FORMAÇÃO PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS NOS ANOS INICIAIS DO FUNDAMENTAL I
DOI:
10.26571/reamec.v8i2.10100Palavras-chave:
Formação de professores. Formação inicial e contínua. Ensino de Ciências nos anos iniciais.Resumo
O texto apresenta parte dos resultados e reflexões que emergiram ao longo da pesquisa concluída no âmbito do mestrado em educação da Universidade Estadual Paulista (FCT/UNESP). Objetiva discutir os limites da formação inicial e contínua dos professores dos anos iniciais, no que diz respeito ao ensino de Ciências Naturais, diante do contexto das escolas públicas municipais de Manaus-AM. Os dados foram construídos por meio de questionários e entrevistas. A pesquisa norteia suas explanações a partir do diálogo entre o método Hermenêutico Crítico (GHEDIN, 2004; GHEDIN & FRANCO, 2008) coadunado aos conceitos da Teoria da Enunciação (BAKHTIN, 1997, 2006). Os resultados indicam que os professores não orientam a construção da prática docente fundamentalmente a partir dos conhecimentos projetados na formação inicial e contínua. No tocante à formação inicial, argumentaram que consideram os processos distantes da realidade escolar e excessivamente teóricos. Falas que são contextualizadas diante do cenário histórico da constituição do curso de Pedagogia. Em relação aos cursos de formação contínua, os docentes os percebem como desorganizados, fragmentados e teóricos. Em suma, o ensino de ciências tem ampliado cada vez mais seu escopo e complexidade enquanto corpo de conhecimentos, possuindo imbricações em diversas áreas, o que fez emergir um conjunto de tendências para o ensino de ciências; portanto, os processos formativos dos professores que ministram Ciências Naturais no Ensino Fundamental I são insuficientes para a compreensão e atuação frente a tais demandas. Para tanto, é necessário maior atenção e reais esforços para mudar o quadro formativo que se apresenta.
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