ANÁLISE DE TEXTOS DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA EM LIVROS DIDÁTICOS DE QUÍMICA A PARTIR DE FLECK

Claudia Almeida  Fioresi; Henrique César da Silva

doi:10.26571/reamec.v12.16987

Autores

Claudia Almeida Fioresi claudiaafioresi@gmail.com
na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Realeza, Paraná, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-1044-3863 http://lattes.cnpq.br/0611627004429141
Henrique César da Silva henriquecsilva@gmail.com
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-2129-1460 http://lattes.cnpq.br/1723907000664724

DOI:

https://doi.org/10.26571/reamec.v12.16987

Palavras-chave:

Divulgação Científica;, Livro Didático, Radioatividade, Fato Científico

Resumo

Pesquisas sobre livros didáticos têm se mostrado relevantes, entre outros aspectos, por fornecem subsídios para seu uso e funcionamento em situações de ensino escolar. Atualmente, os livros didáticos para a Educação Básica são compostos por vários tipos de textos, de diferentes fontes, entre eles, aqueles considerados como textos de divulgação científica. Assim, tomando como pressupostos teórico-metodológicos aspectos da teoria do conhecimento de Fleck (2010), objetivamos entender e discutir como a entrada e alocação de textos de divulgação científica em livros didáticos de Química, em suas dimensões textual e epistemológica, trabalham, contribuem, modificam e/ou acrescentam ao conceito de radioatividade enquanto um fato científico. Como principal resultado, identificamos que, na maioria das vezes, essas entradas e alocações funcionam como tráfegos intracoletivos em relação ao fato científico da radioatividade. Isso ocorre pela associação desse fato a outros fatos científicos e/ou sociais, explicitados no próprio texto de divulgação científica ou por meio da mediação desses textos em exercícios e/ou questões. Logo, implicações para a educação em ciências, especialmente no que diz respeito às mediações de leitura no ensino, são discutidas com base nos resultados.

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Biografia do Autor

Claudia Almeida Fioresi, na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Realeza, Paraná, Brasil.

Possuo graduação em Química/Licenciatura pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná, campus de Toledo. Mestrado em Educação pelo Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus de Cascavel. Doutorado em Educação Científica e Tecnológica pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Realizei doutorado sanduíche na Universidade de Lisboa em Portugal. Atualmente, sou professora da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) - Campus Realeza na área de Educação Química e professora colaboradora no PPGECEM- Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Educação Matemática na Universidade Estadual do Oeste do Paraná-Cascavel. Atuo principalmente nos seguintes temas: Divulgação Científica; Circulação e Textualização de conhecimentos científicos. Epistemologia de Fleck; Recursos e metodologias para o Ensino de Ciências/Química.
Henrique César da Silva, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, Santa Catarina, Brasil.

Licenciado em Física pela Unicamp (1992), tendo concluído o mestrado (1997) e o doutorado (2002) em Educação também pela Unicamp. Durante vários anos, fui professor de Física no Ensino Médio em escolas públicas e particulares. Também fui professor e assessor pedagógico do curso de Licenciatura em Física da Universidade Católica de Brasília (2002-2005). Atuei no Programa de Pós-Graduação em Ensino e História de Ciências da Terra do Instituto de Geociências da Unicamp de 2006 a 2011. Atualmente sou professor no Centro de Ciências da Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica da UFSC. Fui editor-chefe da revista Ciência e Ensino (ISSN 1980-8631). Desenvolvo pesquisas no âmbito da Educação em Ciências e Ensino de Física, com foco nas relações entre ciência, discurso (linguagem) e escola, e discurso e epistemologia, buscando compreender as relações da escola com as diferentes textualizações (escritas, audiovisuais, imagéticas) de conhecimentos científico-tecnológicos que são produzidas e circulam numa sociedade como a nossa, incluindo as mídias e tecnologias no contexto da cultura digital. Fui coordenador geral do Curso de Especialização em Educação na Cultura Digital (MEC/UFSC). Líder do Grupo FLUXO - Circulação e textualização da ciência e educação científica (CNPq).

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