EDUCAÇÃO ESCOLAR QUILOMBOLA: UMA RELAÇÃO ENTRE O ENSINO DE CIÊNCIAS E AS VIVÊNCIAS ANCESTRAIS

Autores

DOI:

10.26571/reamec.v12.16173

Palavras-chave:

Educação Escolar Quilombola, Ensino de Ciências, Vivências ancestrais

Resumo

A Educação Escolar Quilombola é resultado da luta do Movimento Negro Quilombola, mas que ainda enfrenta desafios, por se tratar de uma educação que valoriza os saberes ancestrais, os quais são pouco referenciados nos livros didáticos. Esta pesquisa tem como objetivo examinar como a ancestralidade, a cultura e as vivências da comunidade quilombola da Serra do Evaristo são integradas à sala de aula, especialmente no ensino de ciências, contribuindo para uma educação regida pelo reconhecimento da história e cultura afro-brasileira. O estudo baseou-se em pesquisa qualitativa de estudo de caso na escola quilombola Osório Julião, com duas observações diretas em cada turma do 6º aos 9º anos. Foi identificado várias associações entre o ensino de ciências e as vivências e conhecimentos ancestrais promovidas pela professora, sendo ainda corroboradas na previsão no Plano Político-Pedagógico da escola. Espera-se que este trabalho beneficie todos os professores de ciências, quilombolas ou não, para que compreendam a importância de incorporar os saberes ancestrais nas aulas, fortalecendo a identidade étnico-quilombola e a conexão com o território.

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Biografia do Autor

Andressa Karoline de Castro Gomes, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), Redenção, Ceará, Brasil.

Licenciada em Química, pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (UNILAB), vinculada ao Instituto de Ciências Exatas e da Natureza (ICEN) e Pós-graduanda no curso de Neuropsicopedágogia e Educação Especial e Inclusiva. Possui conhecimentos referentes a Base Nacional Comum Curricular para o Ensino Fundamental e Médio na parte de Ciências da Natureza, pela plataforma MEC - (AVAMEC). Foi integrante do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência - PIBID (2020 - 2022), como bolsista de iniciação a docência, vinculada ao sub-projeto Química-CE, na EEMTI Maria do Carmo Bezerra em Acarape-CE. Foi integrante do Projeto de Extensão intitulado Podcast Ciência Química - ferramenta de apoio didático e divulgação científica, atuando inicialmente como voluntária e posteriormente como bolsista (Jan - Dez, 2022). Atuou como tutora voluntária Junior no Programa Pulsar de Química da UNILAB. Estagiou na Escola de Ensino Fundamental Vicente Ferreira do Vale, como cuidadora na área da Educação Inclusiva (2022). Atualmente, é estagiária na escola Maria Augusta Russo dos Santos e Auxiliar de sala no Instituto Educacional Logos. Pesquisadora na área de Educação Escolar Quilombola. Tem interesse nas áreas de Ensino de Química, com ênfase na Química do Cotidiano, Processos Químicos e análises Químicas, Educação Inclusiva e Educação Escolar Quilombola.

Francisca Tayane de Souza Amorim, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), Redenção, Ceará, Brasil.

Possui formação como Técnica em Química pela Escola Profissionalizante José Ivanilton Nocrato. Atualmente, encontra-se cursando a Graduação em Licenciatura em Química na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira - UNILAB. É bolsista pelo segundo ano consecutivo do projeto "Ensino de Química no Contexto da Descolonização e Ciência Aberta", onde desenvolveu o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e contribuiu com a elaboração de um capítulo de livro. Além disso, desempenhou o papel de colaboradora no projeto de extensão "Alimentação Saudável" e também atuou como bolsista do PIBID na edição de 2020. Apresentou e publicou trabalho em anais de congressos, tanto nacionais como internacional, além de participar de eventos acadêmicos onde pôde compartilhar resultados de pesquisas e descobertas com a comunidade científica. Ministrou minicurso, oficina e integrou a comissão organizadora de eventos acadêmicos.

Livia Paulia Dias Ribeiro, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), Redenção, Ceará, Brasil.

Possui graduação em Licenciatura Plena em Química pela Universidade Estadual do Ceará (2002), mestrado em Química pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2004) e doutorado em Química pela Universidade Estadual de Campinas (2012). Atualmente é professor adjunto a da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira. Foi diretora do Instituto de Ciências Exatas e Natureza (2015/2019) e foi Coordenadora de Extensão e Assuntos Comunitários (CEAC/PROEX) (2020/2021). É membro pesquisadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologias Analíticas Avançadas (INCTAA) e Líder do Núcleo Avançado de Tecnologias Analíticas (NATA). Tem experiência em Instrumentação Analítica, Polarimetria, Espectroscopia no Infravermelho Próximo (NIRS) e Ensino de Química com contextualização decolonial.

Referências

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Publicado

2024-05-22

Como Citar

GOMES, A. K. de C. .; AMORIM, F. T. de S.; RIBEIRO, L. P. D. . EDUCAÇÃO ESCOLAR QUILOMBOLA: UMA RELAÇÃO ENTRE O ENSINO DE CIÊNCIAS E AS VIVÊNCIAS ANCESTRAIS . REAMEC - Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática, Cuiabá, Brasil, v. 12, p. e24036, 2024. DOI: 10.26571/reamec.v12.16173. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/reamec/article/view/16173. Acesso em: 30 jun. 2024.