APRENDIZAGEM COOPERATIVA BASEADA EM PROBLEMAS E ORQUESTRAÇÃO INSTRUMENTAL NO ENSINO DE CÁLCULO
DOI:
10.26571/reamec.v9i1.11798Palavras-chave:
Aprendizagem Baseada em Problemas, Cálculo, Orquestração InstrumentalResumo
Este trabalho trata da análise do processo de concepção e aplicação de uma orquestração instrumental, por meio remoto, visando a desenvolver a habilidade de resolver problemas, tais como maximizar áreas, volumes e lucros e minimizar distâncias, tempo e custos, isto é, problemas de otimização. Para isso, realizou-se uma pesquisa qualitativa de caráter descritivo na qual aplicamos o método Aprendizagem Cooperativa Baseada em Problemas com 21 discentes do curso de Licenciatura em Matemática da Universidade Federal do Amazonas. Os pressupostos teóricos estão fundamentados na Teoria da Orquestração Instrumental e nos princípios da aprendizagem cooperativa. Os discentes foram divididos em grupos, e as situações de ensino foram trabalhadas em atividades síncronas e assíncronas de modo que, ao final da orquestração, cada grupo apresentou um relatório escrito e uma apresentação oral. A análise dos dados nos possibilitou perceber que a maioria dos discentes apresentou interesse pelo trabalho em grupo e se mostrou satisfeita com a metodologia empregada, desenvolvendo a habilidade de resolver os problemas propostos neste estudo. Além disso, percebeu-se o aumento da satisfação discente com as atividades de ensino, melhora qualitativa na aprendizagem, seu rendimento e diminuição da evasão/desistência.
Downloads
##plugins.generic.paperbuzz.metrics##
Referências
ABDULLAH, N. I.; TARMIZI, R. A.; ABU, R. The effects of problem based learning on mathematics performance and affective attributes in learning statistics at form four secondary level. Procedia-Social and Behavioral Sciences, v. 8, p. 370-376, 2010. https://doi.org/10.1016/j.sbspro.2010.12.052
AJAI, J. T.; IMOKO, B. I. Gender Differences in Mathematics Achievement and Retention Scores: A Case of Problem-Based Learning Method. International Journal of research in Education and Science, v. 1, n. 1, p. 45-50, 2015. Disponível em: https://files.eric.ed.gov/fulltext/EJ1105194.pdf. Acesso em: 02 fev. 2021.
BELLEMAIN, F.; TROUCHE, L. Compreender o trabalho do professor com os recursos de seu ensino, um questionamento didático e informático. I Simpósio Latino-Americano de Didática de Matemática, 2016. Disponível em: https://aplicacoes.ifs.edu.br/periodicos/index.php/caminhos_da_educacao_matematica/article/view/300/204. Acesso em: 02 fev. 2021.
COHEN, Elizabeth G.; LOTAN, Rachel A. Planejando o trabalho em grupo: estratégias para salas de aula heterogêneas. Penso Editora, 2017.
CRESWELL, J. W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto; Tradução Magda Lopes. – 3 ed. – Porto Alegre: ARTMED, 296 páginas, 2010.
DALL’ANNE, C.; TRENTIN, P.H. A Aprendizagem significativa no Cálculo Diferencial e Integral: Relato de experiência com a abordagem de problemas de taxa de variação na formação de engenheiros. In. GODOY, Elenilton Vieira; GERAB, Fábio. Ensino e aprendizagem de matemática no Ensino Superior: Inovações, propostas e desafios. Alta Books Editora, 2018.
DA SILVA, E. C. R. T. O processo de gênese instrumental em um ambiente online colaborativo. In: XXII Encontro Brasileiro de Estudantes de Pós-Graduação em Educação Matemática. Belo Horizonte, 2018. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1Rn4H18bd0jggCqyiCHEABK0adXj0qzlQ/view. Acesso em: 02 fev. 2021.
DE JESUS, Marcos Antonio Santos; TACACIMA, Juliana. As atitudes em relação à matemática e o desempenho em cálculo diferencial e integral de alunos de engenharia. In. GODOY, Elenilton Vieira; GERAB, Fábio. Ensino e aprendizagem de matemática no Ensino Superior: Inovações, propostas e desafios. Alta Books Editora, 2018.
DRIJVERS, Paul et al. The teacher and the tool: Instrumental orchestrations in the technology-rich mathematics classroom. Educational Studies in mathematics, v. 75, n. 2, p. 213-234, 2010. https://doi.org/10.1007/s10649-010-9254-5
ENEMARK, S.; KJAERSDAM, F. A ABP na teoria e na prática: a experiência da Aalborg na inovação do projeto no ensino universitário. In: ARAÚJO, U. F.; SASTRE, G. (Org.). Aprendizagem Baseada em Problemas. São Paulo: Summus, 2018.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
GLASSER, W. William Glasser. Fonte: PPD, 2017. Disponível em: http://www.ppd.net.br/william-glasser/. Acesso em: 15 abr. 2021.
GORDON, R. Balancing real-world problems with real-world results. Phi Delta Kappan, v.79, n.5, p. 390, 1998.
JOHNSON, David W.; JOHNSON, Roger T. Instructional goal structure: Cooperative, competitive, or individualistic. Review of educational research, v. 44, n. 2, p. 213-240, 1974.
JOHNSON, David W.; JOHNSON, Roger T. Cooperation and competition: Theory and research. Interaction Book Company, 1989.
JOHNSON, David W.; JOHNSON, Roger T. Making cooperative learning work. Theory into practice, v. 38, n. 2, p. 67-73, 1999.
JOHNSON, David W.; JOHNSON, Roger T.; SMITH, Karl A. Cooperative learning: Improving university instruction by basing practice on validated theory. Journal on Excellence in University Teaching, v. 25, n. 4, p. 1-26, 2014. Disponível em: http://personal.cege.umn.edu/~smith/docs/Johnson-Johnson-Smith-Cooperative_Learning-JECT-Small_Group_Learning-draft.pdf. Acesso em: 02 fev. 2021.
JOHNSON, David; JOHNSON, Roger; SMITH, Karl. A aprendizagem cooperativa retorna às faculdades. Change, v. 3, n. 4, p. 91-102, 1998. Disponível em: https://www.andrews.edu/~freed/ppdfs/readings.pdf. Acesso em: 02 fev. 2021.
MERRITT, J. et al. Problem-based learning in K–8 mathematics and science education: A literature review. Interdisciplinary Journal of Problem-Based Learning, v. 11, n. 2, 2017. https://doi.org/10.7771/1541-5015.1674
NEVES, V. J. et al. Aprendizagem Baseada em Problemas. In: NEVES, V. J., MERCANTI, L.B.(Org.). Metodologias Ativas: perspectivas teóricas e práticas no ensino superior. Campinas: Pontes Editora, 2018.
PÓLYA, G. Como resolver problemas (Tradução do original inglês de 1945). Lisboa: Gradiva, 2003.
RASMUSSEN, C.; MARRONGELLE, K.; BORBA, M. C. Research on calculus: what do we know and where do we need to go? ZDM: Mathematics Education, v. 46, n. 4, p. 507-515, 2014. https://doi.org/10.1007/s11858-014-0615-x
RIBEIRO, L. R. de C. Aprendizagem baseada em problemas (PBL): uma experiência no ensino superior. 2010.
ROBERT, A.; SPEER, N. Research on the teaching and learning of Calculus/Elementary Analsys. In: HOLTON, D. (ed.). The teaching and learning of mathematics at university level - an ICMI study, Netherlands: Kluwer Academic Publishers, 2001. p. 283-299.
TALL, David. Students’ difficulties in calculus. In: proceedings of working group. 1993. p. 13-28. Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/David_Tall/publication/242298018_Students'_Difficulties_in_Calculus_Plenary_presentation_in_Working_Group_3_ICME_Quebec_August_1992/links/546ded870cf2d5ae3670800e.pdf. Acesso em: 02 fev. 2021.
TARMIZI, Rohani Ahmad. Visualizing Student's Difficulties in Learning Calculus. Procedia-Social and Behavioral S¬ciences, v. 8, p. 377-383, 2010. https://doi.org/10.1016/j.sbspro.2010.12.053
TEIXEIRA, P. C.; MATOS, J. M. L. de; DOMINGOS, A. A orquestração instrumental dos recursos tecnológicos no ensino da matemática. Recursos na Educação Matemática, p. 291-302, 2016. Disponível em: https://run.unl.pt/bitstream/10362/21301/1/ATAS_EIEM_2016_pt_jmm_amdd.pdf. Acesso em: 02 fev. 2021.
THIOLLENT, Michel. Metodologia da Pesquisa-Ação. São Paulo: Cortez, 1985.
TROUCHE, Luc. An instrumental approach to mathematics learning in symbolic calculator environments. In: The didactical challenge of symbolic calculators. Springer, Boston, MA, 2005. p. 137-162.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Francisco Eteval da Silva Feitosa, Roberta dos Santos Rodrigues
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Política de Direitos autorais
Os autores mantêm os direitos autorais de seus trabalhos publicados na Revista REAMEC, atendendo às exigências da Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências, enquanto a revista utiliza um modelo de licenciamento que favorece a disseminação do trabalho, particularmente adotando a Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International (CC BY-NC 4.0).
Os direitos autorais são mantidos pelos autores, os quais concedem à Revista REAMEC os direitos exclusivos de primeira publicação. Os autores não serão remunerados pela publicação de trabalhos neste periódico. Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicado neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional, em website pessoal, publicar uma tradução, ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico. Os editores da Revista têm o direito de realizar ajustes textuais e de adequação às normas da publicação.
Política de Acesso Aberto/Livre
Os manuscritos publicados na Revista REAMEC são acessíveis gratuitamente sob o modelo de Acesso Aberto, sem cobrança de taxas de submissão ou processamento de artigos dos autores (Article Processing Charges – APCs). A Revista utiliza Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International (CC BY-NC 4.0) para assegurar ampla disseminação e reutilização do conteúdo.
Política de licenciamento - licença de uso
A Revista REAMEC utiliza a Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International (CC BY-NC 4.0). Esta licença permite compartilhar, copiar, redistribuir o manuscrito em qualquer meio ou formato. Além disso, permite adaptar, remixar, transformar e construir sobre o material, desde que seja atribuído o devido crédito de autoria e publicação inicial neste periódico.