MÉTODO COMPLEXO E DESAFIOS DA PESQUISA: O QUE DEVEMOS ENTENDER E PRATICAR

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26571/reamec.v13.19652


Palavras-chave:

Método, Edgar Morin, Pesquisa Científica, Complexidade

Resumo

Do ponto de vista da complexidade, o método não é um arranjo estanque e irretocável; é, isto sim, um percurso sempre peculiar a ser percorrido pelo pesquisador. Os sujeitos, os temas, as realidades em seu estado mais natural, as relações, os convívios e as afecções de todos envolvidos na busca por verdades sobre determinado fenômeno conferem àquilo que se estuda particularidades que só são descobertas à medida que o pesquisador inicia sua jornada. Isso é o que faz a pesquisa científica ser uma busca incessante e surpreendente por aquilo que nos escapa e ultrapassa as obviedades. A partir dessas concepções, por meio de uma reflexão bibliográfica qualitativa das discussões feitas fundamentalmente por Ilya Prigogine e Edgar Morin, este artigo propõe que, ao longo de uma jornada investigativa, levar em consideração desvios, bifurcações, alterações e sinuosidades imprevistas é tanto mais uma necessidade quanto uma urgência para a construção de ciências mais inteligentes, criativas e vivas.

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Biografia do Autor

  • Maria da Conceição de Almeida, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal, Rio Grande do Norte, Brasil.

    Professora Titular do Departamento de Fundamentos e Políticas da Educação do Centro de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte desde maio de 2010. Doutora em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1992). Mestre em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1979). Graduada em Sociologia e Politica pela Fundação Jose Augusto (1972). Coordenadora do Grupo de Estudos da Complexidade, primeiro ponto brasileiro da Cátedra itinerante Unesco "Edgar Morin" na UFRN. Colaboradora e consultora da Multiversidad Mundo Real Edgar Morin. Membro da Cátedra itinerante Unesco "Edgar Morin" - Universidad Del Salvador/Instituto Internacional para o Pensamento Complexo. Membro da Associação Internacional para o Pensamento Complexo. Membro do Comitê Científico Internacional - Universidad de Valladolid. Membro do Conselho Editorial das revistas: Famecos - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; Cronos - Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais- UFRN; Educação em Questão - PPGEd/UFRN. Coordenadora da Coleção Baobá e Coleção Saberes da Tradição. Tutora de Doutorado de Pós-Grade em Educação com Enfoque em Complexidade e Transdisciplinaridade na Escuela Militar de Ingenieria nas cidades de Santa Cruz de La Sierra, Cochabamba e La Paz. Tem experiência na área de antropologia e complexidade, com ênfase em Epistemologia, atuando principalmente nos seguintes temas: complexidade, educação, cultura, ciência e conhecimento.

  • Paulo Sérgio Raposo da Silva, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal, Rio Grande do Norte, Brasil.

    Doutorando em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), possui graduação em Ciências da Religião pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) e mestrado em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Tem experiência na área de Filosofia das Ciências e da Religião, atuando principalmente nos seguintes temas: filosofia política, ciências da religião aplicadas, complexidade, monoteísmos e ateísmos, crítica cultural, politização do pensamento e epistemologia. Atualmente, além de fazer parte das comissões editoriais da Plura, Revista de Estudos de Religião da Associação Brasileira para Pesquisa e História das Religiões (ABHR), e do periódico Versos, Anversos Antiversos (ISSN 2675-4975), como editor-assistente, compõe o Grupo de Estudos da Complexidade (GRECOM/UFRN), como pesquisador. 

Referências

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Publicado

2025-05-18

Como Citar

ALMEIDA, Maria da Conceição de; SILVA, Paulo Sérgio Raposo da. MÉTODO COMPLEXO E DESAFIOS DA PESQUISA: O QUE DEVEMOS ENTENDER E PRATICAR. REAMEC - Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática, Cuiabá, v. 13, p. e25021, 2025. DOI: 10.26571/reamec.v13.19652. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/reamec/article/view/19652. Acesso em: 5 dez. 2025.