A EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NA BNCC
AVANÇOS E DESAFIOS
DOI:
10.51283/rc.27.e15228Palavras-chave:
Educação Física Escolar, Base Nacional Comum Curricular, Ensino Fundamental, Programa Nacional do Livro DidáticoResumo
O objetivo do presente texto é apresentar o processo de elaboração da BNCC na área da Educação Física e analisar aspectos relacionados ao seu curto tempo de existência, na busca por enxergar os avanços e desafios que se colocam para a área. Sua finalidade é nortear os currículos das redes escolares brasileiras, por meio de competências gerais e específicas para cada área e componente curricular, como direitos de aprendizagem que devem ser garantidos a todos os alunos. Na área da Educação Física, o processo de elaboração do documento teve início em 2015, com um grupo formado por sete professores/pesquisadores acadêmicos e seis professores da escola, que trabalharam na 1ª e 2ª versões do documento. Com a mudança do governo (Dilma-Temer) em maio de 2016 a continuidade do trabalho se deu por meio de apenas uma professora/pesquisadora acadêmica que trabalhou na 3ª versão, lançada em abril de 2017. A participação da Educação Física na BNCC proporcionou avanços, como: a apresentação de uma proposta de sistematização para os temas da cultura corporal de movimento no Ensino Fundamental; sua presença nos editais do Programa Nacional do Livro Didático e a proposição de uma Base Nacional Comum de formação de professores. No entanto, ainda se observam desafios, de modo a contemplar a necessidade de buscar espaços nos programas de ensino para o desenvolvimento de temas relacionados ao interesse e contexto sociocultural da comunidade escolar, a apropriação do documento por parte dos professores e dos estudantes, o entendimento da Educação Física como um elemento do processo de escolarização e suas contribuições ao processo de formação dos estudantes. Concluímos que para o momento histórico atual, a presença da Educação Física se faz necessária na BNCC, no sentido de avançarmos na justificativa e manutenção da disciplina na estrutura curricular brasileira, buscarmos avanços e a superarmos os limites.
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