ETNOCONHECIMENTO E ENSINO DE CIÊNCIAS: PESQUISAS NA AMAZÔNIA LEGAL ENTRE 2014 E 2021

Autores

DOI:

10.26571/reamec.v12.15386

Palavras-chave:

Saberes tradicionais, Educação, Ciência, Cultura, Aprendizagem

Resumo

A Região Amazônica brasileira é rica em biodiversidade e cultura dos seus povos. O objetivo deste estudo foi verificar a ocorrência, incidência e tendências metodológicas em teses e dissertações sobre Etnoconhecimento no ensino de Ciências, produzidas entre 2014 e 2021 na Amazônia Legal. É um estudo bibliográfico, do tipo estado do conhecimento, onde a busca dos dados se deu nos repositórios das instituições públicas de pós-graduação dos nove estados que compõem a região investigada. Os resultados mostraram 18 pesquisas realizadas, com somente cinco estados responsáveis pela produção, sendo o Amazonas e o Mato Grosso os com mais publicações. Os professores foram os participantes mais investigados e o Ensino Fundamental II foi o nível mais apresentado. Sobre o tipo de procedimento, a pesquisa de campo se destacou. Diferentes métodos didáticos foram identificados, sendo a aula de campo, os experimentos e o uso de vídeos os mais empregados. Conclui-se que há pesquisas com metodologias diversas envolvendo Etnoconhecimento no ensino de Ciências dentro da Amazônia Legal, mas é necessário que todos os estados dessa região se preocupem com realizar e incentivar mais pesquisas, por cada pós-graduação, aplicadas também a escolas do espaço urbano e com professores em formação inicial.

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Biografia do Autor

Janaína Costa e Silva, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins (IFTO), Araguatins, Tocantins, Brasil.

Possui graduação em Licenciatura em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual do Piauí. É docente efetiva com dedicação exclusiva, na área de biologia, no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Tocantins(IFTO) - Campus Araguatins. Atualmente ministra disciplinas na Pós Graduação/Especialização no Ensino de Ciências e Matemática, na graduação em Licenciatura em Ciências Biológicas e no Ensino médio. Atuou como professora orientadora do Programa Residência Pedagógica. Já esteve como coordenadora do PIBID, também coordenadora do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, além de supervisora e orientadora de estágio. Mestre em Agroenergia pela Universidade Federal do Tocantins- Campus Palmas. Doutoranda em Educação em Ciências e Matemática pela Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática (REAMEC) - Pólo UFMT/Cuiabá.

Quitéria Costa de Alcântara Oliveira, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins (IFTO), Araguatins, Tocantins, Brasil.

Professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins - IFTO, Campus Araguatins. Graduada em Pedagogia pela Universidade do Tocantins - UNITINS (2002). Especialista nas áreas de Psicopedagogia/Orientação Educacional e em Gestão Educacional e Metodologias de Ensino em Linguagem. Mestre em Educação pela Universidade de Brasília -UnB (2016), na área de Políticas Públicas e Gestão da Educação Profissional e Tecnológica (https://repositorio.unb.br/handle/10482/19842). Tem experiências na área da Educação, com ênfase em Formação de Professores, Prática Pedagógica, Estágio Supervisionado, Distúrbios de Aprendizagem e Habilidades Socioemocionais. Professora efetiva nos Cursos de Licenciatura em Ciências Biológicas e em Computação, lecionando as disciplinas: História da Educação, Estrutura e Funcionamento da Educação Básica, Psicologia da Educação e Didática. Professora do curso de Pós-graduação Lato Sensu: Especialização em Ensino de Ciências da Natureza e Matemática na disciplina de Didática e Metodologias. Membro atuante do Colegiado dos Cursos de Licenciatura em Ciências Biológicas e Licenciatura em Computação e do Núcleo Docente Estruturante - NDE de ambos os Cursos de Licenciatura. Membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas Afrobrasileiros e Indígenas-NEABI/UFPB. Fomenta prática pedagógica de forma inovadora, atuando com propostas interventivas em parceria com escolas de educação básica e comunidades rurais, tornando-as um laboratório vivo na troca de experiências entre professores em exercício e em formação.

Maria Adriana Santos Carvalho, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins (IFTO), Formoso do Araguaia, Tocantins, Brasil.

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Goiás (2006), mestrado em Ecologia e Evolução pelo Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução da Universidade Federal de Goiás (2009). É doutoranda do Programa de Pós-graduação em Educação em Ciências e Matemática da Rede Amazônica em Educação em Ciências (REAMEC). É professora no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Tocantins (IFTO) desde 2016.

Ilsamar Mendes Soares, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins (IFTO), Araguatins, Tocantins, Brasil.

Licenciado e Bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT (2006); mestre em Agroenergia pela Universidade Federal do Tocantins - UFT (2013) e doutor em Biodiversidade e Biotecnologia pela UFT. É revisor de periódico da African Journal of Biotechnology; revisor de periódico da African Journal of Biochemistry Research, revisor de periódico da African Journal of Microbiology Research; revisor de periódico da Journal of Medicinal Plant Research. Tem experiência na área Fitoquímica e aproveitamento de resíduos agroenergéticos, atuando principalmente nos seguintes temas: bioenergia, fenóis de plantas, flavonoides, antioxidantes naturais e estudos cromatográficos por cromatografia líquida de alta eficiência - HPLC.

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Publicado

2024-01-31

Como Citar

SILVA, J. C. e .; OLIVEIRA, Q. C. de A.; CARVALHO, M. A. S.; SOARES, I. M. ETNOCONHECIMENTO E ENSINO DE CIÊNCIAS: PESQUISAS NA AMAZÔNIA LEGAL ENTRE 2014 E 2021. REAMEC - Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática, Cuiabá, Brasil, v. 12, p. e24001, 2024. DOI: 10.26571/reamec.v12.15386. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/reamec/article/view/15386. Acesso em: 2 maio. 2024.