UM MODELO DIDÁTICO MISTO PARA A ARGUMENTAÇÃO NO ENSINO DE CIÊNCIAS E BIOLOGIA: PARA ALÉM DAS TENDENCIOSIDADES
DOI:
10.26571/reamec.v8i3.10800Palavras-chave:
Argumentação. Ensino de Ciências e Biologia. Modelo Didático Misto. Toulmin. BoniniResumo
Este artigo se refere aos resultados de uma pesquisa sobre a argumentação no ensino de Ciências e de Biologia. Sua singularidade está na construção de um Modelo Didático Misto (MDM), tendo como objetivo identificar se o MDM criado possibilita em alunos do nono ano do Ensino Fundamental e na terceira série do Ensino Médio a construção da argumentação de qualidade. Deve também verificar qual é o lugar e a relação entre explicação e narração com argumentação. Quanto à metodologia, a pesquisa é do tipo intervenção por intermédio de sequências didáticas, além da obtenção do diagnóstico inicial de concepção e habilidade argumentativa pela aplicação de questionário e obtenção de novas concepções, por meio da realização de um grupo focal pós-intervenção do MDM. Quanto aos resultados obtidos, esses foram relevantes tanto para a qualidade dos argumentos como das argumentações, pois houve um avanço de qualidade à medida que o MDM foi desenvolvido em suas fases e, quando analisadas as construções dos discentes, se constatou que houve avanço de qualidade estrutural e de conteúdo dos argumentos e das argumentações, uma vez que o nível de qualidade (NQA) nos alunos do nono ano do Ensino Fundamental avançou do nível 1 para o nível 5 com a intervenção do MDM. Na terceira série do Ensino Médio, o NQA avançou de 2 para 5. A partir do MDM, também foi possível posicionar o lugar e identificar qual é a relação entre explicação e narração com argumentação.
Downloads
##plugins.generic.paperbuzz.metrics##
Referências
JÍMENEZ-ALEIXANDRE, M. P. Argumentación y uso de las pruebas: Construcción, evaluación y comunicación de explicaciones en Biología y Geología. In: Didáctica de la biologia y la geologia (p. 129-150). Secretaría General Técnica. 2011. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=3659233. Acesso em 20 jul. 2020.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2006, 225p.
BONINI, A. A noção de sequência textual na análise pragmático-textual de Jean-Michel Adam. Gêneros: teorias, métodos, debates. São Paulo: Parábola Editorial, 2007, p. 208-236.
DRIVER, R.; NEWTON, P.; OSBORNE, J. Establishing the norms of scientific argumentation in classrooms. Science education, 84 (3), 2000, p. 287-312. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1002/(SICI)1098-37X(200005)84:3%3C287::AID-SCE1%3E3.0.CO;2-A. Acesso em 20 jul. 2020. DOI: https://doi.org/10.1002/(SICI)1098-237X(200005)84:3<287::AID-SCE1>3.0.CO;2-A.
FERRAZ, A. T.; SASSERON, L. H. Propósitos Epistêmicos para a Promoção da Argumentação em Aulas Investigativas. Investigações em ensino de ciências, 22 (1). 2017. Disponível em: https://pdfs.semanticscholar.org/b622/c0380dda3856b314fc70349b1232ad35fa11.pdf. Acesso em 21 jul. 2020. DOI: http://dx.doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2017v22n1p4.2.
FLICK, U. Introdução à metodologia de pesquisa. Porto Alegre: Penso, 2009.
JIMÉNEZ-ALEIXANDRE, M. P.; BROCOS, P. Desafíos metodológicos en la investigación de la argumentación en la enseñanza de las ciencias. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências (Belo Horizonte, MG), 17 (spe), 2015, p. 139-159. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/epec/v17nspe/1983-2117-epec-17-0s-00139.pdf. Acesso em 20 jun. 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/1983-2117201517s08.
KUHN, D. Ciência como argumento: implicações para o ensino e aprendizagem do pensamento científico. Science Education, 1993, v. 77 (3), 319-337. Disponível em: https://psycnet.apa.org/record/1993-43207-001 . Acesso em 19 set. 2020. Doi: https://DOI.org/10.1002/sce.3730770306
MOTOKANE, T. M.; GUELERO, M. Análise da argumentação presente em textos escritos de genética. Enseñanza de las ciencias: Revista de Investigación y Experiencias Didácticas, [em línea], 2009, n.º Extra, p. 547-50. Disponível em: https://www.raco.cat/index.php/Ensenanza/article/view/293593. Acesso em 18 Jun. 2020.
MOTOKANE, M. T. Secuencias Didácticas Investigativas y Argumentación en la Enseñanza de la Ecología. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências (Belo Horizonte, MG), 17 (spe), 2015, p. 115-138.
MOTTA, M. B.; LIRA, M. R. A tessitura do discurso argumentativo numa sala de aula de ciências. Enseñanza de las ciencias: Revista de Investigación y Experiencias Didácticas, (Extra), 2013, p. 276-279. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1983-21172015000400115&script=sci_abstract&tlng=es. Acesso em 18 jun. 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/1983-2117201517s07.
NASCIMENTO, S. S.; VIEIRA, R. D. Contribuições e limites do padrão de Argumento de Toulmin aplicado em situações argumentativas de sala de aula de ciências. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, 8 (2). 2011. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/rbpec/article/view/4018/2582. Acesso em 17 jun. 2020.
PENHA, S. P. D. Atividades Sociocientíficas em sala de aula de Física: As argumentações dos estudantes (Tese Doutorado), Universidade de São Paulo, 2012.
PENHA, S. P.; CARVALHO, A. M. P. Proposição de uma Ferramenta Analítica para avaliar a Qualidade da Argumentação em Questões Sociocientíficas. Anais. ENPEC, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, 2015.
PERELMAN, C.; OLBRECHTS-TYTECA, L.; COELHO, F. O. Tratado da argumentação: A nova retórica. São Paulo: Martins Fontes. 2005.
PEZARINI, A. R.; MACIEL, M. D. As dimensões da argumentação no ensino de ciências em pesquisas de 2007 a 2017: Um olhar para a caracterização e para as ferramentas metodológicas para estudar esta temática. Amazônia: Revista de Educação em Ciências e Matemáticas, 14 (32), 2018, p. 61-77. Disponível em: https://periodicos.ufpa.br/index.php/revistaamazonia/article/view/6177/5267. Acesso em 15 jun. 2020.
SOUZA, T. T. de; HENCKES, S. B. R.; GEWEHR, D.; SCARTEZZINI, B.; STROHSCHOEN, A. A. G. Letramento científico na docência de professores de biologia: concepção e prática. REAMEC - Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática, [S.l.], v. 6, n. 2, p. 310-323, 2018.DOI: 10.26571/REAMEC.a2018.v6.n2.p310-323.i6560. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/reamec/article/view/6560. Acesso em: 21 set. 2020.
TOULMIN, S. E. Os usos do argumento. 2ª edição. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
VENVILLE, G. J.; DAWSON, V. M. The impact of a classroom intervention on grade 10 students' argumentation skills, informal reasoning, and conceptual understanding of science. Journal of Research in Science Teaching, 47 (8), 2010, p. 952-977. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1002/tea.20358. Acesso em 18 jun. 2020. DOI: https://doi.org/10.1002/tea.20358.
VIEIRA, R. D.; NASCIMENTO, S. D. Avaliações de argumentação de licenciandos em Física sobre um episódio de estágio curricular: Em que critérios eles se baseiam. Anais EPEF, XI, 2008, p. 01-12.
VIEIRA, R. D.; NASCIMENTO, S. S.; MELO, V. F.; DA ROCHA BERNARDO, J. R. Argumentação e orientações discursivas na educação em ciências. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências, 17 (3), 2015, p. 707-725. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/epec/v17n3/1983-2117-epec-17-03-00707.pdf. Acesso em 16 jun. 2020. Doi: https://doi.org/10.1590/1983-21172015170308
ZABALA, A. A prática educativa: Como ensinar. Porto Alegre: Penso Editora, 2015.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 REAMEC - Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Política de Direitos autorais
Os autores mantêm os direitos autorais de seus trabalhos publicados na Revista REAMEC, atendendo às exigências da Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências, enquanto a revista utiliza um modelo de licenciamento que favorece a disseminação do trabalho, particularmente adotando a Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International (CC BY-NC 4.0).
Os direitos autorais são mantidos pelos autores, os quais concedem à Revista REAMEC os direitos exclusivos de primeira publicação. Os autores não serão remunerados pela publicação de trabalhos neste periódico. Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicado neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional, em website pessoal, publicar uma tradução, ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico. Os editores da Revista têm o direito de realizar ajustes textuais e de adequação às normas da publicação.
Política de Acesso Aberto/Livre
Os manuscritos publicados na Revista REAMEC são acessíveis gratuitamente sob o modelo de Acesso Aberto, sem cobrança de taxas de submissão ou processamento de artigos dos autores (Article Processing Charges – APCs). A Revista utiliza Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International (CC BY-NC 4.0) para assegurar ampla disseminação e reutilização do conteúdo.
Política de licenciamento - licença de uso
A Revista REAMEC utiliza a Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International (CC BY-NC 4.0). Esta licença permite compartilhar, copiar, redistribuir o manuscrito em qualquer meio ou formato. Além disso, permite adaptar, remixar, transformar e construir sobre o material, desde que seja atribuído o devido crédito de autoria e publicação inicial neste periódico.