AULAS COMPACTAS E INVESTIGATIVAS: APLICAÇÃO DE UMA PROPOSTA PARA OPORTUNIZAR O ENSINO INVESTIGATIVO DE BIOLOGIA NO NOVO ENSINO MÉDIO NO BRASIL

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26571/reamec.v12.18033


Palavras-chave:

Abordagem investigativa, Ensino de Botânica, Ferramenta didática, Manual para o professor

Resumo

Com o Novo Ensino Médio no Brasil, componentes curriculares básicos como a Biologia sofreram uma redução na carga horária, resultando no aumento das dificuldades encontradas no ensino de Biologia, já que não houve redução de conteúdo compatível com a redução de tempo. Além desse problema, existe o pressuposto de que há uma falta de familiaridade dos docentes com o ensino investigativo. Nesse contexto, os objetivos deste trabalho foram: realizar um levantamento sobre a familiaridade dos professores de Biologia com o ensino investigativo; elaborar um manual para o professor contendo aulas investigativas compactas e exequíveis em uma ou em poucas aulas; e analisar junto aos professores a aplicabilidade de tal manual. O público alvo foi constituído por docentes de Biologia do Ensino Médio, recrutados por divulgação em grupos de aplicativo de mensagens. Esse método garantiu uma amostra diversificada, abrangendo diferentes regiões e instituições, buscando verificar a aceitação dos professores para o manual proposto. Contrariando as expectativas do início do trabalho, os resultados demonstraram que a familiaridade dos participantes da pesquisa com o ensino investigativo não é um impedimento para a sua adoção no processo de ensino-aprendizagem. Entretanto, a análise revelou que a limitação na carga horária é um desafio na disseminação da abordagem investigativa na prática pedagógica. Assim, a proposta de uma ferramenta didática com aulas investigativas compactas surge como estratégia para superar essa barreira.

Downloads

Biografia do Autor

  • Cinthia Barzon Zandonadi, Escola Estadual Professor Valdomiro Teodoro Cândido E.E.P.V.T.C, Nova Bandeirantes, Mato Grosso, Brasil

    Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Paranaense (2008), especialização em Ciências Biológicas pela Faculdade do Noroeste de Minas Gerais (2010), Bacharel em Ciências Contábeis pelo Centro Universitário da Grande Dourados(2017)e especialização em Metodologia de ensino de Matemática e Biologia (2021) pelo Centro Universitário FAVENI. Cursando o PROFBIO - Mestrado Profissional em Ensino de Biologia pela UFMT(2022). Professora de educação básica da Escola Estadual Professor Valdomiro Teodoro Cândido.

  • Patrícia Carla de Oliveira, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Cuiabá, Mato Grosso, Brasil

    Bióloga, bacharel e licenciada pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), mestre em Ecologia e Conservação da Biodiversidade pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), doutora em Botânica pela Universidade de Brasília (UnB), com experiência em ecofisiologia de sementes. Docente na Universidade Federal de Mato Grosso, Departamento de Botânica e Ecologia - Instituto de Biociências e pesquisadora com interesse nos estágios iniciais da vida de plantas do Pantanal e Cerrado. Coordena o Laboratório de Pesquisa em Sementes Nativas e o programa de pós-graduação Mestrado Profissional em Ensino de Biologia na UFMT. Ensina Fisiologia Vegetal com gosto e dedicação.

Referências

ALMEIDA, B. M.; PALUDETTE, M. D. Estratégia docente para redução do analfabetismo botânico em cursos de formação de professores de Biologia. REAMEC – Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática. Cuiabá, v. 12, e24028, jan./dez., 2024. https://doi.org/10.26571/reamec.v12.16644

ANDRADE, G. T. B. de. Percursos históricos de ensinar ciências através de atividades investigativas. Rev. Ensaio, v. 13, ed. 01, p. 121-131, 25 abr. 2011. DOI https://doi.org/10.1590/1983-21172013130109%20.

ARAUJO, G. S. de; LEMOS, J. R. Confecção e aplicação de modelos didáticos na área de Botânica: subsídios metodológicos para o ensino e aprendizagem na educação básica. In: LEMOS, Jesus Rodrigues. (Org.). BOTÂNICA NA ESCOLA: ENFOQUE NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM.CURITIBA: Editora CRV, 2016. p. 69-85

ARAÚJO, M. F. F. de; PEDROSA, M. A. Ensinar ciências na perspectiva da sustentabilidade: barreiras e dificuldades reveladas por professores de Biologia em formação. Educar em Revista, Curitiba, n. 52, p. 305-318, 2014. Disponível em:https://www.scielo.br/j/er/a/zwY N5bVNGvzNMgwVmpSTMdS/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 11 mar. 2024.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.

BRASIL. Lei nº 13.415, DE 16 DE FEVEREIRO DE 2017. Reforma do Ensino Médio. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13415.htm. Acesso em: 25 mai. 2022

CARVALHO, A. M. P. de. Fundamentos Teóricos e Metodológicos do Ensino por Investigação. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, [S. l.], v. 18, n. 3, p. 765–794, 2018. DOI: https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2018183765.

CORRÊA, G. T. ; RIBEIRO V. M. B. A Formação pedagógica no ensino superior e o papel da pós-graduação stricto sensu. v. 39, n. 2, p. 319-334, a. ed. São Paulo: Educação. Pesquisa, 2013. https://doi.org/10.1590/S1517-97022013000200003

COSTA, T. A. R. Competências Profissionais dos Professores para o século XXI: entre as representações teóricas e as considerações de alunos e docentes. 2019. 117 f. Relatório realizado no âmbito do Mestrado em Ensino de História no 3ºciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário-FLUP Faculdade de Letras Universidade do Porto. Porto, 2019.Disponível em: https://hdl.handle.net/10216/124559 . Acesso em: 27 maio 2019.

DARAYA, V. Super Abril. Bombas coloridas de sementes espalham flores (e salvam abelhas). [S.l.]. Super Interessante, 2015. Atualizado em 21 dez 2016, 10h2. Disponível em: https://super.abril.com.br/coluna/planeta/bombas-coloridas-de-sementes-espalham-flores-e-salvam-abelhas. Acesso em: março. 2022.

DURÉ, R.C.; ANDRADE, M. J. D de; ABÍLIO, F. J. P. Ensino de Biologia e contextualização do conteúdo: Quais temas o aluno de Ensino Médio relaciona com seu cotidiano? Experiências em Ensino de Ciências V.13, No.1 2018. Disponível em: https://fisica.ufmt.br/eenciojs/index.php/eenci/article/view/231/209. Acesso em 02 de jun. de 2022.

ELETHERIO, L; ARANHA, G. O que é Aprendizagem Investigativa? Redeneuro, 2021. Disponível em: http://cienciasecognicao.org/redeneuro/aprendizageminvestigativa/. Acesso em: 10, junho de 2022.

GIUPATTO, M. (s/d). Metodologia da pergunta: Questionamento do professor como um componente chave do discurso da sala de aula. [PDF] disponivel em: https://www.researchgate.net/publication/349036889_Metodologia_da_pergunta_Por_que_questionar_e_importante_para_o_ensino-aprendizagem_O_que_dizem_as_pesquisas.Acesso em: 21 de dez. 2023

KOSHINO, I. L. A. VIGOTSKI: Desenvolvimento do adolescente sob uma perspectiva do materialismo histórico e dialético. 2011. 156 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Estadual de Londrina, Centro de Educação, Comunicação e Artes, Londrina, 2011. Disponível em: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/12524. Acesso em: 11 mar. 2024.

KRASILCHIK, M. Prática de Ensino de Biologia. 4ª ed., São Paulo: Editora Edusp, 2016.

MONTANINI, S. M. P.; MIRANDA, S. do C. de.; CARVALHO, Plauto S. de. O ensino de ciências por investigação: abordagem em publicações. Revista Sapiência: Sociedade, Saberes e Práticas Educacionais (UEG), v. 7, n. 2, p. 288-304, jan./jul. 2018. ISSN 2238-3565.

MARCONDES, M. E. R.; SUART, R. C. (2009). A manifestação de habilidades cognitivas em atividades experimentais investigativas no Ensino Médio de química. Ciências & Cognição, v 14, p 50-74.

MANTOVANI F. L.; SOUZA F. L .; CASEMIRO J.L.A, MAIDANIA J. G.; ASSIS L.A.F.; MARINS M. T.; VENTO P. E. V; LOVAGLIO U.S., ASSIS J.C., TOWATA N., SCARPA D.L., URSI, S. Sequência didática Mata Atlântica-Restinga. In: Ensino por investigação: Sequência didática “Mata Atlântica - Restinga”. São Paulo: Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, 2016, 39p.

MORAN, J.; Mudanças necessárias na educação, hoje. Texto revisto e ampliado de Ensino e Aprendizagem Inovadores com apoio de tecnologias, in Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica, Campinas: Papirus, 21ª Ed. 2014; p. 21-29. Disponível em https://moran.eca.usp.br/wp-content/uploads/2013/12/mudan%C3%A7as.pdf. Acesso em 01 de jun. de 2022.

MOREIRA, L. C.; SOUZA, G. S. de; ALMASSY, R.C. B.; O ensino de Biologia por investigação e problematização: uma articulação entre teoria e prática. Ensino de Ciências e Tecnologia em Revista. Vol. 5, n. 2. jul./dez. 2015.

PEDASTE, M.; MÄEOTS, M.; SIIMAN, L.A.; JONG, T.; RIESEN, S.A.N.; KAMP, E.T.; MANOLI, C.C.; ZACHARIA, Z.C.; TSOURLIDAKI, E. Phases of inquiry-based learning: Definitions and the inquiry cycle. Educational Research Review, v. 14, p. 47–61, 2015. https://doi.org/10.1016/j.edurev.2015.02.003

PORTO A, de OLIVEIRA P. C. CLEPTOHERBÁRIO E EXPERIMENTAÇÃO: FERRAMENTAS EM UMA SEI PARA ENSINAR BOTÂNICA. arqmudi [Internet]. 16º de dezembro de 2022 [citado 23º de maio de 2024];26(3):79-4. DOI: https://doi.org/10.4025/arqmudi.v26i3.66023

SANTOS, E. B. DOS; BROZEGUINI, J. DA C. Ensino por Investigação uma proposta para o ensino de ondas sonoras no Ensino Médio. CARIACICA: Editora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo, 2023. E-book (47p.) color. ISBN: 9788582636664. DOI: 10.36524/9788582636664

SANTOS, R. A. dos; AÑEZ, R. B. da S..O ensino da Botânica no Ensino Médio: o que pensam professores e alunos do município de Tangará da Serra, Mato Grosso?.Revista de Ensino de Biologia da SBEnBio, [S. l.], v. 14, n. 2, p. 862–882, 2021. DOI: https://doi.org/10.46667/renbio.v14i2.581.

SCARPA, D. L.; CAMPOS, N. Potencialidades do ensino de Biologia por Investigação. Ensino de Ciências. Estud. av. 32 (94). Sep-Dec 2018. https://doi.org/10.1590/s0103-40142018.3294.0003.

SASSERON, L. H. O Ensino por Investigação: Pressupostos e Práticas. In: Fundamentos Teórico-Metodológico para o Ensino de Ciências: a Sala de Aula. 2012. p. 12-34.

TRIVELATO, S. L. F., & TONIDANDEL, S. M. R. Ensino por investigação: eixos organizadores para sequências de ensino de Biologia. Revista Ensaio, 17(Special), 97-114. Ano 2015.

TOGNON, M. E. OLIVEIRA, P. C.. Ensino de Botânica por investigação: promovendo a alfabetização científica no Ensino Médio. REAMEC – Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática. Cuiabá, v. 9, n.1, e21028, janeiro-abril, 2021. https://doi.org/10.26571/reamec.v9i1.11276.

ZÔMPERO, A. F.; LABURÚ, C. E. Atividades investigativas no ensino de ciências: aspectos históricos e diferentes abordagens. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências, Belo Horizonte, v. 13. n. 3, p.67-80, 2011.

ZÔMPERO, A. F.; LABURÚ, C. E. Atividades investigativas para as aulas de ciências. Um diálogo com a Teoria da Aprendizagem Significativa.1. ed. Curitiba: Appris, 2016. 141 p. ISBN 9788547300463.

VOLKWEISS, A.; LIMA. V. de L.; RAMOS, M. G.; FERRARO, J. L. S. Protagonismo e participação do estudante: desafios e possibilidades. Educação Por Escrito, [S. l.], v. 10, n. 1, p. e29112, 2019. DOI: https://doi.org/10.15448/2179-8435.2019.1.29112

Downloads

Publicado

2024-12-30

Como Citar

AULAS COMPACTAS E INVESTIGATIVAS: APLICAÇÃO DE UMA PROPOSTA PARA OPORTUNIZAR O ENSINO INVESTIGATIVO DE BIOLOGIA NO NOVO ENSINO MÉDIO NO BRASIL. REAMEC - Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática, Cuiabá, Brasil, v. 12, p. e24098, 2024. DOI: 10.26571/reamec.v12.18033. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/reamec/article/view/18033. Acesso em: 16 abr. 2025.