BOLSA ATLETA E FUTEBOL DE MULHERES
CARACTERIZANDO OS ÚLTIMOS TRÊS CICLOS OLÍMPICOS E AS QUATRO COPAS DO MUNDO
DOI:
10.51283/rc.28.e17250Palavras-chave:
Futebol Feminino, Financiamento, Políticas Públicas, Jogos Olímpicos, Copa do MundoResumo
A Bolsa Atleta (BA) é uma política pública direcionada à permanência da e atletas no esporte de alto rendimento, em particular nos contextos de prática não profissional. Considerando o intuito dessa política, o objetivo desse artigo foi caracterizar a distribuição da BA para o Futebol de mulheres considerando as três últimas edições dos Jogos Olímpicos (JO) (2012, 2016 e 2020) e as quatro últimas Copas do Mundo de Futebol Feminino (CMFF) (2011, 2015, 2019 e 2023). Levantamos as informações sobre as jogadoras de futebol do Brasil que receberam BA e que participaram dos eventos considerados na pesquisa, totalizando 52 atletas. Nossos resultados apontam, que a manutenção da BA é contínua e acompanha o desenvolvimento do futebol de mulheres, beneficiando jogadoras que disputam as principais competições internacionais da modalidade por um tempo médio de 7 anos e garantindo a permanência delas no alto nível esportivo.
Referências
ALMEIDA, Caroline Soares de. O Estatuto da FIFA e a igualdade de gênero no futebol: histórias e contextos do Futebol Feminino no Brasil. FuLiA, v. 4, n. 1, p. 72-87, 2019.
ANUNCIAÇÃO, Francielly Nascimento e colaboradores. O panorama do atletismo no Programa “Bolsa-atleta”: uma análise entre os anos de 2011 a 2013. Caderno de educação física e esporte, v. 15, n. 2, p. 57-68, 2017.
ARANTES, André Almeida Cunha; ALMADA, Vitor Evangelista. Programa Bolsa Atleta: antes, durante e depois dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Olimpianos, v. 5, p. 167-184, 2021.
BARREIRA, Júlia e colaboradores. CONMEBOL e o futebol de mulheres: uma análise das estratégias de desenvolvimento (in)existentes na América do Sul. In: MARTINS, Mariana Zuaneti; WENET, Ileana (Orgs.). Futebol de mulheres no Brasil: desafio para as políticas públicas. Curitiba, PR: CRV, 2020.
BRASIL. Lei no 10.891, de 9 de julho de 2004. 9 jul. 2004. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/l10.891.htm#:~:text=Art.-,1%C2%BA%20Fica%20institu%C3%ADda%20a%20Bolsa%2DAtleta%2C%20destinada%20prioritariamente%20aos%20atletas,n%C2%BA%2012.395%2C%20de%202011).>. Acesso em: 10 nov. 2023
______. Lei no 9.615, de 24 de março de 1998. Institui normas sobre desporto e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 24 mar. 1998. [Acesso em 28 mai. 2019]. Disponível em Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9615consol.htm>. Acesso em 10 nov. 2023.
CARNEIRO, Fernando Henrique Silva; ATHAYDE, Pedro Fernando Avalone; MASCARENHAS, Fernando. Era uma vez um ministério do esporte...: seu financiamento e gasto nos governos Lula, Dilma e Temer. Motrivivência, v. 31, n. 60, p. 1–22, 2019.
CORRÊA, Amanda Jorge e colaboradores. Financiamento do esporte olímpico de verão brasileiro: mapeamento inicial do Programa “Bolsa-Atleta” (2005-2011). Pensar a prática, v. 17, n. 4, p. 1-15, 2014.
COSTA, Isabelle Plociniak e colaboradores. O programa brasileiro Bolsa-Atleta: relações entre o investimento e os resultados esportivos entre 2005-2016. Research, society and development, v. 10, n. 3, p. 1-9, 2021.
CAMARGO, Philipe Rocha de; MEZZADRI, Fernando Marinho. Políticas públicas para o esporte: o programa bolsa-atleta e sua abrangência na base do handebol no Brasil. Pensar a prática, v. 20, n. 1, p. 39-52, 2017.
CASTRO, Suélen Barboza Eiras de e colaboradores. Government budget and priorities for sports in Brazil (2004-2020). Managing sport and leisure, p. 1-19, 2023.
GOELLNER, Silvana Vilodre. Mulheres e futebol no Brasil: descontinuidades, resistências e resiliências. Movimento, v. 27, p. 1-14, 2021.
GOELLNER, Silvana Vilodre; CABRAL, Juliana Ribeiro. As pioneiras do futebol pedem passagem: conhecer para reconhecer. São Paulo: Ludopédio, 2022
KESSLER, Cláudia Samuel. Mais que barbies e ogras: uma etnografia do futebol de mulheres no Brasil e nos Estados Unidos. 2015. 375f. Tese (Doutorado em Antropologia Social). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, 2015.
MARTINS, Mariana Zuaneti; DELARMELINA, Gabriela Borel; SOUZA, Letícia Carvalho de. Profissionalize-se como uma garota? efeitos das políticas de desenvolvimento do futebol de mulheres nas oportunidades da carreira esportiva no Brasil. FuLiA, v. 8, n. 3, p. 59-81, 2023.
ORDWAY, Catherine; DODD, Moya. Contextualising and chronicling the gender equality provisions in FIFA’s 2016 governance reforms: situating the FIFA Women’s World Cup 2023. In: BEISSEL, Adam e colaboradores (Orgs.). The 2023 FIFA Women’s World Cup: politics, representation, and management. London, England: Taylor & Francis, 2023.
PETTY, Kate; POPE, Stacey. A new age for media coverage of women’s sport? An analysis of english media coverage of the 2015 FIFA Women’s World Cup. Sociology, v. 53, n. 3, p. 486-502, 2019.
SANTOS, Saray Giovana (Org.). Métodos e técnicas de pesquisa quantitativa aplicada à educação física. Florianópolis, SC: Tribo da Ilha, 2011.
SILVA, Giovana Capucim e. Narrativas sobre o futebol feminino na imprensa paulista: entre a proibição e a regulamentação (1965-1983). 2015. 144f. Dissertação (Mestrado em História Social). Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015.
SOUZA JÚNIOR, Osmar Moreira. REIS, Heloisa Helena Baldy dos. Futebol de mulheres: a batalha de todos os campos. Paulínia, SP: AutorEsporte, 2023.
TEIXEIRA, Marcelo Resende e colaboradores. O programa bolsa atleta no contexto esportivo nacional. Motrivivência, v. 29, n. esp., p. 92-109, 2017.
VALENTI, Maurizio; SCELLES, Nicolas; MORROW, Stephen. The impact of ‘super clubs’ on uncertainty of outcome in the UEFA women’s champions league. Soccer & society, v. 24, n. 4, p. 509-519, 2023.
WILLIAMS, Jean. An equality too far? Historical and contemporary perspectives of gender inequality in British and international football. Historical social research, v. 31, n. 1, p. 151-169, 2006.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Corpoconsciência
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
-
A Revista Corpoconsciência da Universidade Federal de Mato Grosso está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Baseado no trabalho disponível em https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/corpoconsciencia/index.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).