MULHERES NA DOCÊNCIA: NARRATIVAS E REFLEXÕES PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA CONSCIÊNCIA CRÍTICA SOBRE SEXISMO, CULTURA E SOCIEDADE

Autores

DOI:

10.26571/reamec.v10i3.13918

Palavras-chave:

Formação de professores, Educação Matemática, Igualdade, Gênero

Resumo

Este artigo parte dos resultados de uma pesquisa de mestrado que teve como objetivo investigar o movimento de formação continuada de professores que ensinam matemática, por meio de narrativas elaboradas segundo os parâmetros da História Oral. Nesse texto, apresentamos uma discussão sobre como os aspectos culturais atrelados à figura feminina influenciam nos processos formativos e, para isso, destacamos alguns trechos de narrativas em que as professoras compartilharam suas experiências a partir da participação na Oficina Pedagógica de Matemática (OPM), um projeto de extensão universitária, que tem como objetivo principal a elaboração e execução de oficinas pedagógicas de matemática, fundamentadas teórica e metodologicamente na teoria Histórico-Cultural e Teoria da Atividade. O objetivo desse texto é proporcionar reflexões que conduzam a um pensamento crítico sobre gênero, igualdade e desigualdade na profissionalização das mulheres que exercem a docência, discorrendo sobre aspectos históricos, culturais e sociais que as atravessam nesse percurso formativo e que ainda são latentes nas narrativas dessas professoras. Nesta perspectiva, propomos a discussão como uma forma de desconstruir barreiras que ainda prejudicam o acesso das professoras em espaços de formação científica e tecnológica, assim como, se constituem como limitadores do acesso à pesquisa e a qualidade dos processos formativos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

##plugins.generic.paperbuzz.metrics##

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Luciana Xavier Morais dos Santos, Rede Municipal de Ensino (SMED), Piraquara, Paraná, Brasil.

Mestre pelo programa de pós graduação em Formação Científica, Educacional e Tecnológica (UTFPR), Área de Concentração: Ensino, Aprendizagem e Mediações, Linha de Pesquisa: Educação Matemática. Pós-graduada em Psicopedagogia e Educação Especial pela Faculdade Padre João Bagozzi (2013) e graduada em Pedagogia pela Faculdade São Judas Tadeu de Pinhais (2012). Possui experiência na área da Educação como professora das séries iniciais do ensino fundamental, atuou como Coordenadora Pedagógica nas Instituições Escola Municipal Extensão Centro e Escola Municipal Geraldo R. S. Casagrande no Município de Piraquara/PR, as quais atendem estudantes do Ensino Fundamental I, Educação Infantil e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Desenvolveu trabalhos na Secretaria Municipal de Educação entre os anos de 2018 a 2020, atuando como Coordenadora de Formação Continuada, realizando acompanhamentos dos trabalhos das Instituições de Ensino, orientações e formações para professores, conforme as necessidades Pedagógicas dos mesmos, coordenando também grupos de estudos e a reformulação da Proposta Curricular Municipal referente a área de Matemática. Atualmente, atua como coordenadora itinerante na Secretaria Municipal de Educação de Piraquara/PR, desenvolvendo trabalhos de orientação pedagógica. 

Mirian Maria Andrade, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, (UTFPR), Programa de Pós-Graduação em Formação Científica, Educacional e Tecnológica (PPGFCET), Curitiba, Paraná, Brasil e Programa de Pós-Graduação Mestrado Profissional em Ensino de Matemática (PPGMAT), Cornélio Procópio e Londrina, Paraná, Brasil.

Graduada em Licenciatura em Matemática pela Faculdade Estadual de Filosofia Ciências e Letras de Jacarezinho (2001-2004). Mestre em Educação Matemática (2008) e Doutora em Educação Matemática (2012), pela Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho, campus de Rio Claro. Trabalha com pesquisa em Educação Matemática, sobretudo em História da Educação Matemática, Formação de Professores e Análise de textos escritos. Atualmente é professora adjunta do Departamento Acadêmico de Matemática (DAMAT) da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, campus Curitiba; docente do Programa de Pós-Graduação Mestrado Profissional em Ensino de Matemática (PPGMAT), UTFPR campi Cornélio Procópio e Londrina e do Programa de Pós-Graduação em Formação Científica, Educacional e Tecnológica (PPGFCET), UTFPR campus Curitiba.

Referências

ALBUQUERQUE JÚNIOR, D. M. D. (2020). (MAIS)CULINOS: outras possibilidades de corpos e gêneros para as carnes sexuadas pela presença de um pênis. Outros Tempos: Pesquisa Em Foco - História, 17(29), (p.260–281). https://doi.org/10.18817/ot.v17i29.776.

ALMEIDA, J. S. Mulher e educação: a paixão pelo possível (1998). São Paulo: Fundações Editoras da UNESP.

CABRAL, C. G. O conhecimento dialogicamente situado: histórias de vida, valores humanistas e consciência crítica de professoras do centro tecnológico da UFSC. 2006. 430 F. Tese (Doutorado em Educação Científica e Tecnológica) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2006.

CASAGRANDE, L. S. & CARVALHO, M. G. D. Desempenho escolar em matemática: o que o gênero tem a ver com isso? (2011) In CASAGRANDE, L. S.; LUZ, N. S. D.; CARVALHO, M.G. D. (Org) Igualdade na diversidade: enfrentando o sexismo e a homofobia. Editora UTFPR, (p. 269 – 303), Curitiba.

CASAGRANDE, L. S.; LUZ, N. S. D. & CARVALHO, M. G. D. Igualdade na diversidade: enfrentando o sexismo e a homofobia (2011). Editora UTFPR, Curitiba.

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa (2002). São Paulo: Paz e Terra.

GATTI, B. & BARRETTO, E. S. Professores do Brasil: impasses e desafios (2009). Brasília-DF: UNESCO.

INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA – IPEA (2020). Mulheres na Ciência no Brasil: ainda invisíveis? Brasília–DF: IPEA. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/cts/pt/central-de-conteudo/artigos/artigos/177-mulheres-na-ciencia-no-brasil-ainda-invisiveis. Acesso em: 13 de fev. de 2022

KOVALESKI, N. V. J.; TORTATO, C. S. B.; CARVALHO, M. G.D. Gênero: Flashes de uma construção (2011). In CASAGRANDE, L. S.; LUZ, N. S. D.; CARVALHO, M.G. D. (Org) Igualdade na diversidade: enfrentando o sexismo e a homofobia. Editora UTFPR, (p. 47-68), Curitiba.

BRASIL, Lei Nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (2006). Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do §8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; Dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm Acesso em: 04 de jan. de 2022.

LUZ, N. S. D. Direitos humanos das mulheres e a lei Maria da Penha (2011). IN CASAGRANDE, L. S.; LUZ, N. S. D.; CARVALHO, M.G. D. (Org) Igualdade na diversidade: enfrentando o sexismo e a homofobia. Editora UTFPR, (p. 19-45), Curitiba.

BOF, A. M.; OLIVEIRA, A. S. (organizadores). Cadernos de estudos e pesquisas em políticas educacionais. In CARVALHO, M. R. V. Perfil do professor da educação básica. Brasília-DF. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, INEP. 2018. Disponível em: http://cadernosdeestudos.inep.gov.br/ojs3/index.php/cadernos/issue/view/66 Acesso em: 19de setembro de 2022.

MORAIS, L. X. (2022) Vozes de professores que ensinam matemática: perspectivas sobre a formação continuada a partir de um projeto de extensão. 257 f. Dissertação (Mestrado em Educação Matemática) – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba. Disponível em: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/27991

BRASIL, Resolução CNE/CP 1/2006 (2006). Diário Oficial da União, Brasília, 16 de maio de 2006, Seção 1. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rcp01_06.pdf. Acesso em: 18 ago. 2021.

SCOTT, J. (1995) Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação e Realidade, (n. 20) v. 2, jul./dez.

SOUSA, M. A. A. & SALUSTIANO, D. A. (2018) Um olhar sobre a docência feminina e a diversidade. Anais III CINTEDI. Campina Grande: Realize Editora. Recuperado de: https://www.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/45092. Acesso em: 08/02/2022.

TARDIF, M; LESSARD, C. Saberes Docentes e Formação Profissional (2002). Petrópolis, RJ: Vozes.

VIANNA, C. P. (2001) O sexo e o gênero da docência. Cadernos Pagu, Campinas (n. 17-18), p. 81-103.

VIEIRA, L. B; MOREIRA, G. E. Políticas públicas no âmbito da educação em direitos humanos: Conexões com a educação matemática. Revista REAMEC, v. 8, n. 2, p. 622-647, maio/agosto. 2020. DOI: http://dx.doi.org/10.26571/reamec.v8i2.10500.

Publicado

2022-11-02

Como Citar

SANTOS, L. X. M. dos; GONÇALEZ, M. M. A. MULHERES NA DOCÊNCIA: NARRATIVAS E REFLEXÕES PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA CONSCIÊNCIA CRÍTICA SOBRE SEXISMO, CULTURA E SOCIEDADE. REAMEC - Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática, Cuiabá, Brasil, v. 10, n. 3, p. e22064, 2022. DOI: 10.26571/reamec.v10i3.13918. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/reamec/article/view/13918. Acesso em: 23 abr. 2024.

Edição

Seção

Educação Matemática