A revisão do feminino no rap como resistência discursiva
Palavras-chave:
Rap. Hip Hop. Performance. Feminismo. Oralidade.Resumo
O rap nasceu dentro do movimento de subversão do hip hop. Com a ascensão de rappers mulheres questões femininas passaram a fazer parte das temáticas subversivas do ritmo, como sexualidade e opressão da mulher. A partir da música Sandália, da rapper Karol Conka, com o embasamento da Dialética-Relacional (FAIRCLOUGH, 2009), e da Análise Crítica do Discurso Musical (VAN LEEUWEN, 2012), e com a contribuição dos estudos de gênero (BUTLER; BOURDIEU), este trabalho tem como objetivo identificar como o rap de Conka pode demonstrar a constituição discursiva de gênero na distribuição de poder nas estruturas sociais a fim de subverte-la.
Referências
ANUÁRIO BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. 12º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Disponível em: <http://www.forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2019/02/Anuario-2019-v6-infogr%C3%A1fico-atualizado.pdf> Acesso em: 15 dez. 2018.
BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. 11 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2012.
BUTLER, Judith. Os atos performativos e a constituição do gênero: um ensaio sobre fenomenologia e teoria feminista. Cadernos de leituras, 1988. Disponível em: <http://chaodafeira.com/wp-content/uploads/2018/06/caderno_de_leituras_n.78-final.pdf> Acesso em: 01 dez. 2018.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
CAMARGO, Wagner Xavier; KESSLER, Cláudia Samuel. Além do masculino/feminino: gênero, sexualidade, tecnologia e performance no esporte sob perspectiva crítica. Horizontes antropológicos [online]. 2017, vol.23, n.47, pp.191-225. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0104-71832017000100191&lng=en&nrm=iso&tlng=pt> Acesso em:28 fev. 2019.
COSTA, Ana Alice Alcântara. O movimento feminista no Brasil: dinâmicas de uma intervenção política. In: Revista Labrys, Estudos Feministas, v. 7. Brasília, 2005.
FAIRCLOUGH, Norman. Discurso e mudança social (1992). 2 ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2001.
____________.A dialectical-relational approach to critical discourse analysis in social research.in: WODAK, Ruth; MEYER, Michael. 2 ed. Methods of Critical Discourse Analysis London: Sage, 2009.
______________.Microfísica do poder. 8. ed. Rio de Janeiro: Graal, 1989.
______________. A arqueologia do saber. 7ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2008.
______________. A Ordem do Discurso. 19.ed. São Paulo: Edições Loyola, 2009.
IBGE. Estatísticas de Gênero: Indicadores sociais das mulheres no Brasil. Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/estatisticas-novoportal/multidominio/genero/20163-estatisticas-de-genero-indicadores-sociais-das-mulheres-no-brasil.html?=&t=sobre> Acesso em: 15 dez. 2018.
MATSUNAGA, Priscila Saemi. As representações sociais da mulher no movimento hip hop. Psicologia Social [online]. 2008, vol.20, n.1, pp.108-116. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/psoc/v20n1/a12v20n1> Acesso em: 18 dez. 2018.
MINISTÉRIO DA MULHER DA FAMÍLIA E DOS DIREITOS HUMANOS. Central de Atendimento à Mulher - ligue 180. Disponível em: <https://www.mdh.gov.br/informacao-ao-cidadao/ouvidoria/RelatrioGeral2017.pdf> Acesso em: 15 dez. 2018.
RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala? Coleção Feminismos Plurais, Belo
Horizonte: Editora Letramento, 2017.
SCHUCMAN, Lia Vainer. Racismo e antirracismo: a categoria raça em questão. In Revista Psicologia Política, vol. 10, n. 19, p. 41-55, Belo Horizonte: UFMG, 2010. Disponível em: <http://www.fafich.ufmg.br/rpp/seer/ojs/viewarticle.php?id=204>Acessoem: 30 jan. 2019.
SENADO. Divisão de tarefas domésticas ainda é desigual no Brasil. Disponível em: <https://www12.senado.leg.br/noticias/especiais/especial-cidadania/divisao-de-tarefas-domesticas-ainda-e-desigual-no-brasil/divisao-de-tarefas-domesticas-ainda-e-desigual-no-brasil>Acessoem: 19 dez. 2018.
SENADO. Brasil é o país onde mais se assassina homossexuais no mundo. Disponível em: <https://www12.senado.leg.br/radio/1/noticia/brasil-e-o-pais-que-mais-mata-homossexuais-no-mundo>Acessoem: 19 dez. 2018b.
VAN LEEUWEN, Theo. The critical analysis of musical discourse. Critical Discourse Studies, p. 319-328, 2012.Disponívelem: <https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/17405904.2012.713204>Acessoem:15 mar. 2019.
VASCONCELOS, Marilena Silva; HOLANDA, Viviane Rolim; ALBUQUERQUE, Thaíse Torres. Perfil do agressor e fatores associados à violência contra mulheres. in Revista Cogitare Enfermagem (online). n. 1. v. 21. Curitiba: UFPR, 2016. Disponível em <https://revistas.ufpr.br/cogitare/article/view/41960> Acesso em 15 mar. 2019.
WAISELFISZ, Julio Jacobo. Mapa da Violência: Homicídio de Mulheres no Brasil. Brasília: FLACSO, 2015. Disponível em: <https://www.mapadaviolencia.org.br/pdf2015/MapaViolencia_2015_mulheres.pdf> Acesso em: 19 dez. 2018.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.