OS ASPECTOS HISTÓRICOS DO ENSINO DA ARITMÉTICA NO CONTEXTO DE GRUPOS ESCOLARES MATO-GROSSENSES (1910 – 1930)
DOI:
10.26571/reamec.v9i3.12867Palavras-chave:
Disciplinas escolares, Ensino de aritmética, Aritmética escolar, Método intuitivoResumo
Neste artigo, apresentamos os resultados de pesquisa de uma dissertação na temática da História da Educação Matemática, a qual teve por objetivo o estudo dos aspectos históricos do ensino de aritmética no contexto de Grupos Escolares, no período da pedagogia intuitiva em Mato Grosso. A abordagem metodológica considerou os tratados da operação historiográfica de Michel de Certeau, com o ensinamento dos movimentos do ofício do historiador em termos das práticas científicas para constituir uma história. O conjunto documental analisado trata das narrativas produzidas pelas instituições escolares depositadas no Arquivo Público do Mato Grosso. Muitas destas fontes foram elaboradas em relatórios por personagens históricos da instrução mato-grossense, configurados pelo representante institucional, ou seja, o diretor escolar, que desta forma nos possibilitou a análise para compreensão dos significados históricos sobre o ensino de aritmética do período em destaque. Por meio das análises, identificamos uma implementação consolidada do método intuitivo para ensinar os conteúdos disciplinares de aritmética, preconizando assim a modernização das formas de ensinar, mediante a circulação e apropriação de livros, materiais didáticos, normativas e ideias pedagógicas atreladas ao ensino intuitivo.
Downloads
##plugins.generic.paperbuzz.metrics##
Referências
AMÂNCIO, Lázara Nanci de Barros. Ensino de leitura e Grupos Escolares: Mato Grosso 1910 – 1930. Cuiabá: EdUFMT, 2008.
CARVALHO, R. Relatório enviado a Secretária de Estado pelo professor Rubens de Carvalho (Escola Normal e Modelo anexa). Arquivo Público do Mato Grosso (APMT). Cuiabá-MT, 1923.
CERTEAU, M. A operação historiográfica. In: A escrita da história. Tradução: Maria de Lourdes Menezes. Forense Universitária. Rio de Janeiro – RJ, 1982.
CHARTIER, Roger. A História Cultural – entre práticas e representações. 2º edição. Tradução: Maria Manuela Galhardo. Difel – Difusão Editorial – Portugal, 2002.
CHERVEL, A. História das disciplinas escolares: reflexões sobre um campo de pesquisa. Revista Teoria & Educação, n. 2, p. 177-229, 1990.
JULIA, D. A cultura escolar como objeto histórico. Tradução: Gizele de Souza. Revista Brasileira de História da Educação, n. 1, p. 9-38, 2001.
MARCÍLIO, Humberto. História do ensino em Mato Grosso. Publicação da secretaria de educação, cultura e saúde. Cuiabá, 1963.
MATO GROSSO. Decreto n. 265: Regulamento da Instrução Pública do Estado do Mato Grosso. Arquivo Público do Mato Grosso (APMT). Cuiabá, MT, 1910.
MATO GROSSO. Decreto n. 759: Regulamento da Instrução Pública do Estado do Mato Grosso. Arquivo Público do Mato Grosso (APMT). Cuiabá, MT, 1927b.
MATO GROSSO. Livro do movimento de entrada e saída de materiais do almoxarifado da instrução pública do Mato Grosso. Arquivo Público do Mato Grosso (APMT). Cuiabá, MT, 1921.
MATO GROSSO. Mensagem apresentada ao Exmº Sr. Major João Cunha, D. D. Secretário do Interior, Justiça e Finanças pelo Dr. Cesário Alves Corrêa, Diretor Geral da Instrução Pública do Estado. Arquivo Público do Mato Grosso (APMT). Cuiabá: APMT, 1927.
MATO GROSSO. Mensagem do Presidente do Estado de Mato Grosso, Dr. Annibal Toledo, apresentada a Assembleia Legislativa e lida na abertura da 1ª Sessão Ordinária de sua 15ª Legislatura. Arquivo Público do Mato Grosso (APMT). Cuiabá, 1930.
MATO GROSSO. Programa de Ensino. Typografia Oficial do Estado do Mato Grosso. Arquivo Público do Mato Grosso (APMT). Cuiabá, MT, 1924.
MATO GROSSO. Regulamento da Instrução Pública do Estado do Mato Grosso. Arquivo Público do Mato Grosso (APMT). Cuiabá, MT, 1910.
MATO GROSSO. Regulamento do Almoxarifado da Instrução Pública do Estado de Mato Grosso: decreto n. 420 de fevereiro. Arquivo Público do Mato Grosso (APMT). Cuiabá: Typographia Official, 1916.
MELLO, L. M. Relatório do Movimento anual das Escolas Normal e Modelo anexa. Arquivo Público do Mato Grosso (APMT). Cuiabá – MT, 1911.
MELLO, L. M. Relatório do Movimento anual das Escolas Normal e Modelo anexa. Arquivo Público do Mato Grosso (APMT). Cuiabá – MT, 1912.
MENDES, F. A. F. Relatório enviado a Secretária de Estado pelo professor Francisco A. Ferreira Mendes (Grupo Escolar Presidente Marques). Arquivo Público do Mato Grosso (APMT). Cuiabá-MT, 1927.
PÓVOAS PINHEIRO. Tabuada e Elementos de Aritmética Póvoas Pinheiro. 97ªed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1939.
RODRIGUES. D. L. P. A tabuada em diferentes tempos pedagógicos: do ensino ativo para a escola ativa. 2015. 83 f. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP. Guarulhos, 2015. Disponível em: disciplinas escolares; ensino de matemática; aritmética escolar; método intuitivo. Acesso em 1 nov. 2020.
SANTOS, B. L. Relatório enviado a Secretária de Estado pelo professor Bartholomeu Lopes dos Santos (Grupo Escolar Joaquim Murtinho). Arquivo Público do Mato Grosso (APMT). Cuiabá-MT, 1923.
VADEMARIN, Vera Tereza. Estudando as Lições de Coisas: análise dos fundamentos filosóficos do Método Intuitivo. Campinas: Autores Associados, 2004.
VALENTE, W. R; PINHEIRO, N. V. P. Chega de decorar tabuada! – As cartas de Parker e a Árvore do cálculo na ruptura de uma tradição. Educação Matemática em Revista, Brasília, n. 16, v.1, p. 22-37. Brasília, 2015. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/160388. Acesso em 30 de out. 2020.
VIDAL, D. G. (org.). Grupos escolares: Cultura escolar primária e escolarização da infância no Brasil (1893-1971). Campinas: Mercado das Letras, 2006.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Leandro Oliveira, Edilene Simões Costa
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Política de Direitos autorais
Os autores mantêm os direitos autorais de seus trabalhos publicados na Revista REAMEC, atendendo às exigências da Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências, enquanto a revista utiliza um modelo de licenciamento que favorece a disseminação do trabalho, particularmente adotando a Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International (CC BY-NC 4.0).
Os direitos autorais são mantidos pelos autores, os quais concedem à Revista REAMEC os direitos exclusivos de primeira publicação. Os autores não serão remunerados pela publicação de trabalhos neste periódico. Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicado neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional, em website pessoal, publicar uma tradução, ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico. Os editores da Revista têm o direito de realizar ajustes textuais e de adequação às normas da publicação.
Política de Acesso Aberto/Livre
Os manuscritos publicados na Revista REAMEC são acessíveis gratuitamente sob o modelo de Acesso Aberto, sem cobrança de taxas de submissão ou processamento de artigos dos autores (Article Processing Charges – APCs). A Revista utiliza Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International (CC BY-NC 4.0) para assegurar ampla disseminação e reutilização do conteúdo.
Política de licenciamento - licença de uso
A Revista REAMEC utiliza a Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International (CC BY-NC 4.0). Esta licença permite compartilhar, copiar, redistribuir o manuscrito em qualquer meio ou formato. Além disso, permite adaptar, remixar, transformar e construir sobre o material, desde que seja atribuído o devido crédito de autoria e publicação inicial neste periódico.