O SILÊNCIO E A VAGAREZA: CONDIÇÕES PARA O PENSAR NAS AULAS DE CIÊNCIAS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26571/reamec.v13.19433


Palavras-chave:

Silêncio, Vagareza, Aceleração, Pensamento, Aula

Resumo

Este artigo deriva de uma tese de doutorado em andamento que problematiza uma condição contemporânea que captura e naturaliza modos de vida que são guiados pela aceleração e falatório constante. Tal condição impede, por vezes, o silêncio e a vagareza exigidos para um pensar que se afasta da recognição. Assim, para pensar o silêncio e a vagareza adentramos em uma das máquinas que dá condições para o exercício do pensamento: a maquinaria escolar, especialmente em uma de suas engrenagens: as aulas de ciências dos anos finais do Ensino Fundamental. Para isso, foram realizadas observações de aulas de um sexto ano, com o objetivo de apreender as forças que circulam nesse espaço e identificar possibilidades de construção de uma ética do silêncio que permita o deslizamento de um silêncio imposto e obrigatório para um silêncio que se desdobra em uma relação entre professor, alunos e estudos. O estudo se alicerça nas teorias de Deleuze (2018), Larrosa (2018), Rolnik (1997) entre outros, utilizando a cartografia como modo de pesquisa para guiar suas análises. Assim, apresentamos, por um lado fluxos, forças, que insistiam em movimentos acelerados: a necessidade entregar a avaliação, a voz da professora afirmando o tempo que restava para o término do período e por outro lado corpos que não se submetiam a essa condição. Assim, percebemos, que mesmo com a força imprimida pelos fluxos acelerados e ruidosos da maquinaria escolar que geram automatismo no pensamento, ocorrem linhas de resistência a essas forças.

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Biografia do Autor

  • Mari Teresinha Alminhana Panni, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Xangri-Lá, Rio Grande do Sul, Brasil

    Possui graduação em Pedagogia pela Faculdade Cenecista de Osório (2009). Curso de Pós - Graduação - Lato sensu - Especialização em Ensino de Filosofia e Sociologia no Ensino Médio pela Faculdade Cenecista de Osório (2012) - Curso de Pós - Graduação - Lato sensu - Especialização em Psicopedagogia Institucional pelo Centro Universitário Barão de Mauá (2015) - Curso de Pós - Graduação - Lato sensu - Especialização em Atendimento Educacional Especializado pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (2016). Esécialização em Supervisão Escolar pelo Centro Universitário UNIFACVEST (2024). Mestrado em Educação em Ciências pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS - pelo Programa de Pós Graduação em Educação e Ciências Química da Vida e Saúde (2019). Tem experiência na área de Educação, Professora de Anos Inicias no Município de Xangri-Lá e Professora de Educação Infantil no Município de Osório. Integrante do Grupo de Estudos em Educação Matemática e Contemporaneidade (GEEMCo). e-mail: maripanni@gmail.com. Cursando Doutorado em Educação em Ciências pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS - pelo Programa de Pós Graduação em Educação em Ciências, inicio ano 2021.

  • Claudia Glavam Duarte, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Tramandaí, Rio Grande do Sul, Brasil

    Possui graduação em Licenciatura Plena em Ciências e Matemática pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1990), Mestrado em Educação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2003) e doutorado em Educação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2009). Atualmente é professora do curso de licenciatura em Educação do Campo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul- Campus Litoral Norte, do Programa de Pós-Graduação: Educação em Ciências atuando na linha de pesquisa Educação Científica: Implicações das práticas científicas na constituição dos sujeitos e do Programa de Pós Graduação em Ensino da Matemática, especificamente na linha de pesquisa: Formação de professores de Matemática e Novas Tendências. As investigações e análises realizadas possuem como ferramentas teóricas a filosofia da diferença ,principalmente das teorizações de Michel Foucault, Gilles Deleuze e Ludwig Wittgenstein. Tem experiência na área de Educação atuando principalmente nos seguintes temas: Educação Matemática; Educação em Ciências, Diversidade, Educação do Campo, saberes populares e conhecimento científico, Etnomatemática e currículo . Coordena o Grupo de Estudos em Educação Matemática e Contemporaneidade (GEEMCo).

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Publicado

2025-11-26

Declaração de Disponibilidade de Dados

Os dados da pesquisa não estão disponibilizados. Conforme o parecer aprovado pelo Comitê de Ética (número 5.575.808), eles são sigilosos. Além disso, a tese que serviu de base para a construção deste artigo ainda não foi defendida até o momento.

Como Citar

PANNI, Mari Teresinha Alminhana; DUARTE, Claudia Glavam. O SILÊNCIO E A VAGAREZA: CONDIÇÕES PARA O PENSAR NAS AULAS DE CIÊNCIAS. REAMEC - Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática, Cuiabá, v. 13, p. e25038, 2025. DOI: 10.26571/reamec.v13.19433. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/reamec/article/view/19433. Acesso em: 5 dez. 2025.