UM OLHAR SOBRE A INTERDISCIPLINARIDADE NAS LICENCIATURAS EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E QUÍMICA NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
DOI:
10.26571/reamec.v11i1.16190Palavras-chave:
Interdisciplinaridade, Formação de professores, Ciências da natureza, Biologia, QuímicaResumo
O movimento interdisciplinar tem seus primórdios na Europa, na década de 1960. A década de 1990 é marcada pela massiva introdução do termo no cenário educacional brasileiro. Nos documentos orientadores da formação de professores de Ciências da Natureza, o uso reiterado do vocábulo interdisciplinaridade sem um tratamento conceitual adequado remete ao entendimento de que este se dá por mero modismo. Ante o exposto, o presente trabalho tem como objetivo compreender quais os sentidos atribuídos à interdisciplinaridade e se são apresentadas vias para sua implementação nos textos dos Projetos Pedagógicos de Cursos das Licenciaturas em Ciências Biológicas e em Química ofertados pela Universidade Federal de Goiás. Foi realizada uma pesquisa documental pautada nos princípios analíticos da Análise de Conteúdo. As categorias conceituais e analíticas utilizadas neste trabalho foram: 1. Concepção Hegemônica; 2. Concepção Crítica Instrumental; 3. Concepção Crítica. Apesar do modo multifacetado como o objeto interdisciplinaridade é depreendido nos documentos, a concepção que sobressai da análise é a crítica instrumental. Por conseguinte, a interdisciplinaridade é apresentada, de modo geral, como uma necessidade imposta pelos documentos orientadores oficiais, com o intuito de promover a contextualização dos conteúdos a partir de questões sociais complexas. Todavia, apesar do uso reiterado deste vocábulo nos documentos analisados, o tratamento teórico dado ao termo é deficitário e, além disso, não são apresentadas vias de implementação da interdisciplinaridade na formação de professores de Ciências/Biologia e Química.
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