O brincar profanatório das crianças aborteiras
DOI:
10.31560/2595-3206.2022.18.14649Resumo
O presente artigo se coloca em uma atenção para as narrativas possíveis sobre aborto, a partir da perspectiva das crianças. Meninas obrigadas a gestar e parir. Violentadas por adultos. Aborto legal negado a elas. Mas também, crianças que irrompem criando rupturas nos essencialismos nos quais se sustenta o sistema binário e heterocisnormativo. Crianças que se resistem à infância que a modernidade produziu para elas. Crianças que problematizam as modalidades de tutela adulta que essa modernidade construiu. Crianças que se posicionam e interpelam a naturalização das maternidades forçadas e se colocam para abortar as infâncias produzidas para estas a partir de temáticas como autonomia corporal e práticas abortivas. Enquanto categoria analítica, afirmamos a criança que vai além das bordas estabelecidas para falar sobre aborto e, se pergunta sobre a possibilidade de pensá-la para além do corpo que gesta, profanando o aborto e o dizer sobre este para ela.
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