OLHARES DE PROFESSORES DE QUÍMICA DA REDE PÚBLICA E PRIVADA SOBRE AS METODOLOGIAS ATIVAS E TECNOLOGIAS DIGITAIS
DOI:
10.26571/reamec.v11i1.16293Palavras-chave:
Ensino de Química, TDIC, Formação de professores, Ensino remoto, PandemiaResumo
Durante a pandemia, os professores de todas as instituições, públicas ou privadas, se viram desafiados frente à necessidade de utilizarem recursos tecnológicos e estratégias de ensino que se opusessem às tradicionais. Dentre as possibilidades, estão as chamadas metodologias ativas (MA), que visam uma participação ativa dos alunos durante todo o processo de ensino e aprendizagem. Sendo assim, esse estudo objetivou compreender quais concepções de professores de Química atuantes em escolas públicas e privadas acerca das MA e tecnologias digitais (TD) e se existem semelhanças e/ou diferenças entre elas, bem como se os docentes receberam formações para utilizarem essas estratégias metodológicas e recursos pedagógicos durante o Ensino Remoto Emergencial. Para tanto, adotou-se como referencial teórico as ideias de Moran e Valente sobre as MA e TD e a abordagem adotada foi qualitativa. Entrevistou-se dez professores de Química (cinco da rede pública e cinco da rede privada) atuantes em escolas localizadas no interior do Estado de São Paulo. Os dados foram submetidos à análise de conteúdo de Bardin, optando-se pela análise lexical no software Iramuteq e os resultados evidenciaram que os docentes possuem concepções semelhantes quanto às MA e TD, todavia, não receberam formação para atuarem nas aulas remotas. Ressalta-se que, este artigo apresenta aspectos importantes, como as concepções desses professores sobre MA e TD e algumas dificuldades que enfrentaram durante a pandemia, que podem ser levados em consideração na elaboração de cursos de formação docente sobre estratégias metodológicas ativas e tecnologias.
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