A revisão do feminino no rap como resistência discursiva

Autores

  • Bruna Fernandes Barros brunafbarros@live.com
    CEFET MG

Palavras-chave:

Rap. Hip Hop. Performance. Feminismo. Oralidade.

Resumo

O rap nasceu dentro do movimento de subversão do hip hop. Com a ascensão de rappers mulheres questões femininas passaram a fazer parte das temáticas subversivas do ritmo, como sexualidade e opressão da mulher. A partir da música Sandália, da rapper Karol Conka, com o embasamento da Dialética-Relacional (FAIRCLOUGH, 2009), e da Análise Crítica do Discurso Musical (VAN LEEUWEN, 2012), e com a contribuição dos estudos de gênero (BUTLER; BOURDIEU), este trabalho tem como objetivo identificar como o rap de Conka pode demonstrar a constituição discursiva de gênero na distribuição de poder nas estruturas sociais a fim de subverte-la. 

Biografia do Autor

Bruna Fernandes Barros, CEFET MG

Doutoranda na área de Discurso, Mídia e Tecnologia pelo CEFET-MG. Mestre em Teoria Literária e Crítica da Cultura pela Universidade Federal de São João Del-Rei (UFSJ). Pós-graduada em Gestão de Pessoas e Recursos Humanos pela Faculdade FACED. Graduada em Publicidade e Propaganda pela Universidade do Vale do Itajaí.

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Publicado

2020-04-28

Como Citar

Fernandes Barros, B. (2020). A revisão do feminino no rap como resistência discursiva. Revista Diálogos, 8(1), 140–161. Recuperado de https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/revdia/article/view/9650