deste artigo é estabelecer diálogos conceituais e etnológicos que possibilitem compreender as relações mobilizadas pelos Jamamadi, bem como refletir sobre o entendimento do Estado em sua inflexão na vida indígena, também como artífice de feitiçaria e vingança, invertendo o procedimento ameríndio ao atingir os mesmos indígenas.</span></p>2024-02-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oestehttps://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/15757"Servir como uma semente": uma transaula em curso de derivação2023-06-15T19:56:18+00:00Fernanda Spanier Amadorfeamador@uol.com.brMaria Carolina de Andrade Freitasmcarolfreitas3@gmail.com<p>O eixo analítico do presente trabalho versa sobre a criação de memória no laborioso ofício da docência. Visa afirmar que uma aula se produz em gestos. O exercício de travessia e trânsito no fazer de duas professoras no encontro com os esforços de decolonialidade em uma disciplina ministrada no Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, empreende-se como busca simultânea de transmissão e problematização acerca do que pode nos mover, comover e afetar, na produção da experiência de suportar e testemunhar os incômodos necessários à abertura de novos sentidos, relações e produções de conhecimento. Como fazermos de nossas dores berços de revolta coletiva? Uma aula não versa exatamente sobre o que se sabe, mas parte-se do que se pesquisa, dos problemas construídos e sustentados na inventividade do desejo, coletivamente.</p>2024-02-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oestehttps://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/15626Pulsações de luzes tênues: fantasmas e fantasmagorias assombram o presente2023-06-24T20:39:05+00:00Maicon Barbosamaiconbars@hotmail.com<p>Esse artigo visa pensar uma relação com o imaginário dos fantasmas como possibilidade de interrogação ao presente, por meio de luminosidades que podem assombrar formas imperativas de visibilidade contemporâneas. O texto aborda a concepção de fantasmagoria em Walter Benjamin e volta-se a invenções técnicas como a fotografia de fantasmas que emergiu no século XIX, para apontar uma potência estética e política do imaginário dos fantasmas como “sobrevivências” engendradas sócio-historicamente. O texto aborda a concepção de espectro em Derrida e problematiza a redução da noção de fantasma a um sentido individualista e psicologizante. As luzes tênues dos fantasmas podem assombrar e interrogar tanto um desencantamento que nos enclausura em um tempo ininterrupto da hiperconectividade, como a feitiçaria do capitalismo contemporâneo que captura inclusive capacidades de pensar e de sentir.</p>2024-02-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oestehttps://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/15669Narrando o rolê: encantamentos das festas de rua fazendo ferver a urbe2023-06-04T00:46:48+00:00Mariana Gonçalves da Silvamarigdasrs@hotmail.comLuis Artur Costalarturcosta@gmail.comGabriel Vargas Bernardogabrielv.bernardo@gmail.comNalu Tiburi Rossinalu.rossi16@gmail.com<p>Imaginem um mundo dito apenas por meio de verbos e advérbios, sem<br>concessões a adjetivos e muito menos aos ensimesmados substantivos: realidade feita de<br>acontecimentos em relações de composição. Uma cidade constantemente (re)narrada<br>pelos corpos, gestos, cotidianos, edificações, ruas, relevos, clima, matérias e máquinas<br>em geral, que lhe arranjam enquanto potência acontecimental com suas possibilidades<br>de afetações e de ser afetada. Cada modulação narrativa que se agencia com esta trama<br>urbana compõe um encanto no qual coletivos emergem e imergem afirmando sentidos,<br>divisando certos acontecimentos do mundo, atribuindo-lhes valores, significados,<br>afetos, modulando possibilidades de agenciamento. Compor acontecimentos e (re)narrar<br>a urbe por meio da realização de festas nas ruas é uma estratégia contra-narrativa para<br>quebrar certos encantos e reencantar outros na qual apostamos. jean é o personagem que<br>corpografa as controvérsias das festas na composição do urbano afirmando a festa como<br>dispositivo clínico-político.</p>2024-02-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oestehttps://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/15651Figurações docentes: entre desobediências, sementes e desejos de potência 2023-06-01T16:22:01+00:00Cristiane Bremenkampcrisbremenk@gmail.comFabio Hebertfabiohebert@gmailo.comMaria Carolina Freitas Andrademariacarol.andrade@gmail.comMaria Elizabeth Barros de Barrosbetebarros@uol.com.br<p>A experiência brasileira de estratégias docentes durante a emergência da pandemia do Covid-19 e os modos de enfrentamento à escalada do ultrarreacionarismo e das práticas fascistas nas escolas foi a temática deste artigo que recolhe fragmentos dessa experiência, criando um arquivo de memória que se instalam no acaso e no instante, no agora, entendendo que a memória confere sentido às experiências. Pensa a docência em tempos de pandemia e fascismo tropical, e cria figuras outras para docentes.</p>2024-02-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oestehttps://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/15644Desmantelando o lado escuro do “Cidadão de Bem”: contribuições decoloniais em tempos de bolsonarismo2023-07-05T11:27:58+00:00RICARDO DE CASTROricardodiascastro@gmail.comGabriella de Souza VieiraGabriellasouzavieira26@gmail.comWillian Henrique Ferreira Prateshenriquewillian05@gmail.comClaudia Mayorga mayorga.claudia@gmail.com<p>Esse artigo é resultado de reflexões transdisciplinares que colaboraram com uma compreensão psicossocial do bolsonarismo e da resistência a ele no Brasil. Através da análise de narrativas dispersas no cotidiano público, traçamos alguns eixos de análise-intervenção para o fenômeno da adesão a esse conservadorismo à brasileira embebido em passado, mas atravessado por uma nova semântica da política ocidental-colonial vigente. O bolsonarismo, nesse sentido, aponta para uma atmosfera psicossocial sustentada a partir de uma cisão sujeito/sociedade que produz discursos e posições autoritárias imersas em um projeto de vingança que ora parece se aproximar de sua realização. Ademais, as questões referentes as experiências emancipatórias que envolvem os marcadores de classe, gênero, raça, sexualidade e território parecem estar no bojo das reivindicações pró e contra o bolsonarismo. Apostamos, então, em uma práxis, psicossocialmente, engajada que possa assumir, a partir das matrizes históricas de resistência política dos latino-brasileiros, uma das amplas frentes anti-bolsonarista.</p>2024-02-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oestehttps://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/15639Agonísticas cosmológicas: uma genealogia do feitiço capitalista lançado pelos militares aos povos Yanomami2023-06-01T16:25:51+00:00Jésio Zambonizambonijesio@gmail.comPablo Ornelas Rosapablorosa13@gmail.comAknaton Toczek Souzaaknatontoczek@gmail.comPedro Augusto Costa Bordallopablorosa13@gmail.com<p style="font-weight: 400;"><span style="font-weight: 400;">A partir da noção nietzscheana de genealogia, mobilizada por meio da analítica foucaultiana para tratar de um campo agonístico caracterizado por duas cosmologias em embate, propomos uma análise dos discursos proferidos por representantes das forças armadas brasileiras contra os povos Yanomami. Para isso, adotamos a perspectiva de Davi Kopenawa e Bruce Albert na compreensão do feitiço capitalista. </span></p> <p><strong>Palavras-chave</strong><span style="font-weight: 400;">: Perspectivismo; Cosmologia; Feitiçaria; Jair Messias Bolsonaro (1995-); Militares.</span></p>2024-02-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oestehttps://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/15573Encantamento na escola: a convivência como via de cuidado em saúde mental com jovens. 2023-07-19T12:52:47+00:00Ariadna Patricia Estevez Alvarezariadna.alvarez@fiocruz.brGabrielle Paulanti de Melo Teixeiragabrielle.teixeira@fiocruz.brGregorio Galvão de Albuquerquegregorio.albuquerque@fiocruz.brSimone Goulart Ribeirosimone.ribeiro@fiocruz.brThaina de Camargo Amaral de Mirandathaina.miranda@fiocruz.br<p>O propósito do artigo é compartilhar a experiência de criação do Espaço Convivência da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio / Fiocruz como via de encantamento na escola. Problematizamos as ações de cuidado em saúde mental com jovens na escola ao propormos atividades artístico-culturais coletivas e abertas que rompem com o desencantamento da vida. As quatro experiências narradas mostraram que a escola que se encanta em conviver deve ser construída na encruzilhada de espaço educativo e de cuidado comprometida com a construção de caminhos capazes de transformá-la. </p> <p> </p> <p> </p> <p> </p>2024-02-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oestehttps://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/15630Psicanálise, história, magia e linguagem: insurgências de modos de existir2023-06-28T11:43:06+00:00André da Cunha Prado Correia Pereiraandrecpcpereira@gmail.comIvo Mauricio Schefferivomsch@gmail.comPedro Augusto Papinipedroaugustopapini@gmail.com<p style="line-height: 137%; margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;">O presente estudo tece suas linhas investigativas nos limiares entre magia, linguagem e psicopatologia. Tomamos fragmentos da teoria psicanalítica e o pensamento de Walter Benjamin sobre a história como fendas de aberturas de um discurso de progresso científico; este alinhado a um imenso murmúrio do determinismo biológico sobre a experiência humana relacionada ao sofrimento psíquico, excluindo as possibilidades mágicas da linguagem e do encontro. Escutamos na condição autista e na condição de ouvir vozes, como duas manifestações da experiência humana que em outro tempo já foram ligadas ao mágico e hoje sobrevive como doença, cujas experiências únicas são dissolvidas no discurso biomédico. Desta maneira desdobramos contribuições psicanalíticas de forma a pensar na autonomia e emancipação de sujeitos e de comunidades diante do fim da história.</span></span></p>2024-02-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oestehttps://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/15575Impasses na Clínica Transexualizadora? O feitiço da heterocisnormatividade por meio do diagnóstico confessional2023-05-22T01:33:13+00:00Pablo Cardozo Roconpablocardoz@gmail.comMaria Elizabeth Barros de Barrosbetebarros@uol.com.brHeliana de Barros Conde Rodrigueshelianaconde@uol.com.br<p>Tendo como desencadeante a palestra intitulada “Eu sou o monstro que vos fala”, datada de 2019, na qual Paul B. Preciado se dirige corajosa e criticamente a uma plateia de psicanalistas franceses(as), o artigo se associa à analítica do poder de Michel Foucault para problematizar o processo diagnóstico de identidades trans, denominando-o <em>confissão diagnóstica. </em>Pré-requisito para ter acesso ao Processo Transexualizador do Sistema Único de Saúde (SUS), esse procedimento constitui um <em>dispositivo</em> não apenas de seleção de clientela como de produção de subjetividades. Nesse sentido, sua ação não se restringe à população trans e travesti que demanda transformações corporais, mas configura, correlativamente, o processo de produção de gêneros e sexualidades normalizadas – binarismo e heteronormatividade – dos(as) próprios(as) trabalhadores(as) do SUS. O escrito se encerra com alguns convites recentes a praticar o múltiplo, em lugar de meramente incensá-lo.</p> <p> </p>2024-02-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oestehttps://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/15637Enfrentamentos e dispersões: agência, força e ação política no Terecô de Codó (MA) 2023-06-01T16:28:40+00:00Lior Zisman Zalisliorzzalis@gmail.comConceição de Maria Teixeira Limacittalima@yahoo.com.brMartina Ahlertahlertmartina@gmail.com<p>A partir do trabalho de campo que realizamos na cidade de Codó (MA), na companhia de terecozeiros e entidades, pretendemos estender a ideia de enfrentamento às práticas cotidianas a partir da cosmologia do Terecô, religião de matriz africana. Relatos de resistência como uma dança gingada, uma gargalhada, uma vela e um feitiço são, gestualidades e práticas que fazem parte de um saber-fazer que vai para além de situações de ataque ou perseguições aos religiosos. Elas indicam, antes, movimentos possíveis, formas particulares de agência e reunião. Ao recuperar registros, escutas, vivências e memórias que escutamos junto aos terecozeiros, pretendemos explorar modos próprios de agência que complexificam as relações entre o político e o religioso, o público e o privado, o humano e o não humano.</p>2024-02-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oestehttps://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/15721Por entre feras, escutas e encantos: práticas de formar perspectivadas pela invenção2023-07-03T16:23:33+00:00Rosimeri de Oliveira Diasrosimeri.dias@uol.com.brLiliana Secron Pintolsecron@gmail.comAna Luiza Gonçalves Dias Melloanaluiza_uff@yahoo.com.br<p>O artigo parte do encanto e encontro com o livro <em>Escute as feras</em>, de Nastassja Martin, para colocar em análise os usos dos diários de campo nas pesquisas em educação e os devires que neles ganham forma. É escrito por meio do encontro de três professoras, atentas aos efeitos e problematizações de uma outredade constituída nas micropolíticas de uma formação inventiva de professores. O texto se organiza pelas estações do ano para explicitar o que temos feito de nós no encontro entre universidade e escola básica. No outono, coloca-se atenção na escuta; no inverno, o foco se localiza na outredade e na heterotopia; na primavera, a dimensão autogestionária do uso do diário é analisada como dispositivo e, no verão, a escrita se encerra com uma posição ético-estética-política do trabalho com a formação inventiva e a sua posição metodológica com os diários de campo.</p>2024-02-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oestehttps://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/15625Feitiços e Contrafeitiços da Atenção Coletiva: Bibliotecas Comunitárias e seus Dispositivos Atencionais para a Coemergência de Mundos2023-05-30T12:36:04+00:00Celvio Derbi Casalderbits@gmail.comCleci Maraschincleci.maraschin@gmail.com<p>O texto discute a atenção coletiva, a partir da Ecologia da Atenção, como dimensão de produção de regimes atencionais que enfeitiçam os mundos, condicionando a percepção, a experiência e as histórias que contamos para habitá-los. Acompanhando os modos de constituição das atividades técnicas de formação e organização de acervos de bibliotecas, localizamos feitiços que modulam a experiência de quem as frequenta em torno de modos hegemônicos de prestar atenção, promovendo o apagamento da diversidade de conhecimentos e de mundos localizados e corporificados. Apresentamos modos de funcionamento de bibliotecas comunitárias como contrafeitiços atencionais, capazes de promover a re-existência de mundos marginalizados e a heterogeneidade das relações entre bibliotecas e comunidades.</p>2024-02-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oestehttps://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/15610Refúgios, ressurgências e entre-possessões da atenção com o Maracatu de baque virado2023-05-27T17:08:41+00:00Mariana Avillezavillez.mariana@gmail.comVirgínia Kastrupvirginia.kastrup@gmail.com<p>O objetivo do presente estudo é analisar a manifestação do maracatu de baque virado a partir dos estudos da atenção, considerando a dimensão coletiva e ecológica dos fenômenos atencionais. A partir de um percurso cartográfico como método de pesquisa-intervenção com o campo do maracatu – território de pesquisa habitado por uma das autoras na posição de pesquisadora-batuqueira –, analisamos algumas qualidades da atenção pensadas a partir das noções de refúgio, ressurgência e entre-possessão. Como conclusão, sugerimos que o exercício dessas diferentes qualidades atencionais são tecnologias contrafeiticeiras frente às operações de expropriação características do capitalismo-colonial.</p>2024-02-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oestehttps://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/15623Contracolonialismo digital como método psicanalítico: conversações, escrevivências e mídias populares2023-05-29T20:16:09+00:00Mariana Mollicamarianamollica@gmail.comFábio Bispofabio.siloe@gmail.com<p>Este artigo discute o enfrentamento da necropolítica e do colonialismo digital a partir de um uso contracolonial das mídias populares. Apresentamos a experiência do Portal Favelas na construção de uma rede de comunicação popular como forma de se contrapor à violência de Estado. Articulamos a noção de testemunho com uma leitura psicanalítica de políticas de reparação, tecendo uma proposta metodológica que utiliza conversações psicanalíticas e escrevivências como forma de amplificar vozes silenciadas e transmitir experiências insurgentes através de mídias comunitárias.</p>2024-02-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oestehttps://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/15613Entre “remembranças”, goles e sonhos: tateando fissuras destes tempos 2023-06-26T19:35:47+00:00Bruno Cerqueira Gamabrunogama@academico.ufs.brEdileuza Santos do Nascimento Cruzedileuza@academico.ufs.br<p>A partir de rupturas que a pandemia de <em>Covid-19</em> produziu em nosso cotidiano, este texto busca pensar a dimensão ético-política de olhar e transitar por trechos de fissuras da vida, pelos modos como produzimos questões e respostas para o que vivemos. Algumas imagens atravessadas pelo ser gente-aprendente-profissional na universidade se fizeram narrativas, trazendo “questões-nós” e tentativas de trânsitos por suas fissuras. Ensaiar respostas que sustentem vivas as questões se mostra como condição fundamental para a manutenção do caráter inventivo da vida face ao imperativo utilitarista-produtivista-consumista vigente.</p> <p><strong>Palavras-chave: </strong>Pandemia; Fissuras; Questões; Utilitarismo; Universidade.</p>2024-02-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oestehttps://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/15614O mundo onírico e o fetiche do consumo: dimensões simbólicas e dispositivos culturais do capitalismo 2023-05-28T23:27:21+00:00Rogéria Briglia Canutorogeriacanuto@hotmail.comGláucia Briglia Canutogbrigliacanuto@gmail.comRoque Pintorpssantos@uesc.br<p>Este artigo aborda as dinâmicas materiais e culturais do capitalismo na constituição da dimensão simbólica do consumo atual. Ao explorar o conceito de fetiche e o Efeito Diderot delineamos como a publicidade atua no processo de produção de orientações culturais de consumo por meio da diferenciação e designação de significados culturais e identitários.</p>2024-02-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oestehttps://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/15602Gingar nas Encruzilhadas: a Nação Zambêracatu (re) encantando a cidade de bits e tijolos2023-06-11T21:42:26+00:00Matheus Barbosa da Rochamatheusbr.psico@live.comMaria Teresa Nobretlnobre@hotmail.com<p><strong>Resumo:</strong> Esse texto tem como força motriz acompanhar as imbricações entre a Nação Zambêracatu, o Maracatu da cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, e a urbe, seja ela “de asfaltos e tijolos” ou midiatizada. Por meio de uma experiência etnográfica, transcorrida entre 2020-2022, apostamos no “gingar nas encruzilhadas” como ferramenta para esmiuçar os usos e (re) apropriações do espaço citadino por parte deste coletivo, de modo particular, as suas práticas miúdas, malandras e marginais que golpeiam os adversários através de malabarismos estéticos e inventivos.</p>2024-02-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oestehttps://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/15581Silêncios que assombram: encantamentos de dois corpos nos limiares da cidade2023-05-22T22:30:06+00:00Elton Silva Ribeiroelton_rb@yahoo.com.brLázaro Batistalazaro.batista@palmeira.ufal.brLuis Antonio dos Santos Baptistabaptista509@gmail.com<p>Este artigo ensaia um encontro inusitado entre personagens infames de distintas urbes brasileiras. Trata-se de uma fabulação de encantados, cujas existências acreditamos que desafiam e assombram a eficácia do planejamento de cidades que se querem modelos. Pela narração de suas histórias, não se pretende incidir mais luz sobre seus corpos, mas sustentar que – em espaços inconclusos onde o silêncio habita – torna-se possível ouvir o murmúrio da vida que se politiza sem recorrer ao alarde.</p>2024-02-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oestehttps://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/15377Entre atos, performances e identidades: a produção de modos de vida em dissidências em uma Penitenciária de Segurança Média do Espirito Santo2023-05-21T16:21:02+00:00Ramon Pinto Valimramonpv93@gmail.comAlexsandro Rodriguesxela_alex@bol.com.brAna Paula Figueiredo Louzadapaulalouzada27@gmail.com<p class="CorpoA"><span lang="PT">Este artigo apresenta alguns elementos de uma narrativa de intervenção na unidade prisional capixaba exclusiva para o aprisionamento da população LGBTQIA+. O texto, discorre sobre alguns elementos desse processo, reportando-os a alguns conceitos operantes apresentados principalmente por Michael Foucault e Judith Butler. Propõe-se evidenciar a vivência LGBTQIA+ em interface com os aparelhos tecnológicos de punição e sujeição, atravessados principalmente pelo elemento da sexualidade e pela perfomatividade de gênero, sendo esse ou um dispositivo de sujeição, ou de resistência.</span></p>2024-02-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oeste