HÉLIO-3 COMO FONTE ENERGÉTICA NA ERA DO ANTROPOCENO: PROPOSTA DE SEQUÊNCIA DIDÁTICA

Autores

DOI:

10.26571/reamec.v12.17837

Palavras-chave:

Antropoceno, Hélio-3, Fusão nuclear, Sequência didática

Resumo

A humanidade compartilha a era do Antropoceno. Isto é, a ação antrópica modificou irreversivelmente a era geológica do planeta. Desde a Revolução Industrial, os níveis de dióxido de carbono (CO2) elevaram consideravelmente, paralelo a desmatamentos, poluição, expansão urbana e consumismo infinito em um planeta com recursos finitos, ocasionando enchentes, aquecimento global, dentre outras consequências. Desse modo, o uso de energia sustentável é uma opção para mitigar a situação, embora apenas desacelere uma catástrofe iminente. No entanto, nas últimas décadas ocorreu a evolução da reação de fusão nuclear, prometendo quantidades exorbitantes de energia sem emissão de CO2, como alternativa aos combustíveis fósseis e seus derivados menos agressivos. A utilização do isótopo Hélio-3 na reação de fusão está impulsionando países em uma nova corrida espacial, já que esse isótopo é abundante na Lua. Partindo dessa premissa, este artigo discute uma possibilidade de aplicação de sequência didática para alunos do 1° ano do ensino médio, na qual os assuntos básicos que envolvem essa temática são abordados e criteriosamente elaborados, baseando-se em artigos recentes em consonância com conceitos de Ciência, Tecnologia e Sociedade, além de envolver questões sociocientíficas. O despertar crítico dos educandos acerca dessa temática percorre o letramento científico, objetivando, ao final do processo, gerar conhecimento significativo. Afinal, é necessária uma mudança não apenas de matriz energética, mas de um modo de produção mais sustentável e consciente na era do Antropoceno.

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Biografia do Autor

Felipe Fernandes Barbosa, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal, Rio Grande do Norte, Brasil.

É Bacharel em Química do Petróleo pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN, 2015), licenciado em Química (UFRN, 2018), mestre em Ciência e Engenharia de Materiais (UFRN, 2018) e doutor em Química (UFRN, 2023). Possui experiência como pesquisador pós-doutor na área de energias renováveis (UFRN, 2023) e como professor substituto no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN, 2021). Trabalha diretamente com técnicas envolvendo Difração de Raios X, Fluorescência de Raios X, Adsorção/Dessorção de N2, Microscopia Eletrônica de Varredura, Temperatura Programada de Redução dentre outras caracterizações. Os principais trabalhos publicados são referentes a Síntese, Caracterização e Aplicação de Nanomateriais, especialmente abrangendo a forte interação metal-suporte em óxidos, ligas, zeólitas, mesoporosos e carbono. Dentre as aplicações dos nanomateriais, destaca-se a utilização envolvendo catálise heterogênea e fotocatálise desde produtos petroquímicos (etilbenzeno e cumeno), produtos renováveis (deslocamento reverso de gás-água, Fischer-Tropsch, valorização do glicerol e etanol) e degradação de fármacos/corantes. Além disso, é autor de patentes, livros, capítulos e diversos artigos.

Viviane de Oliveira Campos, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal, Rio Grande do Norte, Brasil.

Possui graduação em Química Bacharelado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2010), mestrado em Programa de Pós-graduação em Química pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2014) e doutorado pelo Programa de Pós-graduação em Ciências e Engenharia do Petróleo (2018). Atualmente é pesquisadora, com ênfase nas áreas de Síntese e Caracterização de Materiais, Sustentabilidade, Meio Ambiente e Energias Renováveis.

Ellen Kadja Lima de Morais, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal, Rio Grande do Norte, Brasil.

Possui graduação em Química pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2008), com ênfase em Química dos Produtos Naturais, Físico-Química Orgânica, Mestrado em Biocombustíveis obtido a partir de transesterificação (2012) e Doutorado em co-pirólise catalítica (2018) com parte realizada na Universidad Rey Juan Carlos (Móstoles/Espanha). Experiência com Tensoativos, Microemulsões, Remediação de Solos, Produção de Biocombustíveis e Pirólise de Polietileno/Biomassa para produção de bio-óleo. Experiência no controle de qualidade físico-químico em empresa de saneantes, bebidas alcoólicas e fábrica de móveis do tipo aço inox com ênfase na análise da tinta utilizada e tanques de produção, monitoramento de produtos não conforme, BPF (Boas Práticas de Fabricação e Controle), POP (Procedimento Operacional Padrão), ITs (Instruções de Trabalho) e FISPQ. Responsável por supervisionar os procedimentos de produção e coordenar as atividades químicas laboratoriais. Realizou trabalho como Monitora de Orgânica para os Cursos de Química, Engenharia Química e Farmácia e participou do Programa de Miniempresa da Junior Achievement. Foi Pesquisadora do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/HUOL/UFRN), interessada no desenvolvimento de novos dispositivos para o diagnóstico de sífilis e outras infecções sexualmente transmissíveis. Atualmente atua como pesquisadora na área de energias renováveis no LABPROBIO/NUPPRAR. Trabalha diretamente com técnicas envolvendo Difração de Raios X (DRX), Espectrometria de emissão atômica por plasma acoplado indutivamente (ICP-OES) e no pioneirismo da pesquisa sobre SAF (Sustainable Aviation Fuel) com a primeira planta piloto do país para produção do combustível conduzido pelo ISI-ER em parceria com o LBPROBIO/NUPPRAR/UFRN.

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Publicado

2024-12-30

Como Citar

BARBOSA, F. F. .; CAMPOS, V. de O. .; MORAIS, E. K. L. de. HÉLIO-3 COMO FONTE ENERGÉTICA NA ERA DO ANTROPOCENO: PROPOSTA DE SEQUÊNCIA DIDÁTICA. REAMEC - Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática, Cuiabá, Brasil, v. 12, p. e24095, 2024. DOI: 10.26571/reamec.v12.17837. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/reamec/article/view/17837. Acesso em: 12 fev. 2025.