ESTRATÉGIA DOCENTE PARA REDUÇÃO DO ANALFABETISMO BOTÂNICO EM CURSOS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE BIOLOGIA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26571/reamec.v12.16644


Palavras-chave:

Ensino de Botânica, Invisibilidade Botânica, Formação inicial de professores, Metodologia, Práxis docente

Resumo

Oportunidades de participar em atividades extracurriculares para aprimorar-se durante o processo de formação de professores impulsionam o desenvolvimento da práxis docente, que tornam-se essenciais para a construção de competências e habilidades necessárias para a profissão. Entre essas atividades, destaca-se a monitoria acadêmica, que fortalece o processo de ensino-aprendizagem e favorece a interação entre o professor e os estudantes. A problemática motivadora para este trabalho é: a monitoria em botânica pode contribuir para reduzir o analfabetismo e a invisibilidade botânica? O ponto de partida do presente estudo é a premissa de que a chave para essa questão é o trabalho conjunto do professor formador e do monitor, através de um estudo de caso de monitoria acadêmica na disciplina de Estrutura e Função Vegetal.  As atividades foram desenvolvidas uma vez por semana por meio de aulas teórico-práticas durante dois semestres com duas turmas diferentes. Entre as funções realizadas pelo monitor, ressalta-se o auxílio e a organização das práticas, e o suporte aos estudantes durante seu processo de aprendizagem. A monitoria mostrou-se efetiva na diminuição da invisibilidade botânica, a qual auxiliou no processo de ensino-aprendizagem dos estudantes e forneceu um maior apoio ao atendimento individualizado. Oportunizou momentos de reflexão docente entre o professor formador e o estudante monitor, que culminaram em adaptações metodológicas. Também contribuiu significativamente para o crescimento pessoal e intelectual do estudante monitor como futuro professor.

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Biografia do Autor

  • Bruna Mainel Almeida, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.

    Mestranda em Educação em Ciências na UFRGS e pós-graduanda em Metodologias Ativas na UNIVASF. Especialista em Educação Especial Inclusiva pelo CENSUPEG e Especialista em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável pelo FAVENI. Licenciada em Ciências Biológicas pelo Centro Universitário Ritter dos Reis, e Técnica em Química pela Escola Técnica Cristo Redentor. Atualmente atua como Analista de Qualidade na indústria multinacional ENVASES, onde desenvolve o processo de Sopro das garrafas para o cliente FEMSA COCA-COLA/RS. Atuou por 10 anos como Metrologista na indústria Incoterm Industria de Termometros LTDA no laboratório de Massa Especifica e Volumetria. Foi estagiária no Colégio João Paulo - Zona Sul de Porto Alegre no Clube de Ciências para alunos do Ensino Fundamental. Desenvolveu o projeto de pesquisa Aulas práticas: uma alternativa para a desconstrução da cegueira botânica nas escolas entre 2018 e 2019 em quatro escolas estaduais de Porto Alegre - RS. Tem experiência com desenvolvimento de jogos didáticos nas áreas de: Botânica, Ecologia, e Sistemas do corpo humano. Foi Monitora Voluntária nas disciplinas de sala de aula e laboratório: Geologia e Biopaleontologia, Estrutura e Função Vegetal, Morfofisiologia Vegetal, Morfologia Vegetal I, e Diversidade Vegetal II.

  • Mariane Paludette Dorneles, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.

    Licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões - URI - Campus Santiago. Especialista em Educação Ambiental pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM. Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Agrobiologia da UFSM. Doutora em Botânica pela UFRGS. Pesquisa focada em biogeografia de formações tropicais, anatomia vegetal, impercepção botânica e educação em Ciências. Experiência com Ciências nos anos finais do ensino fundamental, e Biologia no ensino médio. No ensino superior nos cursos de Ciências Biológicas, Pedagogia e Engenharia Ambiental. Coordenação de projeto de extensão e professora de pós-graduação. Orientadora de pesquisas na área de educação, botânica e ecologia. Formação e capacitação de professores. Grupo de pesquisa, Universidade Franciscana UFN. Atualmente professora de Ensino Médio e Técnico do Colégio Dom Feliciano(ICM).

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Publicado

2024-04-24

Como Citar

ESTRATÉGIA DOCENTE PARA REDUÇÃO DO ANALFABETISMO BOTÂNICO EM CURSOS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE BIOLOGIA. REAMEC - Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática, Cuiabá, Brasil, v. 12, p. e24028, 2024. DOI: 10.26571/reamec.v12.16644. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/reamec/article/view/16644. Acesso em: 23 mar. 2025.