COMO TREINADORES DE ESPORTES PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MONITORAM A CARGA DE TREINAMENTO?

Autores

  • Mário Antônio de Moura Simim mario.simim@ufc.br
    Universidade Federal do Ceará
  • Eduardo Macedo Penna eduardomp@ufpa.br
    Universidade Federal do Pará
  • Alexandre Igor Araripe Medeiros alexandreararipe@hotmail.com
    Universidade Federal do Ceará
  • Renato Melo Ferreira renato.mf@hotmail.com
    Universidade Federal de Ouro Preto

DOI:

10.51283/rc.27.e15179

Palavras-chave:

Esporte Adaptado, Treinadores, Paraesporte

Resumo

Nosso objetivo foi investigar quais ferramentas de monitoramento da carga de treinamento são utilizadas por treinadores de esportes para pessoas com deficiência. Participaram 17 treinadores de diferentes modalidades esportivas que responderam a um questionário online contendo questões relacionadas a formação dos participantes, conceitos gerais e sistemas de monitoramento da carga de treinamento. A maioria dos treinadores (91,7%) dos treinadores indicou que ajusta a carga de treinamento em resposta à sua sessão de monitoramento modificando a intensidade e duração do treino. Os principais métodos utilizados foram a percepção subjetiva de esforço, número de sessões semanais e de exercícios específicos. As razões para utilizar este sistema de controle foram: Acompanhar as melhorias no desempenho (91,7%), gerenciar a carga de treinamento (83,3%) e reduzir lesões (75,0%). Concluímos que os treinadores de esportes para pessoas com deficiência utilizam métodos de fácil administração, eficiente em termos de tempo e de retorno de informações imediatas para monitorar as sessões de treino.

Referências

AKENHEAD, Richard; NASSIS, George. Training load and player monitoring in high-level football: current practice and perceptions. International Journal of Sports Physiology and Performance, v. 11, n. 5, p. 587–593, 2016. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26456711/. Acesso em: 15/06/202. DOI: 10.1123/ijspp.2015-0331.

BAILEY, Steve. Athlete First: A History of the Paralympic Movement. Wiley-Blackwell. 2007

BLAUWET, Cheri; WILLICK, Stuart. The Paralympic Movement: using sports to promote health, disability rights, and social integration for athletes with disabilities. PM & R: The journal of injury, function, and rehabilitation, v. 4, n. 11, p. 851–856, 2012. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1934148212004224. Acesso em: 05/06/2022. DOI: 10.1016/j.pmrj.2012.08.015.

BORRESEN, Jill; LAMBERT, Michael Ian. The quantification of training load, the training response and the effect on performance. Sports Medicine, v. 39, n. (9), p. 779-795, 2009. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.2165/11317780-000000000-00000. Acesso em: 04/08/2022. DOI: 10.2165/11317780-000000000-00000.

BRINK, Michael et al. What do football coaches want from sport science? Kinesiology, v. 50, Suppl.1, p. 150-154, 2018. Disponível em: https://hrcak.srce.hr/ojs/index.php/kinesiology/article/view/6695. Acesso em: 16/01/2022.

BRITTAIN, Ian. The Paralympic Games: from a rehabilitation exercise to elite sport (and back again?). International Journal of Therapy and Rehabilitation, v. 19, n. 9, p. 526-531, 2012. Disponível em: https://www.magonlinelibrary.com/doi/abs/10.12968/ijtr.2012.19.9.526. Acesso em: 30/01/2022. DOI: 10.12968/IJTR.2012.19.9.526.

BUCHHEIT, Martin. Houston, we still have a problem. International Journal of Sports Physiology and Performance, v. 12, n. 8, p. 1111–1114, 2017. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28714760/. Acesso em: 13/03/2022. DOI: 10.1123/ijspp.2017-0422.

COOPER, Rory; De LUIGI, Arthur Jason. Adaptive Sports Technology and Biomechanics: Wheelchairs. PM & R: The journal of injury, function, and rehabilitation, v. 6, Suppl. 8, S31-S39, 2014. Disponível em:

https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1934148214002548. Acesso em: 15/06/2022. DOI: 10.1016/j.pmrj.2014.05.020.

COSTA e SILVA, Anselmo de Athayde et al. Esporte adaptado: abordagem sobre os fatores que influenciam a prática do esporte coletivo em cadeira de rodas. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, v. 27, n. 4, p. 679-687, 2013. Disponível em:

https://www.scielo.br/j/rbefe/a/XWpRWYmHWV6j5nVKSdvpLcr/?lang=pt#:~:text=No%20caso%20de%20esportes%20em,fundamentos%20espec%C3%ADficos%20da%20modalidade%20escolhida. Acesso em: 04/08/2022. DOI: 10.1590/S1807-55092013005000010.

ERICSSON, Karl Anders. Training history, deliberate practice and elite sports performance: an analysis in response to Tucker and Collins review- what makes champions? British Journal of Sports Medicine, v. 47, n. 9, p. 533–535, 2013. Disponível em: https://bjsm.bmj.com/content/47/9/533. Acesso em: 11/12/2021. DOI: 10.1136/bjsports-2012-091767.

FACUNDO, Lucas Alves et al. Professional trajectory of coaches in the context of Paralympic sports. Movimento, v. 25, e25034, 2019. Disponível em: https://www.scielo.br/j/mov/a/3ZGNjrz8mR3nfs3HYXK6Nmh/abstract/?format=html&lang=em. Acesso em: 04/08/2022. DOI: 10.22456/1982-8918.87115.

GOOSEY-TOLFREY, Victoria. Supporting the paralympic athlete: focus on wheeled sports. Disability and Rehabilitation, v. 32, n. 26, p. 2237–2243, 2010. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.3109/09638288.2010.491577. Acesso em: 15/06/2022. DOI: 10.3109/09638288.2010.491577.

GRIGGS, Katy; GOOSEY-TOLFREY, Victoria; PAULSON, Thomas. Supporting Paralympic wheelchair sport performance through technological, physiological and environmental considerations. Annals of Human Biology, v. 44, n. 4, p.1-3, 2016. Disponível em: https://www.semanticscholar.org/paper/Supporting-Paralympic-wheelchair-sport-performance-Griggs-Goosey-Tolfrey/9a2bfdec9b1ce7a7031c5e87454df8fd474fe288. Acesso em: 15/06/2022. DOI: 10.1080/03014460.2016.1234644.

HALSON, Shona. Monitoring training load to understand fatigue in athletes. Sports Medicine, 44, Suppl. 2, 139-147, 2014. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4213373/. Acesso em: 04/08/2022. DOI: 10.1007/s40279-014-0253-z.

IMPELLIZZERI, Franco; RAMPININI, Ermanno; MARCORA, Samuele. Physiological assessment of aerobic training in soccer. Journal of Sports Sciences, v. 23, n. (6), p. 583-592, 2005. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/7570075_Physiological_assessment_of_aerobic_training_in_soccer. Acesso em: 13/03/2022. DOI: 10.1080/02640410400021278.

KENTTÄ, Göran; HASSMÉN, Peter. Overtraining and recovery: A conceptual model. Sports Medicine, v. 25, n. 1, p. 1-16, 1998. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/13545392_Overtraining_and_recovery_A_conceptual_model. Acesso em: 31/01/2022. DOI:10.2165/00007256-199826010-00001.

LAFERRIER, Justin et al. Technology to improve sports performance in wheelchair sports. Sports Technology, v. 5, n. 1-2, p. 1-16, 2012. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/254368802_Technology_to_improve_sports_performance_in_wheelchair_sports. Acesso em: 06/01/2022. DOI: 10.1080/19346182.2012.663531.

MAUERBERG-DECASTRO, Eliane; CAMPBELL, Debra; TAVARES, Carolina. The global reality of the Paralympic Movement: Challenges and opportunities in disability sports. Motriz, v. 22, n. 3, p. 111-123, 2016 Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/305767010_The_global_reality_of_the_Paralympic_Movement_Challenges_and_opportunities_in_disability_sports. Acesso em: 15/06/2022. DOI: 10.5016/motriz.v22i3.11450.

MEEUSEN, Romain. et al. Prevention, diagnosis, and treatment of the overtraining syndrome: joint consensus statement of the European College of Sport Science and the American College of Sports Medicine. Medicine and Science in Sports and Exercise, v. 45, n. 1, p. 186-205, 2013. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/23247672/. Acesso em: 06/01/2022. DOI: 10.1249/MSS.0b013e318279a10a.

MEEUSEN, Romain et al. Prevention, diagnosis and treatment of the overtraining syndrome. European Journal of Sport Science, v. 6, n. 1, p. 1-14, 2006. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/17461390600617717. Acesso em: 106/01/2022. DOI: 10.1080/17461390600617717.

NYLAND, John. The paralympic movement: addition by subtraction. Journal of Orthopaedic & Sports Physical Therapy, v. 39, n. (4), p. 243-245, 2009. Disponível em: https://www.jospt.org/doi/epdf/10.2519/jospt.2009.0112. Acesso em: 15/06/2022. DOI: 10.2519/jospt.2009.0112.

PASQUALI, Luiz. Psicometria: teoria dos testes na psicologia e na educação. 1. ed. Petopólis: Editora Vozes, 2013

PAULSON, Thomas; GOOSEY-TOLFREY, Victoria. Current perspectives on profiling and enhancing wheelchair court-sport performance. International Journal of Sports Physiology and Performance, v. 12, n. 3, p. 275-286, 2016. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27448391/. Acesso em: 15/06/2022. DOI: 10.1123/ijspp.2016-0231.

PERRET, Claudio. Elite-adapted wheelchair sports performance: a systematic review. Disability and Rehabilitation, v. 27, n. 2, p. 1-9, 2015. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/283293450_Elite-adapted_wheelchair_sports_performance_A_systematic_review. Acesso em: 15/06/2022. DOI: 10.3109/09638288.2015.1095951.

ROOS, Lilian et al. Monitoring of daily training load and training load responses in endurance sports: What do coaches want?. Schweizerische Zeitschrift für Sport und Sport, v. 61, n. 4, p. 30–36, 2013. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/288102352_Monitoring_of_daily_training_load_and_training_load_responses_in_endurance_sports_What_do_coaches_want. Acesso em: 15/06/2022.

SAW, Anna et al. Athlete self-report measures in research and practice: considerations for the discerning reader and fastidious practitioner. International Journal of Sports Physiology and Performance, v. 12, n. Suppl. 2, S127-S2135, 2017. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27834546/. Acesso em: 06/08/2022. DOI: 10.1123/ijspp.2016-0395.

SIMIM, Mário Antônio et al. Load monitoring variables in training and competition situations: a systematic review applied to wheelchair sports. Adapted Physical Activity Quarterly, v. 34, n. 4, p. 466-483, 2017. Disponível em: https://journals.humankinetics.com/view/journals/apaq/34/4/article-p466.xml. Acesso em: 15/06/2022. DOI:10.1123/apaq.2016-0149.

STARLING, Lindsay; LAMBERT, Mike Ian. Monitoring Rugby Players for Fitness and Fatigue: What Do Coaches Want? International Journal of Sports Physiology and Performance, v. 13, n. 6, p. 777-782, 2018. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/321088761_Monitoring_Rugby_Players_for_Fitness_and_Fatigue_What_Do_Coaches_Want. Acesso em: 06/01/2022. DOI: 10.1123/ijspp.2017-0416.

TAYLOR, Kristie-Lee et al. Fatigue monitoring in high performance sport: a survey of current trends. Journal of Australian Strength & Conditioning, v. 20, n. 1, p. 12–23, 2012. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/270905024_Fatigue_Monitoring_in_High_Performance_Sport_A_Survey_of_Current_Trends/link/54b9af6d0cf24e50e93dc960/download. Acesso em: 06/01/2022.

TEMM, Dani; STANDING, Regan; BEST, Russ. Training, Wellbeing and Recovery Load Monitoring in Female Youth Athletes. International Journal of Environmental Research and Public Health, 19(18), 11463, 2022. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/36141735/. Acesso em: 16/01/2022. DOI: 10.3390/ijerph191811463.

TWEEDY, Sean; DIAPER, Nicolas. Introduction to wheelchair sport. In: GOOSEY-TOLFREY, Victoria. Wheelchair sport: A complete guide for athletes, coaches and teachers. Human Kinetics, 2010. p. 3–28.

WAREHAM, Yvette et al. Coaching athletes with disability: preconceptions and reality. Sport in Society, 20(9), 1185-1202, 2017. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/17430437.2016.1269084. Acesso em: 13/03/2022. DOI: 10.1080/17430437.2016.1269084.

Downloads

Publicado

2023-10-02

Como Citar

Simim, M. A. de M., Penna, E. M., Medeiros, A. I. A., & Ferreira, R. M. (2023). COMO TREINADORES DE ESPORTES PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MONITORAM A CARGA DE TREINAMENTO?. Corpoconsciência, 27, e15179. https://doi.org/10.51283/rc.27.e15179

Edição

Corpoconsciência, v. 27, jan./ dez., 2023 - Publicação Contínua

Seção

Artigos

Licença

Copyright (c) 2023 Corpoconsciência

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

    1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
    3. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
  1. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).