“Deus, pátria e família”
mecanismos neoconservadores de mobilização
DOI:
10.29327/2410051.7.22-55Resumo
Com o avanço e recrudescimento da cisheteropatriarcalidade, um projeto de sociedade vem privilegiando um empreendimento moral, tornando diferentes sujeitos, a exemplo da população LGBTI+, bodes expiatórios de supostas desordens sociais. São investimentos que nos levam a refletir acerca do neoconservadorismo como um movimento que alicerça a tradição e a natureza das relações e desigualdades de gênero. Nessa perspectiva, nos aproximamos dos estudos foucaultianos de gênero e sexualidade a fim de problematizar a produção da memória e os mecanismos de marginalização e supressão de direitos LGBTI+. Nessa direção, o presente artigo tem como objetivo interrogar os modos como as memórias oficializadas (re)constroem, disputam e educam sobre as identidades político-sexuais LGBTI+ no contexto de recrudescimento do neoconservadorismo a partir de tensionamentos político-culturais decorrentes do governo da primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni. Nessa direção ainda que possamos reconhecer mudanças, também é possível perceber uma grande resistência por parte de setores neoconservadores que vêm buscando manter ficções como a defesa da família cisheteropatriarcal enquanto núcleo social de sustentação e segurança, no sentido de que a sociedade se dividiria em papéis inquestionáveis, naturais e necessários para manutenção de uma suposta ordem.
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