QUALIDADE PÓS-COLHEITA DE CLONES DE UMÊ CULTIVADOS EM JUNDIAÍ-SP

Autores

  • Rogério Lopes Vieites vieites@fca.unesp.br
    FCA/UNESP
  • Erika Fujita erikafujita79@hotmail.com
    FCA/UNESP pos doutoranda
  • Veridiana Zocoler de Mendonça veridianazm@yahoo.com.br
    FCA/UNESP
  • Karina Aparecida Furlaneto karina_furlaneto@globo.com
    FCA/UNESP
  • Priscilla Karin Caetano prikarim@gmail.com
    FCA/UNESP
  • Juliana Arruda Ramos ju.a.ramos@globo.com
    FCA/UNESP
  • Érica Regina Daiuto erdaiuto@uol.com.br
    Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA/UNESP-Botucatu)

DOI:

10.31413/nativa.v4i6.3706

Resumo

O umê é um fruto pouco conhecido dos brasileiros, mas muito consumido nos países asiáticos. Há diversos clones desta frutífera que podem apresentam diferentes características pós-colheita, assim o objetivo desta pesquisa foi avaliar a diversidade de clones de umê quanto a atributos pós-colheita. Foram avaliados cinco clones de umê denominados 3, 6, 13, 15 e XVII, originário do Centro de Frutas do Instituto Agronômico (IAC), em Jundiaí (SP). Os frutos de cada clone foram embalados em bandejas de PVC recobertas com filme plástico e armazenados sob refrigeração (8 ± 1ºC e 85 ± 5% UR) durante 21 dias, sendo coletadas três amostras com 21 frutas de cada clone e avaliados quanto a perda de massa, rendimento de polpa, taxa respiratória, sólidos solúveis, acidez titulável, pH e ácido ascórbico. O delineamento foi inteiramente casualizado em esquema fatorial, seguido do teste de Tukey com nível de significância de 5%. Verificou-se que os frutos dos diferentes clones mostraram baixa perda de massa, inferior a 1,5% e alto rendimento de polpa, superior a 65%. O clone 3 apresentou menor atividade respiratória, o clone 6 menores valores de acidez titulável, os clones 13 e XVII maior teor de sólidos solúveis e o clone 15 maior teor de ácido ascórbico.

Palavras-chave: Prunus mume, físico-química, armazenamento refrigerado, diversidade genética.

 

QUALITY UME CLONES POST-HARVEST IN CULTIVATED JUNDIAÍ – SP, BRAZIL

 

ABSTRACT

The ume is a fruit little known Brazilians, but widely consumed in Asian countries. There are several clones of this fruit that may have different post-harvest characteristics, so the aim of this study was to evaluate the diversity of ume clones as postharvest attributes. We evaluated five ume clones named 3, 6, 13, 15 and XVII, originating in the Instituto Agronômico de Campinas (IAC), in Jundiaí (SP). The fruits of each clone were packed in coated PVC trays with plastic films stored under refrigeration (8 ± 1° C and 85 ± 5% RH) for 21 days, and collected three samples of 21 fruits of each clone and evaluated for loss mass, pulp yield, respiratory rate, soluble solids, titratable acidity, pH and ascorbic acid. The design was completely randomized in a factorial design, followed by the Tukey test at 5% significance level. It was found that fruits of different clones showed low weight loss of less than 1.5% pulp yield and high, exceeding 65%. Clone 3 had lower respiratory activity, the clone 6 lower acidity values, clones 13 and XVII higher soluble solids and the 15 largest clone ascorbic acid content.

Keywords: Prunus mume, physical-chemistry, refrigerate storage, genetic diversity.

 

DOI: http://dx.doi.org/10.14583/2318-7670.v04n06a07

Biografia do Autor

Rogério Lopes Vieites, FCA/UNESP

Prof. Titular Curso Horticultura, FCA/UNESP

Area Fisiologia Pós Colheita e processamento de frutas e hortaliças

Erika Fujita, FCA/UNESP pos doutoranda

Engenheira Agronoma

Veridiana Zocoler de Mendonça, FCA/UNESP

Eng Agronoma doutoranda FCA/UNESP

Karina Aparecida Furlaneto, FCA/UNESP

Eng Agronoma doutoranda FCA/UNESP

Priscilla Karin Caetano, FCA/UNESP

Biologa, doutora pelo Curso Energia na Agricultura

Juliana Arruda Ramos, FCA/UNESP

Nutricionista , doutoranda FCA/UNESP

Érica Regina Daiuto, Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA/UNESP-Botucatu)

 

Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (1997), mestrado em Agronomia (Horticultura) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2000) e doutorado em Agronomia (Energia na Agricultura) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2005).  Atualmente é docente no curso de Especialização em Ciência e Tecnologia de Alimentos da UNESP/Botucatu, curso de pós-graduação Lato Sensu, e pós- doutoranda na Faculdade de Ciências Agronômicas (UNESP/Botucatu) no curso de Horticultura. Possui experiência na área de Agronegócio e Ciência e Tecnologia de Alimentos, atuando principalmente nos seguintes temas: amido, aplicação de amido de em alimentos, amidos de diferentes fontes amiláceas, mandioca, pós-colheita e processamento de frutas e hortaliças, desidratação por atomização com uso de suportes amiláceos, conservação e processamento de alimentos e desenvolvimento de produtos.

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Publicado

2016-12-22

Como Citar

Vieites, R. L., Fujita, E., Mendonça, V. Z. de, Furlaneto, K. A., Caetano, P. K., Ramos, J. A., & Daiuto, Érica R. (2016). QUALIDADE PÓS-COLHEITA DE CLONES DE UMÊ CULTIVADOS EM JUNDIAÍ-SP. Nativa, 4(6), 386–391. https://doi.org/10.31413/nativa.v4i6.3706

Edição

Seção

Artigos Científicos / Original research

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