O QUE É CIÊNCIA AFINAL? DIÁLOGOS NO CONTEXTO ESCOLAR
DOI:
10.26571/reamec.v9i1.11176Palavras-chave:
Educação Científica, Iniciação Científica, Ensino Médio, . Educação Básica, Análise Textual DiscursivaResumo
Este estudo buscou investigar, por meio de uma pesquisa qualitativa de caráter exploratório, qual a visão de alunos, da primeira série do Ensino Médio de duas escolas do município de Araguaína (TO), sobre o conceito de Ciência. Para tanto, buscou-se através dos preceitos da Análise Textual Discursiva, proposta por Moraes e Galiazzi, analisar os dados obtidos através da aplicação de um questionário, que direcionou a criação de quatro categorias de análise, auxiliando na discussão desses dados. Desse modo, foi possível inferir que ainda há entre os estudantes, a presença de concepções incoerentes a respeito da natureza da ciência, demonstrando a importância de estudos como este, que pautam o contexto escolar, além da necessidade de formação dos professores que atuam nessa área. Assim, os resultados deste estudo nos levam à ideia de que para que a educação científica ocorra sem entraves, esta deve buscar por meio das discussões em sala de aula, a respeito da ciência, uma abordagem de todos os aspectos referentes a ela, pautando-se não só nos resultados finais de atividades bem-sucedidas dentro do contexto científico, mas na sua construção histórica, que perpassa as dúvidas e teorias, característica esta que contribui para uma visão mais adequada do tema.
Downloads
##plugins.generic.paperbuzz.metrics##
Referências
AULER, D.; DELIZOICOV, D. Alfabetização científico-tecnológica para quê? Ensaio - Pesquisas em Educação em Ciências: v. 3, n. 1, p. 1-13, 2001.
AVANZI, M. R. et al. Concepções sobre a Ciência e os Cientistas entre Estudantes do Ensino Médio do Distrito Federal. In: VIII ENPEC, 2011. Resumos eletrônicos. Disponível em: http://abrapecnet.org.br/atas_enpec/viiienpec/resumos/R1113-2.pdf. Acesso em: 20 fev. 2020.
BORGES, A. P. A. et al. Visões de Ciência e Cientista utilizando representações artísticas, entrevistas e questionários para sondar as concepções entre alunos da primeira série do Ensino Médio. In: Anais do XV Encontro Nacional de Ensino de Química, Brasília: Universidade de Brasília, 2010. p. 1-10. Disponível em: http://www.sbq.org.br/eneq/xv/resumos/R1219-1.pdf. acesso em 20 de fev. 2020.
BRASIL. Secretaria da Educação Média e Tecnológica. Orientações Curriculares para o Ensino Médio: Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Volume 2. Brasília: MEC, 2006. p. 1-140. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/book_volume_02_internet.pdf. acesso em 8 de fev. de 2020.
CARDOSO, N. A.; TREVISAN, E. P.; ULIANA, M. R. O QUE É CIÊNCIA NA CONCEPÇÃO DE LICENCIANDOS DE DOIS CURSOS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA DA UFMT. REAMEC - Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática, [S. l.], v. 3, n. 1, p. 127-143, 2015. DOI: 10.26571/2318-6674.a2015.v3.n1.p127-143.i5311. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/reamec/article/view/5311. Acesso em: 8 nov. 2020.
CHASSOT, A. Alfabetização científica: uma possibilidade para a inclusão social. Revista Brasileira de Educação, ANPEd, v.26, p.89-100. 2003. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rbedu/n22/n22a09.pdf. acesso em 20 de fev. de 2020.
CRESWELL, J. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2010. p. 1-296. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/les/article/view/11610/10220. acesso em 12 de fev. de 2020.
DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. A.; PERNAMBUCO, M. M. Ensino de ciências: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2007.
DEMO, P. Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 2000.
FILHO. P. S. de C.; ZOMPERO, A. S.; LABURÚ, C. E. Alfabetização Científica e propostas curriculares para o ensino de Ciências. In: I Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – XI ENPEC, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, 2017. Disponível em: http://www.abrapecnet.org.br/enpec/xi-enpec/anais/resumos/R1758-1.pdf. Acesso em: 24 fev. 2020.
FRACALANZA, H; AMARAL, I.A.; GOUVEIA, M. S. O ensino de ciências no primeiro grau. São Paulo: Atual, 1987. 124 p.
FREIRE-MAIA, N. A ciência por dentro. 5. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1998. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ci/v33n3/a04v33n3.pdf. Acesso em: 1 mai. 2019.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002. , 41 p.
GIL-PÉREZ, D. et al., Para uma imagem não deformada do trabalho científico, Ciência e Educação 7, 125-153 (2001).
HABERMAS, J. A ideia de universidade: processos de aprendizagem. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v. 74, n. 176, p. 111-113, jan./abr. 1993. DOI: https://doi.org/10.24109/2176-6681.rbep.74i176.1217.
HABERMAS, J. Verdade e justificação: ensaios filosóficos. Tradução Milton Camargo Mota. São Paulo: Loyola, 2004.
HABERMAS, J. Conhecimento e interesse. Técnica e ciências como “ideologia”. Lisboa: Edições 70, 2006. p. 129-147.
KOSMINSKY, L.; GIORDAN, M. Visões de ciências e sobre o cientista entre estudantes do Ensino Médio. Química Nova na Escola. São Paulo, n. 15, p. 11-18, 2002.
LONARDONI, C. M.; CARVALHO, de M. Alfabetização Científica e a formação do cidadão. 2007. 32 f. Trabalho de conclusão do Plano de Desenvolvimento da Educação- PDE. Rolândia, Paraná, 2007. Disponível em: http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/producoes_pde/artigo_maria_cristina_lonardoni.pdf. acesso em 20 de fev. de 2020.
MASLOW, A. As necessidades de conhecimento e o seu condicionamento pela mente e pela coragem. In: DEUS, J. D. (org.). A crítica da ciência: sociologia e ideologia da ciência. Rio de Janeiro, 1979.
MORAES, R. Uma Tempestade de Luz: a Compreensão Possibilitada pela Análise Textual Discursiva. Ciência & Educação, Bauru, v. 9, n. 2, p. 191-211, out. 2003. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ciedu/v9n2/04.pdf. acesso em 20 de fev. de 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/S1516-73132003000200004
MORAES, R.; GALIAZZI, M. do C. Análise Textual Discursiva. Ed. Unijuí, 3º edição, 2016. p. 191-211.
MORAIS, R. de. Filosofia da ciência e da tecnologia. 5. ed. São Paulo : Papirus, 1988.
PORTO, A.; RAMOS, L.; GOULART, S. Um olhar comprometido com o ensino de ciências. ---1.ed. cap. 1, p. 12. Belo Horizonte, editora FAPI. 2009.
RAMOS, F. P.; NEVES, M. C. D.; CORAZZA, M. J. A ciência moderna e as concepções contemporâneas em discursos de professores-pesquisadores: entre rupturas e a continuidade. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias- Vol 10, Nº 1, p. 84-108. 2011. Disponível em: http://reec.uvigo.es/volumenes/volumen10/ART5_Vol10_N1.pdf. Acesso em: 1 mai. 2019.
REIS, P.; RODRIGUES, S.; SANTOS, F. Concepções sobre os cientistas em alunos do 1º ciclo do Ensino Básico: “Poções, máquinas, monstros, invenções e outras coisas malucas”. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, Vol. 5 Nº 1, p. 51-17. 2006.
SANTOS, W. L. P. dos.; MORTIMER, E. F. Uma análise de pressupostos teóricos da abordagem C-T-S (Ciência - Tecnologia - Sociedade) no contexto da educação brasileira. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências, v. 2, n. 2, p. 1–24. 2002. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/epec/v2n2/1983-2117-epec-2-02-00110.pdf. acesso em 13 de maio de 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/1983-21172000020202.
SILVA, A. F. da FERREIRA, J. H. VIERA. O ensino de ciências no ensino fundamental e médio: reflexões e perspectivas sobre a educação transformadora. Revista Exitus, Santarém/PA, Vol. 7, N° 2, p. 283-304, Maio/Ago. 2017. Disponível em: http://www.ufopa.edu.br/portaldeperiodicos/index.php/revistaexitus/article/view/314/262. acesso e 13 de maio de 2020. DOI: https://doi.org/10.24065/2237-9460.2017v7n2ID314.
SOUSA, R. S. de.; GALIAZZI, M. do C. Categoria na análise textual discursiva: sobre método e sistema em direção à abertura interpretativa. Revista Pesquisa Qualitativa. São Paulo (SP), v.5, n.9, p. 514-538, dez. 2017.Disponível em: https://editora.sepq.org.br/rpq/article/view/130/97. acesso em 20 de maio de 2020.
VOLPATO, G. L. Autoria Científica: Por que tanta polêmica? Revista de Gestão e Secretariado - GeSec, São Paulo, v. 7, n. 2, p 195-210,mai./ago. 2016. Disponível em: https://www.revistagesec.org.br/secretariado/article/view/597. acesso em 14 de maio de 2020.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Camila Pereira dos Santos, Wagner dos Santos Mariano
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Política de Direitos autorais
Os autores mantêm os direitos autorais de seus trabalhos publicados na Revista REAMEC, atendendo às exigências da Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências, enquanto a revista utiliza um modelo de licenciamento que favorece a disseminação do trabalho, particularmente adotando a Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International (CC BY-NC 4.0).
Os direitos autorais são mantidos pelos autores, os quais concedem à Revista REAMEC os direitos exclusivos de primeira publicação. Os autores não serão remunerados pela publicação de trabalhos neste periódico. Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicado neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional, em website pessoal, publicar uma tradução, ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico. Os editores da Revista têm o direito de realizar ajustes textuais e de adequação às normas da publicação.
Política de Acesso Aberto/Livre
Os manuscritos publicados na Revista REAMEC são acessíveis gratuitamente sob o modelo de Acesso Aberto, sem cobrança de taxas de submissão ou processamento de artigos dos autores (Article Processing Charges – APCs). A Revista utiliza Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International (CC BY-NC 4.0) para assegurar ampla disseminação e reutilização do conteúdo.
Política de licenciamento - licença de uso
A Revista REAMEC utiliza a Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International (CC BY-NC 4.0). Esta licença permite compartilhar, copiar, redistribuir o manuscrito em qualquer meio ou formato. Além disso, permite adaptar, remixar, transformar e construir sobre o material, desde que seja atribuído o devido crédito de autoria e publicação inicial neste periódico.