METODOLOGIAS ATIVAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS: OS DESAFIOS DA PRÁTICA NA PERSPECTIVA DOCENTE

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26571/reamec.v12.18256


Palavras-chave:

Ciências Naturais, Desafios docentes, Ensino e aprendizagem, Ensino Fundamental, Metodologia ativa

Resumo

As metodologias ativas de ensino são estratégias pedagógicas cujo objetivo central é promover o protagonismo dos estudantes no processo de aprendizagem. No contexto do ensino de Ciências, essas metodologias são promissoras, pois contribuem para uma formação integral e científica dos estudantes. No entanto, apesar de suas contribuições, a aplicação das metodologias ativas não está isenta de desafios. Diante disso, este artigo faz parte de uma investigação realizada em uma dissertação de mestrado no Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências na Universidade Federal do Rio Grande. O objetivo deste trabalho é apresentar e discutir os desafios associados à utilização de metodologias ativas no ensino de Ciências, a partir da perspectiva dos professores de Ciências dos Anos Finais do Ensino Fundamental da rede municipal de ensino do Rio Grande. Para a coleta de dados, foram utilizados questionários e entrevistas, envolvendo a participação de 29 professores de Ciências. A análise de dados foi conduzida utilizando a metodologia da Análise Temática e revelou uma série de obstáculos em relação à aplicação de metodologias ativas, tais como a falta de motivação dos estudantes, conhecimento dos professores e limitações de tempo e recursos. Portanto, apesar do potencial enriquecedor das metodologias ativas para o ensino de Ciências, sua implementação requer conhecimento e adaptação dos professores para superar os desafios da prática, os quais podem ser abordados a partir de diferentes perspectivas formativas e pedagógicas.

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Biografia do Autor

  • Lorena Vargas Soares Pepino, Universidade Federal de Rio Grande (FURG), Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil

    Possui mestrado em Educação em Ciências pela Universidade Federal do Rio Grande; especialização em Metodologia do Ensino de Biologia pelo Centro Universitário Internacional - UNINTER (2023); graduação em Ciências Biológicas - Licenciatura, pela Universidade Federal do Rio Grande (2022).

  • Luiz Fernando Mackedanz, Universidade Federal de Rio Grande (FURG), Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil

    possui graduação em Licenciatura Em Física pela Universidade Federal de Pelotas (2000), mestrado em Física pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2003) e doutorado em Ciências pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2008). Atualmente trabalha como professor associado no Instituto de Matemática, Estatística e Física (IMEF) da Universidade Federal do Rio Grande, atuando junto aos programas de Pós Graduação em Educação em Ciências (PPGEC) e Mestrado Profissional em Ensino de Física (MNPEF). Atualmente, ocupa a coordenação do curso de Física Licenciatura. Trabalhou como professor assistente da Universidade Federal de Pelotas, lotado na Universidade Federal do Pampa, campus Caçapava do Sul, atuando junto ao curso de Geofísica. Tem experiência na área de Física, com ênfase em Fenomenologia de Partículas Em Altas Energias e atua, desde 2010, na área de Educação em Ciências e Ensino de Física, atuando com os temas: formação de professores, inovações pedagógicas no ensino de ciências, temas controversos da física, contextualização e historicidade das ciências, interdisciplinaridade na atuação e formação de professores, formação continuada de professores de ciências naturais, relações de poder no currículo de ciências naturais. Coordena o Grupo de Pesquisa em Inovações no Ensino de Ciências (INOVAFIS), onde o foco de estudo são as inovaçõ

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Publicado

2024-12-30

Como Citar

METODOLOGIAS ATIVAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS: OS DESAFIOS DA PRÁTICA NA PERSPECTIVA DOCENTE. REAMEC - Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática, Cuiabá, Brasil, v. 12, p. e24106, 2024. DOI: 10.26571/reamec.v12.18256. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/reamec/article/view/18256. Acesso em: 16 abr. 2025.