ANÁLISE DA ABORDAGEM DO PENSAMENTO ALGÉBRICO NO CURRÍCULO AO LONGO DO TEMPO

Autores

DOI:

10.26571/reamec.v11i1.14168

Palavras-chave:

Ensino Fundamental, Pensamento Algébrico, Álgebra, Currículo

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo analisar sobre a abordagem do pensamento algébrico nos conteúdos de Álgebra apresentados nos Currículos disponíveis ao longo do tempo, em especial, aqueles adotados pelo estado de São Paulo no segmento do Ensino Fundamental nos Anos Finais. Em seguida, apresentamos os estudos de alguns autores que discorrem sobre o pensamento algébrico que justificam a pertinência da pesquisa, como, Blanton e Kaput (2005), Ponte, Branco e Matos (2009), Lima e Bianchini (2017), Gomes e Noronha (2020), Lins e Gimenez (2001). Para isso foi desenvolvida uma pesquisa de caráter qualitativo com análise dos documentos curriculares disponíveis no Brasil ao longo do tempo, dentre eles, os Guias Curriculares (1975), a Proposta Curricular de Matemática (1992), os Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN (1998), a Base Nacional Comum Curricular - BNCC (2017) e o Currículo Paulista (2019). Nos resultados esperados consideramos que cada vez mais se torna eficaz para o entendimento do processo ensino aprendizagem da Álgebra, os estudos e o acompanhamento da manifestação do pensamento algébrico dos estudantes em sala de aula, assim como, o acompanhamento de suas respectivas aprendizagens em prol de documentos curriculares coesos e que buscam entender o que os alunos aprenderam ao sair da escola.

Downloads

Não há dados estatísticos.

##plugins.generic.paperbuzz.metrics##

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Paulo Eugênio da Silva, Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL), São Paulo, São Paulo, Brasil

Doutorando em Ensino de Ciências e Matemática pela Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul). Licenciado em Matemática (Unifunec, 2002) e em Pedagogia (Uninove, 2013). Professor da Secretaria de Estado de Educação de São Paulo, atuando na Direção Escolar. Membro do Grupo de Pesquisa Conhecimento, Crenças e Práticas de Professores que ensinam Matemática (CCPPM). Membro da Equipe Editorial da Revista de Ensino de Ciências e Matemática (REnCiMa). Desenvolvo estudos e pesquisas sobre currículos, formação de professores e processos de ensino e de aprendizagem da Matemática. 

Edda Curi, Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL), São Paulo, São Paulo, Brasil

Membro da comissão de assessoramento Técnico-Pedagógico em Matemática e suas tecnologias para exames e avaliações da DAEB/INEP. Professora (desde 2007) e Coordenadora (desde 2012) do Programa de Ensino de Ciências e Professora do Programa de Ensino de Ciências e Matemática da Universidade Cruzeiro do Sul, desde 2005. Atua como formadora de professores que ensinam Matemática na linha de pesquisa Elementos e Metodologia do Ensino de Matemática. É líder do Grupo de Pesquisa CCPPM registrado no Cnpq, desde 2007 que desenvolve pesquisas longitudinais e participa de ações e projetos de formação de professores que ensinam Matemática. Tem experiência na área de Educação Matemática, tanto em sua atuação profissional como na pesquisa com ênfase em Formação de Professores, Ensino e Aprendizagem de Matemática, Currículo, Avaliação. Nos últimos anos atuou como assessora para equipes técnicas da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo (SEE) e Secretaria Municipal de Educação de São Paulo (SME) na elaboração de Currículo de Matemática (SME) e de materiais curriculares (SME, SEE). É assessora da equipe de Matemática do INEP/MEC na elaboração e revisão de itens de avaliação para anos iniciais do Ensino Fundamental, revisão da Matriz de Avaliação de Matemática e na análise pedagógica dos resultados do SAEB para anos iniciais. Coordenou a reformulação para atualização do Currículo de Matemática da EJA na SME. Foi leitora crítica do Currículo de Matemática do Ensino Médio da referida Secretaria em 2020. Em 2018 passou a ser consultora da UNESCO em um projeto piloto de pesquisa e formação de professores para implementação curricular em parceria com a SME, desenvolvido em 2019, no âmbito do Edital Pro Doc que originou vários relatórios de pesquisa. Atuou em 2018 e 2019 como assessora no Instituto Ayrton Senna na elaboração e revisão e na análise pedagógica de itens de avaliação e em 2018 na Secretaria Municipal de Teresina, Piauí para reformulação do currículo da referida cidade. A partir de junho de 2020 pertence ao CONSU- Conselho Superior Universitário como representante de coordenadores dos Programas de Pós Graduação da Universidade. Aprovada em Editais da UNESCO em 2020 para elaboração de itens de avaliação do 2o ano do Ensino Fundamental para a Secretaria de Alfabetização do MEC. Aprovada em Edital da SBEM em 2020 para realizar curso de formação de professores de anos iniciais, sócios da Sociedade Brasileira de Educação Matemática. O curso foi realizado em 2021. Aprovada em Edital da SME em 2020 como assessora da Diretoria de Educação de Jovens e Adultos - DIEJA, para realização de cursos de formação de professores e elaboração de atividades para esse segmento de ensino. Os cursos foram realizados em 2021. Membro da Diretoria Nacional Executiva ? DNE da Sociedade Brasileira de Educação Matemática a partir de 2022.

Referências

BLANTON, M. L.; KAPUT, J. Characterizing a classroom practice that promotes algebraic reasoning. Journal for Research in Mathematics Education, Reston, v. 36, n. 5, p. 412-446, 2005.

BRASIL. Lei nº 5.692. Fixa diretrizes e bases para o ensino de 1º e 2º graus, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF. 1971. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1970-1979/lei-5692-11-agosto-1971-357752-publicacaooriginal-1-pl.html . Acesso em: 17 de mai. 2021.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2017.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais; Matemática. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília, DF, MEC/SEF, 1998.

CELLARD, A. A análise documental. In: POUPART, J. et al. A pesquisa qualitativa: enfoques epistemológicos e metodológicos. Petrópolis, Vozes, 2008.

FIORENTINI, D., MIORIM, M. A., MIGUEL, A. (1993). Contribuições para um Repensar... a Educação Algébrica Elementar. Pro-Posições, v. 4, pp. 78 – 91.

GOMES, L. P. S.; NORONHA, C. A. Caracterização do pensamento algébrico na perspectiva da teoria da objetivação. In: GOBARA, S. T.; RADFORD, L (Org.). Teoria da objetivação: fundamentos e aplicações para o ensino e aprendizagem de ciências e matemática. São Paulo: Livraria da Física, 2020. p. 135 - 151.

LINS, R. C.; GIMENEZ, J. Perspectivas em Aritmética e Álgebra para o Século XXI. 4. ed. Campinas: Papirus, 2001.

LIMA, J. R. C.; BIANCHINI, B. L. A álgebra e o pensamento algébrico na proposta de Base Nacional Curricular Comum para os anos iniciais do Ensino Fundamental. Revista de Produção Discente em Educação Matemática, v. 6, p. 197-208, 2017. ISSN 2238-8044. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/pdemat/article/view/32595. Acesso em: 12 de jun. 2021.

LOPES, T. B.; FELIX, A. P. N.; SÁ, P. F. de. A escolha da operação em questões multiplicativas aritméticas e em questões multiplicativas algébricas que envolvem números naturais e números decimais. REAMEC - Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática. Cuiabá, v. 10, n. 1, p. e22020, 2022. https://doi.org/10.26571/reamec.v10i1.13540

NATIONAL COUNCIL OF TEACHERS OF MATHEMATICS. Principles and standards for school mathematics. Reston: National Council of Teachers of Mathematics, 2000.

PONTE, J. P.; BRANCO, N.; MATOS, A. Álgebra no Ensino Básico. Lisboa: Ministério da Educação, DGIDC, 2009.

PACHÊCO, F. F. F.; SILVA, A. S. da; PACHÊCO, G. F. Aspectos hitóricos abordados em livros didáticos de matemática dos anos finais do ensino fundamental: uma análise dos conteúdos. REAMEC - Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática, [S. l.], v. 6, n. 1, p. 107-123, 2018. https://doi.org/10.26571/REAMEC.a2018.v6.n1.p107-123.i6073

SACRISTÁN, J. G. O currículo: uma reflexão sobre a prática. 3.ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

SAMPIERI, R. H.; COLLADO, C. F.; LUCIO. M. P. B. Metodologia de pesquisa. 5. ed. Porto Alegre: Penso, 2013.

SÃO PAULO (Estado). Guias Curriculares do Estado de São Paulo Propostos para as Matérias do Núcleo Comum do ensino do 1° Grau - Matemática. São Paulo. 1975.

SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. Currículo Paulista. SEDUC/Undime SP. São Paulo: SEDUC/SP, 2019.

SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas. Proposta Curricular para o Ensino de Matemática: 1º Grau. 4 ed. São Paulo: SE/CENP. 1992.

SESSA, C. Iniciação ao estudo didático da álgebra: origens e perspectivas, São Paulo. Edições SM, 2009.

SILVA, M. M. F.; SILVA, R. M. da. Concepções de álgebra: análise das questões do SAEPE no período de 2016-2018. REAMEC - Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática. Cuiabá, v. 8, n. 2, p. 584-600, 2020. https://doi.org/10.26571/reamec.v8i2.10310

TEIXEIRA JUNIOR, V. P. Uma reflexão sobre a história da álgebra a partir da filosofia de wittgenstein. REAMEC - Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática, [S. l.], v. 9, n. 3, p. e21076, 2021. https://doi.org/10.26571/reamec.v9i3.12619

VELOSO, D. S.. O desenvolvimento do pensamento e da linguagem algébrica: análise de registros escritos de alunos do 6º ano do Ensino Fundamental à luz da teoria de Radford. In: III Seminário de Escritas e Leituras em Educação Matemática, 2014, Lavras. III SELEM, 2014.

VERGEL, R.; ROJAS, P. J.. Álgebra escolar y pensamiento algebraico: aportes para el trabajo en el aula. Bogotá. Universidad Distrital Francisco José de Caldas. 2018.

YOUNG, M. Teoria do currículo: o que é e por que é importante. Cadernos de Pesquisa v.44 n.151 p.190-202 jan./mar. 2014.

Downloads

Publicado

2023-02-05

Como Citar

SILVA, P. E. da; CURI, E. ANÁLISE DA ABORDAGEM DO PENSAMENTO ALGÉBRICO NO CURRÍCULO AO LONGO DO TEMPO. REAMEC - Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática, Cuiabá, Brasil, v. 11, n. 1, p. e23009, 2023. DOI: 10.26571/reamec.v11i1.14168. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/reamec/article/view/14168. Acesso em: 19 abr. 2024.