“Era vez nenhuma!” ou os descabidos contos de fadas de uma professora sem modos e uma criança desbocada
DOI:
10.31560/2595-3206.2021.13.11327Resumo
Essa escrita aposta na ampliação da existência dos corpos, entrelaçando a vida cotidiana de uma escola e as forças fabulatórias. Apresenta, de início, uma escola que, com certas lentes, era quase saída do Era uma vez, totalmente afeita ao pulcro. E justamente a partir dessa escola e de pedagogias demasiadamente certinhas, o texto fabula uma professora que ameaça com sua estrangeiridade. Afrontando as pedagogias dos mortos e a lógica dos contos de fadas que essas pedagogias criam, a professora expõe, nesses ditos de educação, o real dos espaços escolares. A professora carrega em seu corpo-estrangeiro perguntas que as pedagogias dos mortos descartam de antemão. Como ver e viver as vidas escolares menos pela lógica da explicação e mais por suas potências? Como desalinhar os caminhos e fazê-los voar aos ventos como um dente de leão soprado por crianças e professoras? Certo dia, a professora foi interpelada por uma criança desbocada que vê nela uma existência travesti. Ambos se afetam imediatamente. Há tempos as escolas têm agradado o sistema cisheteronormativos. Quando fabulam, as pedagogias travestis expõem os rabos da educação. Por querer dançar com os corpos cabíveis e incabíveis, a professora-travesti reinventa os contos de fadas e, a cada vírgula, empurra os limites da existência com as fabulações das crianças.
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