https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/revdia/issue/feed Revista Diálogos 2024-01-07T18:21:25+00:00 Claudio Alves Benassi caobenassi@hotmail.com Open Journal Systems <p>A RevDia (ISSN 2319-0825 - QUALIS A3) é um periódico dos Grupos de Pesquisa REBAK (Relendo Bakhtin) e REBAK SENTIDOS, constituindo-se como um veículo de divulgação das pesquisas realizadas pelos membros dos grupos de pesquisa referenciados acima, bem como da comunidade externa aos grupos e a UFMT.</p> <p> </p> https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/revdia/article/view/15899 Diálogos em movimento memória e trajetória d´O Círculo de Bakhtin em Diálogo (2008-2023) 2023-08-18T01:52:01+00:00 Fábio Marques de Souza fabiohispanista@gmail.com Ivo Di Camargo Junior side_amaral@hotmail.com <p>Este artigo apresenta uma retrospectiva dos 15 anos de história do Grupo de Pesquisa “O Círculo de Bakhtin em Diálogo”. O grupo, atualmente cadastrado no DGP-CNPq-UEPB, tem como objetivo investigar e promover a compreensão das ideias e conceitos desenvolvidos pelo Círculo de Bakhtin, enfatizando sua relevância e aplicabilidade atualmente. Ao longo do texto, os autores destacam a importância das contribuições do Círculo de Bakhtin em diversos campos do conhecimento, como Educação, Linguística, Linguagem Cinematográfica, Ciências Políticas e Relações Internacionais. Eles demonstram como os ensinamentos de Bakhtin podem enriquecer a compreensão desses campos, oferecendo novas perspectivas teóricas e metodológicas. O artigo também aborda as principais pesquisas e publicações realizadas pelo grupo ao longo desses 15 anos. Os autores destacam a linha de pesquisa "Ideias bakhtinianas em diálogo", que explora a interação entre as teorias de Bakhtin e outros pensadores contemporâneos. Além disso, eles apresentam o "Observatório do Discurso da Política Externa Brasileira", que investiga as relações discursivas na política externa do Brasil. Por fim, a terceira linha de pesquisa, "Tecnologias, Culturas e Linguagens", examina os impactos das tecnologias contemporâneas nas práticas culturais e linguísticas. Ao final do artigo, os autores concluem que o grupo de pesquisa O Círculo de Bakhtin em Diálogo tem desempenhado um papel significativo na disseminação e atualização das ideias de Bakhtin, contribuindo para o avanço dos estudos em diferentes áreas. Sua trajetória de 15 anos evidencia a relevância contínua desses conceitos e sua capacidade de promover diálogos interdisciplinares e enriquecedores.</p> 2024-01-07T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/revdia/article/view/15753 “Para uma Filosofia do Ato”, de Mikhail Bakhtin: possíveis diálogos com o ato de trabalho 2023-07-11T18:59:18+00:00 MIRELLY KAROLINNY DE MELO MEIRELES mirellyk@yahoo.com.br Pedro Farias Francelino pedrofrancelino@yahoo.com.br <p>Este trabalho tem como objetivo discorrer acerca de alguns conceitos da arquitetônica de Mikhail Bakhtin na obra <strong>Para uma Filosofia do Ato</strong> <strong>(PFA)</strong> e suscitar possíveis diálogos com o ato de trabalho, já que neste contexto a linguagem e a atividade se inter-relacionam. Desse modo, partiremos dos conceitos iniciais da proposta filosófica de Bakhtin, discutida amplamente em PFA<strong><em>,</em></strong> e dialogaremos com uma das formas de agir do sujeito no mundo – o trabalho –, sendo tal atividade situada e o sujeito de linguagem parte essencial desta (PORTO, 2011). Nossas discussões se desenvolvem no decurso de três seções: i) Ato, singularidade, responsabilidade: dialogando com o advento da Ergonomia; ii) Ética material e ética formal: dialogando com o trabalho prescrito, trabalho realizado e trabalho real; e iii) Filosofia primeira como filosofia do ato: dialogando com a linguagem e o trabalho. Em cada uma destas, trataremos de algumas reflexões de ordem mais geral empreendidas por Bakhtin em PFA e, em seguida, a partir dos conceitos discutidos, proporemos como delimitação observar possíveis convergências destes em um contexto mais específico: o do trabalho.&nbsp; A partir desse diálogo, concluímos que ao empreender uma aplicabilidade na vida concreta e, mais especificamente, na situação de trabalho, compreendemos que o ato de trabalho ético e responsável rompe as barreiras da obediência às prescrições, uma vez que o trabalhador apresenta uma consciência moral, está envolvido em um contexto sócio-histórico e cultural, age em relação ao outro e é um ser singular.&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;</p> <p>&nbsp;</p> 2024-01-07T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/revdia/article/view/15709 A questão da estrutura fenomenológica da consciência em Para uma filosofia do ato, de Mikhail Bakhtin 2023-07-11T18:58:30+00:00 Fábio Luiz de Castro Dias castrodias.f.l@gmail.com Marco Antonio Villarta-Neder villarta.marco@ufla.br <p>Este artigo, fruto dos nossos mais recentes debates em nosso grupo de pesquisa, busca discutir teoricamente uma das mais importantes relações filosóficas mantidas pelo filósofo russo Mikhail M. Bakhtin [1895-1975], aquela que, a nosso ver, Bakhtin estabeleceu de maneira criticamente dialógica com a fenomenologia transcendental de Edmund Husserl [1859-1938]. O nosso foco interpretativamente teórico incide sobre alguns dos aspectos fenomenológicos presentes no livro de Bakhtin, postumamente publicado, <em>Para uma filosofia do ato</em> (1993 [1986]). Mais especificamente, a nossa atenção está direcionada para o problema da consciência apresentado nessa obra. Discutimos como Bakhtin propôs o seu conceito de arquitetônica como uma definição sinteticamente epistêmica da <em>estrutura fenomenológica da consciência</em>. Também apresentamos como compreendemos o conceito de <em>ato responsável</em> como a versão bakhtiniana para o de <em>intencionalidade</em> da fenomenologia transcendental, enquanto uma proposta que, ao mesmo tempo, parece buscar distanciar-se do <em>transcendentalismo</em> de Husserl, ao principalmente tentar lidar com os problemas referentes à consciência e à condição dos entes humanos a partir de uma perspectiva historicamente cultural, segundo uma ética das relações humanas na história. Para realizarmos essa nossa discussão, seguimos especialmente as diretrizes analíticas de Brandist (2002) e de Sobral (2005; 2019). Inicialmente, partimos de uma breve especificação do problema da consciência na fenomenologia husserliana. Em seguida, dedicamo-nos a discutir as questões já mencionadas na referida obra do filósofo russo. Com este artigo, esperamos contribuir minimamente para os estudos bakhtinianos que procuram esclarecer tanto as múltiplas relações axiológicas e epistêmicas estabelecidas por Bakhtin, quanto os fundamentos epistemologicamente filosóficos da sua teoria.</p> 2024-01-07T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/revdia/article/view/15309 Prática de leitura e sua interface com linguística de texto e do dialogismo 2023-06-24T15:32:21+00:00 André Felipe Pereira DE SOUZA andre920530@gmail.com Lúcia Maria de Assis luciaassis@id.uff.br Ângela Francine Fuza angelafuza@uft.com.br <p>Este artigo apresenta alguns encaminhamentos teórico-metodológicos para o trabalho com a leitura. Ao figurar espaço no campo da LA, o presente estudo vai ao encontro do fomento à formação inicial e continuada dos professores do EF, tomando por base as contribuições da Linguística de Texto (KOCH, 2003; KOCH; ELIAS, 2016; CAVALCANTE, 2011; BENTES, 2012; SANTOS; CASTANHEIRA, 2021) e do Dialogismo (VOLÓCHINOV, 2017 [1929]; 2019 [1926]; 2013; BAKHTIN, 2011 [1979]; MEDVIÉDEV, 2019 [1928]), a que este trabalho está ancorado teoricamente. No percurso metodológico, buscamos compreender como essas teorias linguísticas podem possibilitar o desenvolvimento das habilidades de leitura, a evidenciar a relação entre os elementos constitutivos do gênero discursivo crônica, marcado por um movimento responsivo social, permeado de vozes, de apreciações valorativas e de marcadores linguísticos. Dessa forma, a finalidade da proposta é auxiliar professores em formação inicial e continuada a pensar como a materialidade linguística pode contribuir para o trabalho da dimensão social e verbal do gênero (RODRIGUES, 2001) e a compreensão dos sentidos produzidos durante essa prática discursiva de leitura.</p> 2024-01-07T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/revdia/article/view/15924 Análise cronotópica de dois anúncio publicitários (1956 e 2019) da marca de cerveja Budweiser. 2023-10-29T11:24:33+00:00 Francisco Cleyton de Oliveira Paes cleytonpaes@gmail.com Gustavo Henrique Viana Lopes gustavohenriquel@alu.ufc.br Samya Semião Freitas samyafreitas@gmail.com <p>Este artigo tem como objetivo analisar a construção da imagem da mulher em peças publicitárias da Budweiser publicadas em dois cronotopos distintos. Para tanto, selecionamos um anúncio dessa marca veiculado na mídia em 1956, e outro em 2019. A seleção desse corpus deu-se pela semelhança estética entre os dois anúncios, sendo que o de 2019 é uma resposta ao de 1956 e apresenta uma nova forma de ver a mulher. Na análise, constatamos que, apesar de semelhantes, os anúncios apresentam valorações diferentes. Enquanto o primeiro anúncio mostra uma mulher subserviente ao homem, o segundo traz a representação da figura feminina como independente e livre para fazer suas escolhas. Ambos os anúncios apresentam características sociais típicas dos seus cronotopos, além de que, em um movimento responsivo, o segundo anúncio atualiza a concepção da marca a respeito do papel da mulher na sociedade atual, enxergando-a como uma potencial consumidora do seu produto, pensamento pouco ou não aceitável para os anos 1950.&nbsp; Nota-se, ainda, que o anunciante buscou enfatizar a transformação nas apreciações valorativas percebidas nos enunciados, já que o enunciador, ao produzir o anúncio de 2019, optou pela manutenção da estrutura composicional e do estilo verificados no anúncio de 1956.</p> <p>&nbsp;</p> 2024-01-07T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/revdia/article/view/16007 Entre luto e ativismo: um (des) encontro de cronotopos no filme Orações para Bobby (2009) 2023-11-14T17:24:46+00:00 Bibiana Rezende bibianjo@hotmail.com <p>Baseado em fatos reais, o telefilme Orações para Bobby (2009), dirigido por Russell Mulcahy e produzido pelo canal de TV norte-americano Lifetime ocorre em Walnut Creek, Califórnia, próximo a São Francisco, retomando os anos de 1980 retrata a história de Mary Griffith, interpretada por Sigourney Weaver e de seu filho homossexual Bobby Griffith, atuado por Ryan Kelley. &nbsp;No primeiro momento, temos Mary Griffith uma mulher evangélica que abomina a homossexualidade. No segundo momento, após a "revelação" de Bobby e as frustradas tentativas de cura, Bobby se suicida. &nbsp;Após o suicídio de Bobby, Mary percebe que seu filho não havia escolhido ser gay, e a partir de então passa a frequentar a associação de Pais, Família e Amigos de Lésbicas e Gays (PFLAG), tornando-se uma ativista em favor das causas defendida pela Comunidade LGBTQIAPN+ A partir disso, pretendemos analisar, por meio da linguagem verbivocovisual, a relação espaço-temporal, que parece, no primeiro momento distanciarem entre si, entretanto, observando mais de perto, julgamos complementares. Se, por um lado, temos o cronotopo do (des)encontro, representado pela ponte/viaduto, local onde ocorreu o suicídio de Bobby, por outro, temos o cronotopo da estrada/rua, lugar onde diferentes pessoas se reúnem a fim de celebrar em São Francisco a Parada do Orgulho Gay. Acreditamos que tais cronotopos estão entre si dialogicamente relacionados. Portanto, ancoramos no conceito de verbivocovisualidade, cunhado por Luciane de Paula e, principalmente, na concepção de cronotopo, desenvolvida por Bakhtin.</p> 2024-01-07T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/revdia/article/view/15948 Bakhtin, alteridade e ensino 2023-11-14T16:46:48+00:00 Eduardo da Silva Moll eduardosilva.moll@gmail.com Maria da Glória Corrêa di Fanti gloria.difanti@pucrs.br Cláudio Primo Delanoy claudio.delanoy@pucrs.br <div> <p class="Contedodoquadro"><span lang="PT-BR">Em <em>Questões de estilística no ensino da língua</em>, Bakhtin (2013) relata uma experiência de ensino de russo com alunos do ensino médio, mobilizando um arcabouço teórico-metodológico compartilhado com o Círculo, que contempla aspectos filosóficos e formativos de base alteritária, responsiva, criativa e autoral. Em articulação com fundamentos filosóficos de pedagogias alinhadas ao dialogismo, este artigo objetiva discutir posturas pedagógicas registradas na obra em foco, visando a ponderar sobre o lugar e a produtividade da alteridade em pedagogias dialogicamente orientadas. Para isso, realizamos uma pesquisa bibliográfica sobre o pensamento bakhtiniano e o ensino, dialogando com diferentes pesquisadores desde as lentes da filosofia alteritária. Em seguida, estabelecemos relações dialógicas entre os escritos sobre dialogismo e ensino e refletimos sobre recortes discursivos da obra citada. No conjunto da investigação, identificamos três metas pedagógicas que, </span><span lang="PT-BR">de modo mais ou menos aparente</span><span lang="PT-BR">, trabalham a relação eu-outro no ensino de língua(s): a recusa ao escolasticismo, animando o (re)encontro com o ser expressivo e falante corporificado na linguagem; o desenvolvimento da autoria no e pelo encontro com sujeitos e enunciados; e, por fim, a prática da escuta alteritária. </span></p> </div> 2024-01-07T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/revdia/article/view/15984 A Educação Dialógica Alteritária para uma prática de ativismo docente responsável 2023-07-23T12:55:33+00:00 Marcos Roberto dos Santos Amaral mdmrsamaral@gmail.com Adail Ubirajara Sobral adail.sobral@gmail.com <p>Levantamos algumas questões sobre como os alunos podem assumir um papel ativo no planejamento e realização das aulas, a partir da noção de Educação Dialógica Alteritária (SOBRAL; GIACOMELLI, 2020) que se orienta para a formação de um sujeito crítico que assume seu compromisso ético de respeito da diferença, enquanto constitutividade das relações no/do/pelo mundo, bem como&nbsp; para afirmar práticas de Escuta Alteritária (SOBRAL; GIACOMELLI, 2020), com a qual se reconhece o outro como sujeito singular coparticipante de uma interação, respeitando sua maneira específica de ser, e buscando provocar respostas, também, alteritárias (SOBRAL; GIACOMELLI, 2020). Orientamos nossas ponderações, discutindo diversas compreensões dos papéis da escola, de professores e de alunos. Enfim, pretendemos destacar que a organização das aulas com a coparticipação responsável dos alunos está relacionada a atos éticos de autoconhecimento e de compreensão das singularidades do outro, como poder participar ativamente de processos decisórios dos destinos de sua vida; reflexões críticas sobre a tensa relação entre escola e outras instituições; e engajamentos em favor da “qualidade de vida” nas salas de aula e na sociedade em geral.</p> 2024-01-07T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/revdia/article/view/16901 Enunciado multimodal e desenvolvimento da leitura/escrita autoral 2023-12-27T13:58:27+00:00 Sandra Mara Moraes Lima sandra.lima18@unifesp.br <div> <p class="Contedodoquadro">O trabalho tem como finalidade propor reflexões para subsidiar a prática em sala de aula no que diz respeito ao desenvolvimento da leitura/escrita de língua portuguesa na educação básica. O principal fundamento teórico é do Círculo bakhtiniano e pretende considerar o letramento em enunciado multimodal, tomando como ponto de partida o gênero discursivo. Ainda traz o pensamento de Paulo Freire acerca do ensino/aprendizagem e da leitura/escrita, o que está em consonância com o pressuposto baktiniano. Nesse contexto, a concepção de leitura/escrita é a de comportamentos responsivos em que há necessariamente a presença de um sujeito socialmente situado. O intuito é perseguir uma metodologia de ensino/aprendizagem de língua que promova um assenhoreamento do sujeito. Nessa direção, é pertinente uma estratégia que direcione necessariamente para a conscientização de que ser/estar na linguagem significa dar respostas, ocupar um lugar. A proposta é, a partir da noção de autoria, gênero discursivo e multiletramentos, refletir acerca da possibilidade de atividades práticas de sala de aula, considerando determinados enunciados, sobretudo os que circulam na internet. Para tanto, descrevemos e procedemos a breve análise de dois enunciados concretos, um eminentemente multimodal, que circula na web, e um poema da literatura canônica brasileira.</p> </div> 2024-01-07T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/revdia/article/view/15367 Leituras e vozes docentes: um encontro entre Mikhail Bakhtin e Machado de Assis na sala de aula 2023-11-14T17:17:09+00:00 Marcela Alvarenga Toniato Cora maatcora@gmail.com Letícia Queiroz de Carvalho leticiaqc@hotmail.com <p>O texto em tela apresenta um recorte da pesquisa “O ensino de literatura e as vozes docentes: diálogos com Machado de Assis no grande tempo”, desenvolvida na linha de formação de professores, do Mestrado Profissional em Ensino de Humanidades (PPGEH), do Instituto Federal do Espírito Santo – campus Vitória, cujo objetivo nuclear é investigar o ensino de Literatura e a formação de professores, na perspectiva das narrativas docentes sob a ótica bakhtiniana em práticas de leitura na formação continuada da área de Letras. Elaboradas a partir das experiências de leitura com professores de Português da Educação Básica da rede de ensino capixaba, as narrativas docentes fizeram-se presentes a partir de interações verbais decorrentes de uma das oficinas propostas em nossa prática interventiva, em que discutimos o conto de Machado de Assis, “Conto de Escola”, inserida em uma pesquisa qualitativa de base dialógica. Nesta abordagem, pudemos ouvir e refletir as experiências dos professores em seus êxitos e em seus desafios na sala de aula, de modo a discutir as contribuições do conto machadiano e da tradição literária para as práticas do ensino de literatura.</p> 2024-01-07T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/revdia/article/view/15922 Arquitetônica bakhtiniana na escrita de fanfic a partir do conto machadiano 2023-11-15T18:59:43+00:00 Regiani Leal Dalla Martha Couto regianicouto@gmail.com Simone de Jesus Padilha simonejp1@gmail.com <p>Este estudo está ancorado pelo princípio dialógico bakhtiniano e trata-se de um recorte da pesquisa de doutorado em andamento, cujo objetivo é analisar como o aluno se constitui autor na escrita de <em>fanfic</em> a partir do conto machadiano. Para este artigo, escolhemos, aleatoriamente, uma <em>fanfic </em>do nosso <em>corpus</em> de pesquisa para a analisá-la à luz da arquitetônica bakhtiniana, com fundamentação nas obras de Bakhtin e o Círculo (BAKHTIN, 2011; 2014; 2017; 2023), (VOLÓCHINOV, 2017). A narrativa foi produzida por uma aluna do Ensino Médio do IFRO – Instituto Federal de Rondônia, <em>Campus</em> Ji-Paraná. As <em>Fanfics, </em>ou narrativas de fãs, são produzidas a partir do desejo de dar continuidade, alterar, ressignificar, entre outros a história original. Aqui a autora-criadora dialogou com o conto “O caso da vara” de Machado de Assis para produzir a <em>fanfic</em> “Confronto inesperado”. Em resposta ao conto canônico, a autora criadora, ao elaborar seu enunciado, assume sua posição axiológica e imprime sua assinatura na narrativa, demarcando sua autoria na <em>fanfic</em>. Nosso viés de análise observou os percursos da arquitetônica perseguida pela autora-criadora em seu projeto de dizer, em que destacamos, também, as relações dialógicas estabelecidas entre o contexto cronotópico do século XIX e o contemporâneo, a fim de marcar a posição axiológica dos autores em cotejo, no caso Machado de Assis e autora-criadora. No processo arquitetônico de autoria ampliada, a autora foi coautora, contempladora do conto para se tornar autora da <em>fanfic</em>.</p> 2024-01-07T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/revdia/article/view/15925 O que as narrativas das professoras da École Maternalle nos dizem sobre o ensino da língua materna 2023-11-14T17:12:43+00:00 Fabiana Aparecida dos Reis fabianareis77@gmail.com Milena Moretto milena.moretto@yahoo.com.br <p class="EduFocoTextoResumo"><span style="font-family: 'Calisto MT',serif;">O presente artigo traz um recorte dos dados analisados em uma pesquisa de Mestrado em que se objetivou analisar o que as professoras francesas priorizavam em relação ao ensino da língua materna com crianças de quatro anos. O contato com uma escola de Educação Infantil francesa motivou o interesse em realizar uma pesquisa nesse território para entender melhor como o ensino da língua ocorre nesse contexto. Assim, esse texto tem como objetivos específicos: 1) identificar as concepções de ensino da língua das professoras e 2) buscar indícios de como as depoentes compreendem o conceito de língua, a partir de suas narrativas. Pautando-nos na perspectiva enunciativo-discursiva, em autores que discutem sobre linguagem e ensino, bem como nas considerações dos Novos Estudos, foram realizadas entrevistas narrativas com duas professoras que lecionam em duas escolas públicas localizadas em Paris. A análise dialógico-discursiva realizada evidencia o olhar das docentes para o ensino da língua – notadamente, o falar e o escrever corretamente o idioma francês, para que assim, todas as crianças – sejam elas francesas ou imigrantes - possam ser inseridas no contexto social.</span></p> 2024-01-07T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/revdia/article/view/15748 As valorações a respeito do conceito Inglês Língua Franca em uma interação na rede social Instagram 2023-07-26T15:16:35+00:00 Rafael Lira Gomes Bastos rafael.lira.gomes@hotmail.com Alisson Gomes de Araújo alissongomes89@gmail.com <p>Neste artigo, verificamos as valorações em torno do conceito de Inglês Língua Franca (ILF) em uma interação na rede social <em>Instagram</em>. Para tanto, por meio do aporte teórico-metodológico da Análise Dialógica do Discurso, foi analisada uma postagem da página <em>Inglesemneura</em> com uma sequência de oito comentários. Levamos em consideração na análise, especificamente, as experiências de vida compartilhadas pelos comentários de quem vive/viveu em um país de língua inglesa como balizadoras da forma como o autor do enunciado se posiciona em relação ao objeto de discurso. Os resultados apontam para o entendimento de que o ILF é uma realidade em grandes cidades de países de língua inglesa, mas que pode ser uma prática social desvalorizada em ambientes mais formais. Pronúncia/sotaque e gramática fora do padrão nativo são os aspectos ressaltados por quem avalia negativamente o ILF, enquanto a comunicação é o aspecto posto em evidência por aqueles que o avaliam positivamente.</p> 2024-01-07T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/revdia/article/view/15730 Na direção do desejo feminino: 2023-07-24T13:29:04+00:00 Gilvando Alves de Oliveira gilvando.alves@ufrn.br Matheus Silva de Souza matheu-srn@hotmail.com Júlia Dayane Ribeiro da Costa julia.costa.067@ufrn.edu.br Renata Karolyne Gomes Coutinho renata.kgc@gmail.com <p>Adelaide Carraro e Cassandra Rios, as escritoras malditas do século XX (PEIXOTO; CARRARO; RIOS, 1969), cujas obras foram produzidas durante o regime ditatorial brasileiro (1964-1985), firmaram-se como um fenômeno literário nesse contexto (REIMÃO, 2011; AMARAL, 2017), sendo responsáveis, ainda que perseguidas e proibidas, pela escrita de inúmeros romances ancorados na expressão da liberdade das mulheres. Diante disso, objetivamos analisar, com base nas postulações do Círculo de Bakhtin (2011a, 2011b, 2011c, 2014, 2015, 2017a, 2017b, 2019), as obras Fogo (Só Para Homens), de Carraro, e A Paranóica, de Rios, de modo a identificar as marcas discursivas da manifestação do desejo de duas personagens e a averiguar como a enunciação delas se relaciona com o contexto representado da sociedade da época em que estão inseridas nos romances. Considerando a conjuntura da produção dos enunciados analisados, a partir do pensamento de Bakhtin (2015), notam-se embates discursivos nos quais as personagens assumem “vozes sociais” atuantes como “forças centrífugas”,</p> 2024-01-07T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/revdia/article/view/15754 O cronotopo bakhtiniano e a entextualização na análise do discurso jurídico 2023-08-29T19:02:41+00:00 Deise Ferreira Viana de Castro deise.castro@ucp.br <p>O conceito de cronotopo de Bakhtin (1981), que engloba relações de conectividade intrínseca entre espaço e tempo é o foco deste trabalho. Embora o autor tenha apresentado tal conceito em relação a estudos literários, é imprescindível considerar que a experiência dos significados em qualquer área de conhecimento e em qualquer situação narrativa em que o indivíduo se encontre se dá por relações espaço-temporais. A vida social é uma sequência de situações definidas cronotopicamente, através das quais nos movimentamos continuamente, adaptando e ajustando nossas identidades e modos de conduta nas interações com o outro. Segundo Blommaert (2018), o cronotopo envolve história, cultura, sociedade e língua, e vai além da definição de contexto por apresentar uma estrutura mais ampla. Assim, neste artigo, abordamos a teoria bakhtiniana, os contextos e os cronotopos jurídicos (VALVERDE, 2015), buscando entendimentos sobre como as interações por meio da linguagem específica desse meio são performadas pelos mais diversos interlocutores que fazem parte de um processo judicial, desde o réu, passando pelo Ministério Público e por um representante legal, até o magistrado que vai proferir uma sentença tomando como base suas leituras sobre o enredo do processo, suas traduções, entextualizações (BAUMAN E BRIGGS, 1990; BRIGGS 2007; ERLICH, 2015) e retextualizações.</p> 2024-01-07T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/revdia/article/view/15592 “Deslocamentos pela margem”: o funcionamento da memória e os efeitos de sentidos produzidos no/pelo museu paranaense sobre as mulheres 2023-09-25T18:47:40+00:00 Josiele Zevierzecoski josiele2711@gmail.com Maria Claeci Venturini mariacleciventurini@gmail.com Marilda Lachovski lachovskimarilda@gmail.com <p>O museu, pelo senso comum, é significado como um lugar que abriga o passado por memórias que regulam o presente. Entretanto, na perspectiva da Análise de Discurso entendemos o museu como lugar do funcionamento da memória discursiva, esta que não é a lembrança social, nem psicológica, mas que produz efeitos de sentidos e ressoa no presente e, por isso, significa a cidade e os sujeitos inscritos nesse espaço. A partir disso, neste este artigo, elegemos o Museu Paranaense para compreender como este lugar de memória constitui sentidos sobre o sujeito-mulher no espaço urbano. Tomamos como observatório a exposição “Nosso estado: Vento e/em Movimento” que abarca a mesa redonda intitulada “Deslocamentos pela margem”. Essa amostra faz parte das comemorações do dia internacional da mulher. Trata-se de uma exposição das mulheres membros da Associação das Mulheres Produtoras de Cataia da Barra de Ararapira (Guaraqueçaba). A questão a ser respondia é: como o sujeito mulher é constituído e significado, pelo funcionamento da memória, pelo/no Museu no espaço urbano?</p> 2024-01-07T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/revdia/article/view/16299 Português Língua de Acolhimento? 2023-12-28T11:12:38+00:00 Gustavo André de Souza Morais gustavoandrem@outlook.com Alan Ricardo Costa alan.dan.ricardo@gmail.com Marcus Vinícius da Silva marcus.silva@ufrr.br <p>No presente artigo, propomos levar debates atuais atrelados ao conceito de Português como Língua de Acolhimento (PLAc) para o âmbito das universidades, haja vista ser fundamental compreender as dinâmicas e as relações de poder subjacentes ao acolhimento (ou à falta dele) no cenário formativo dos cursos de Letras. Nosso objetivo geral é analisar o processo de formação docente e os desafios no meio acadêmico vivenciados por imigrantes guianenses em cursos de licenciatura em Letras de universidades de Boa Vista, Roraima. Os objetivos específicos são: (1) analisar os processos de aprendizagem de Português Brasileiro (PB) e de formação docente à luz do conceito de PLAc; e (2) investigar os desafios encontrados no ambiente acadêmico dos cursos de Letras por parte de guianenses. O referencial teórico deste texto é composto por trabalhos da área de Linguística Aplicada que versam sobre Português Língua Adicional (PLA) e PLAc, mais especificamente. Em termos metodológicos, trata-se de um estudo de caso, de abordagem qualitativa, cujo instrumento de geração de dados foi a entrevista semiestruturada, realizada individualmente com três mulheres guianenses que residem em Boa Vista-RR. Os resultados indicam que: (i) o primeiro ano em um novo país é o mais desafiador, sobretudo em função das dificuldades com o PB; (ii) representações sobre a Língua Inglesa (LI) perpassam a formação docente; e (iii) o papel do docente nos cursos de Letras, enquanto professor formador de outros docentes, é central nas práticas de acolhimento, e tem relação com questões de poder e afetividade.</p> 2024-01-07T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/revdia/article/view/14105 Autorretrato: no dicionário, na arte, na poesia 2023-01-17T12:24:16+00:00 Teresa Jorge Ferreira teresajorgeferreira@gmail.com <p style="font-weight: 400;">Ao estudar o autorretrato na poesia, um dos aspetos mais relevantes é a pesquisa dos sentidos da própria palavra “autorretrato” (anteriormente, auto-retrato”) e das formas como o vocábulo é apresentado nas obras poéticas. Este artigo reflete sobre as aceções contempladas na dicionarização do termo, ao mesmo tempo que explora a história da prática autorretratística. Verifica-se que, na linha de uma tradição antiga, é no século XX que a palavra “autorretrato” inicia e expande a sua presença na poesia portuguesa e também de língua portuguesa, na mesma altura em que é dicionarizada.&nbsp;</p> 2024-01-07T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024