Uma base à Base: quando o currículo precisa ser tudo

Autores

  • Talita Vidal PEREIRA p.talitavidal@gmail.com
    Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Hugo Heleno Camilo COSTA hugoguimel@yahoo.com.br
    Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
  • Érika Virgílio Rodrigues da CUNHA erikavrcunha@ufmt.br
    Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)

DOI:

https://doi.org/10.29286/rep.v24i56.2377


Palavras-chave:

Políticas de currículo. Teoria do Discurso. Base Nacional Curricular Comum

Resumo

Pautado na teoria do discurso (TD) de Laclau e Mouffe, este artigo orienta uma discussão cujo objetivo é reativar sentidos de educação e de currículo excluídos nas articulações em defesa de uma Base Nacional Curricular Comum (BNCC), lida como necessária à qualidade do ensino. Especificamente, focaliza o texto Currículo da Educação Básica no Brasil: concepções e políticas, de Guiomar N. de Mello, interpretando-o como parte de um processo de constituição hegemônica. Um discurso contingente e provisório, atravessado por ambivalências, que, como todo momento da política, projeta à universalidade uma leitura particular sobre o currículo.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Talita Vidal PEREIRA, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

    Doutora em Educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro no Programa de Pós-Graduação em Educação (PROPEd), Professora Adjunta do Departamento de Formação de Professores da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense (UERJ), Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação (FEBF/UERJ). Rua Mariz e Barros, nº 39/Apto 309, Praça da Bandeira, Rio de Janeiro (RJ). CEP: 20270-005. E-mail:<p.talitavidal@gmail.com>. Pesquisa financiada por Edital Universal do CNPq 2014.

  • Hugo Heleno Camilo COSTA, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

    Doutorando em Educação na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, no Programa de Pós-Graduação em Educação (PROPEd), Mestre em Educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, no Programa de Pós-Graduação em Educação (PROPEd). Membro do grupo de Pesquisa Políticas de Currículo e Cultura e do Núcleo Interdisciplinar de estudos da Faculdade de Educação da UERJ/Baixada Fluminense (FEBF). É professor na Faculdade de Educação da UERJ, investiga Políticas de Currículo e Ensino de Geografia. Rua Jaciaba, 33. Jacarepaguá.
    Rio de Janeiro (RJ), CEP: 22710260. Apoio FAPERJ.

  • Érika Virgílio Rodrigues da CUNHA, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)

    Doutora em Educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro no Programa de Pós-Graduação em Educação (PROPEd), Professora Adjunta do Departamento de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação – Mestrado, da Universidade Federal de Mato Grosso, Campus de Rondonópolis. Tem como tema de pesquisa política de currículo, é membro do grupo de pesquisa Políticas de Currículo e Cultura (dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/0157151504758441). Rua Timbiras, nº 1051, Vila Goulart, CEP 78740-280, Rondonópolis (MT). E-mail: <erikavrcunha@ufmt.br>; <erikavrcunha@gmail.com>

Referências

BIESTA, G. Para além da aprendizagem. Belo Horizonte: Autêntica, 2013.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental.

Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília, DF: MEC/SEF, 1998.

______. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos

Jurídicos. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF: DOU, 23.12.1996.

BURITY, J. A. Discurso, política e sujeito na teoria da hegemonia de

Ernesto Laclau. In: MENDONÇA, D. de; RODRIGUES, L. P. (Org.). Pós-

Estruturalismo e Teoria do Discurso: em torno de Ernesto Laclau. Porto

Alegre: EDIPUCRS, 2008. p. 35-51.

COSTA, H. H. C; PEREIRA, T. V. Sentidos de interdisciplinaridade

articulados nas políticas de currículo: o caso das disciplinas Ciências Naturais e Geografia. Cadernos de Educação FaE/PPGE/UFPel, v. 44, p. 293-318, 2013. Disponível em: http://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/caduc/article/

viewFile/2749/2501. Acesso em: 12 fev. 2015.

DERRIDA, J. A escritura e a diferença. São Paulo: Perspectiva, 2011.

______. Da hospitalidade. São Paulo: Escuta, 2003.

______. A farmácia de Platão. São Paulo: Iluminuras, 19911.

LACLAU, E. Emancipação e diferença. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2011.

______; MOUFFE, C. Hegemonía y estrategia socialista. Hacia una

radicalización de la democracia. 3. ed. Buenos Aires: Fondo de Cultura

Económica, 2010.

LOPES, A. C. Discursos nas políticas de currículo. Currículo sem

Fronteiras, v. 6, n. 2, p. 33-52, jul./dez. 2006. Disponível em:

www.curriculosemfronteiras.org/vol6iss2articles/lopes.pdf>. Acesso em: 20 maio 2008.

______. Teorias pós-críticas, política e currículo. Educação, Sociedade &

Culturas, Porto, Portugal, n. 39, p. 7-23, 2013.

______; MACEDO, E. Currículo e cultura: o lugar da ciência. In: LIBÂNEO, J. C.; ALVES, N. (Org.). Temas de pedagogia: diálogos entre didática e currículo. São Paulo: Cortez, 2012.

______; ______. Teorias de Currículo. São Paulo: Cortez, 2011.

LYOTARD, J. F. O pós-moderno. 2. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1986.

MACEDO, E. Base Nacional Curricular Comum: novas formas de sociabilidade produzindo sentidos para educação. Revista e-Curriculum, São Paulo, v. 12, n. 3, p. 1530 - 1555 out./dez. 2014. Disponível em: <http://revistas.pucsp.br/index.php/curriculum>. Acesso em: 25 jan. 2015.

______. Currículo e conhecimento: aproximações entre educação e ensino. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 42, n. 147, p. 716-737, set./dez., 2012.

______. Que queremos dizer com educação para a cidadania? In: LOPES, A. C. et al. (Org.). Políticas educativas e dinâmicas curriculares no Brasil e em Portugal. Petrópolis: DP et Alii; Rio de Janeiro: FAPERJ, 2008. p. 89-114.

MELLO, G. N. Currículo da Educação Básica no Brasil: concepções e

políticas. São Paulo: CEESP, 2014. Disponível em: . Acesso em: 25 jan. 2015.

MOUFFE, C. Identidade democrática e política pluralista. In: MENDES, C.

(Coord.). Pluralismo cultural, identidade e globalização. Rio de Janeiro:

Record, 2001. p. 410-430.

NASCIMENTO, E. Derrida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.

OECD. Organisation for Economic Co-operation and Development.

Definition and selection of competencies: theoretical and conceptual

foundations (DeSeCo) - Background Paper. Paris: OECD Publishing, 2001.

PEREIRA, T. V. Analisando alternativas para o ensino de ciências naturais: uma abordagem pós-estruturalista. Rio de Janeiro: Quartet; Faperj, 2012.

PINAR, W. Understanding curriculum. Nova York: Peter Lang, 1995.

YOUNG, M. F. D. O futuro da educação em uma sociedade do conhecimento: a defesa radical de um currículo disciplinar. Cadernos de Educação da FaE Pelotas, Pelotas, v. 38, p. 395-416, jan./abr., 2011.

______. Overcoming the crisis in curriculum theory: a knowledge-based

approach. Journal of Curriculum Studies, UK, v. 42, n. 2, p. 101-118, 2013.

Downloads

Publicado

2015-05-01

Como Citar

Uma base à Base: quando o currículo precisa ser tudo. Revista de Educação Pública, [S. l.], v. 24, n. 56, p. 455–469, 2015. DOI: 10.29286/rep.v24i56.2377. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/educacaopublica/article/view/2377. Acesso em: 17 jun. 2025.