ELABORAÇÃO E ACEITABILIDADE DA GELEIA CONVENCIONAL E LIGHT DE MANÁ CUBIU

Autores

  • Karina Aparecida Furlaneto karina_furlaneto@globo.com
    FCA/UNESP
  • Juliana Arruda Ramos ju.a.ramos@globo.com
    FCA/UNESP
  • Érica Regina Daiuto erdaiuto@uol.com.br
    Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA/UNESP-Botucatu)
  • Rogério Lopes Vieites vieites@fca.unesp.br
    FCA/UNESP
  • Lidia Raquel de Carvalho lidiarc@ibb.unesp.br
    Instituto de Biociências /UNESP Botucatu

DOI:

https://doi.org/10.31413/nativa.v3i4.2525


Resumo

O objetivo deste trabalho foi elaborar e avaliar sensorialmente a geleia light de maná cubiu formulada com diferentes concentrações de sucralose. Foram utilizados frutos de maná cubiu, adquiridos em uma produção comercial, no interior de São Paulo, na Região do Vale do Ribeira. Os frutos foram lavados, higienizados com hipoclorito de sódio, seguido de enxague, descasque e retirada da semente. Realizou-se o branqueamento a 90°C por 5 minutos e triturou-se em liquidificador industrial. A polpa foi acondicionada em sacos de polietileno e armazenada em freezer, para posterior elaboração da geleia. As geleias foram preparadas com uma concentração de 60:40 (polpa:açúcar cristal) para a convencional e 60:40 (polpa:açúcar cristal + sucralose) para as geleias light. Para que ocorresse a geleificação das mesmas, foi utilizada pectina cítrica. A geleia foi envasada à quente em embalagens de vidro com capacidade para 320g, previamente esterilizadas fechadas e invertidas. Após o envase as geleias foram resfriadas naturalmente e estocados à temperatura ambiente. Nas geleias foi feita análise microbiológica e sensorial, durante o período de armazenamento de 120 dias. Foi realizada a análise de variância no delineamento inteiramente casualizado, esquema fatorial com dois fatores, seguida do teste de Tukey (1% de probabilidade) para comparações múltiplas. Os resultados das geleias não apresentaram nenhum tipo de contaminação microbiológica até os 120 dias de armazenamento, apresentando-se, em condições sanitárias satisfatórias. A Geleia Light 2 (60% polpa + 28% sacarose + 12% sucralose) foi a mais aceita para os atributos sensoriais avaliados e para intenção de compra.

Palavra-chave: Solanum sessiliflorum Dunal, processamento, análise sensorial, sucralose.

 

PREPARATION AND ACCEPTABILITY OF THE CONVENTIONAL AND LIGHT MANÁ CUBIU JELLY

 

ABSTRACT

The objective of this study was to develop and evaluate the sensory light jelly of maná cubiu formulated with different concentrations of sucralose. Fruit maná cubiu were used, purchased from a commercial production, in São Paulo, the region of Vale do Ribeira. The fruits were washed, sanitized with sodium hypochlorite followed by rinse, peel and seed the withdrawal. Bleaching was carried out at 90 ° C for 5 minutes and triturated in industrial blender. The pulp was packed in polyethylene bags and stored in freezer for later development of jelly. The jams were prepared with a concentration of 60:40 (pulp crystallized sugar) for conventional and 60:40 (pulp: Crystal sugar + Sucralose) for light jellies. For gelation thereof occur, citrus pectin was used. The jelly was the bottled hot in glass containers with a capacity of 320g, pre-sterilized closed and inverted. After filling the jellies were naturally cooled and stored at room temperature. In the jellies was taken microbiological and sensory analysis for the storage period of 120 days. Analysis of variance was performed in a completely randomized design, factorial design with two factors, followed by Tukey's test (1% probability) for multiple comparisons. The results of the jams did not present any microbiological contamination until 120 days of storage, appearing in satisfactory sanitary conditions. The Light version 2, whose proportions were 60% pulp + 28% sucrose + 12% sucralose, it was the more accepts for the appraised sensorial attributes and for purchase intention.

Keywords: Solanum sessiliflorum Dunal, processing, sensorial analyse, sucralose.

 

DOI: http://dx.doi.org/10.14583/2318-7670.v03n04a09

Biografia do Autor

  • Karina Aparecida Furlaneto, FCA/UNESP
    Doutoranda FCA/UNESP
  • Juliana Arruda Ramos, FCA/UNESP
    Nutricionista, mestre no curso Energia na Agricultura da FCA/UNESP de Botucatu
  • Érica Regina Daiuto, Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA/UNESP-Botucatu)

     

    Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (1997), mestrado em Agronomia (Horticultura) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2000) e doutorado em Agronomia (Energia na Agricultura) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2005).  Atualmente é docente no curso de Especialização em Ciência e Tecnologia de Alimentos da UNESP/Botucatu, curso de pós-graduação Lato Sensu, e pós- doutoranda na Faculdade de Ciências Agronômicas (UNESP/Botucatu) no curso de Horticultura. Possui experiência na área de Agronegócio e Ciência e Tecnologia de Alimentos, atuando principalmente nos seguintes temas: amido, aplicação de amido de em alimentos, amidos de diferentes fontes amiláceas, mandioca, pós-colheita e processamento de frutas e hortaliças, desidratação por atomização com uso de suportes amiláceos, conservação e processamento de alimentos e desenvolvimento de produtos.

  • Rogério Lopes Vieites, FCA/UNESP
    Prof Titular dep de Horticultura da FCA/UNESP, área Pós colheita e Processamento de Frutas e Hortaliças
  • Lidia Raquel de Carvalho, Instituto de Biociências /UNESP Botucatu
    Profa. Doutora Dep. de Bioestatistica

Referências

BRASIL. Resolução da Comissão Nacional de Normas e Padrões para Alimentos - CNNPA n. 12, de 24 de julho de 1978.

BRASIL. Regulamento Técnico de Padrões Microbiológicos Sanitários para Alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, 10 de janeiro de 2001.

BRASIL. Métodos físico-químicos para Análises de Alimentos. 4. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2005. 1018p. (Série A. Normas e Manuais técnicos).

FERREIRA R.M.A. et al. Processamento e conservação de geleia mista de Melancia e tamarindo. Revista Verde, v.5, n.3, p.59- 62, jul./set. 2010.

GRANADA, G.G. et al. Caracterização física, química, microbiológica e sensorial de geleias light de abacaxi. Ciência e Tecnologia de Alimentos, Caminas, v.25, n.4, p.629-635, out./dez. 2005.

HARRIGAN, W. F.; PARK, R.W.A. Making safe food: a managment guide for microbiological quality. London: Academic Press, 1991. 178p.

INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA (INPA). Maná Cubiu. Disponível em: <https://www.inpa.gov.br/cpca/areas/cubiu.html>. Acesso em set. 2014.

MALIK, A. et al. A Comparison of Artificial Sweeteners’ Stability in a Lime-Lemon Flavored Carbonated Beverage. Journal of Food Quality, Wastport, v.25, n.1, p.75-82, maio 2002.

NACHTIGALL, A. et al. Geleia Light de Hibisco: Características Físicas e Químicas. Alimentos e Nutrição, Araraquara, v.15, n.2, p.155-161, abr./jun. 2004.

OLIVEIRA, J. D. E.; MARCHINI, J. S. Ciências nutricionais. São Paulo: Sarvier, 2001. 42p.

SILVA FILHO, D.F. Cubiu (Solanum sessiliflorum Dunal: uma planta medicinal nativa da Amazônia em processo de seleção para o cultivo em Manaus, Amazonas, Brasil. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, Botucatu, v.5, n.2, p.65-70, abr./jun. 2003.

SILVA FILHO, D. F. et al. Caracterização e avaliação do potencial agronômico e nutricional de etnovariedades de cubiu (Solanum sessiliflorum Dunal) da Amazônia. Acta Amazônica, v.35, n.4, p.399-406, out./dez. 2005.

SILVA, N. et al. Manual de métodos de análise microbiológica de alimentos. 2. ed. São Paulo: Varela, 2001. 317p.

SPLENDA. Sucralose. São Paulo: Johnson & Johnson, 2000. 10p.

TEIXEIRA, E. et al. Análise sensorial dos alimentos, Florianópolis: UFSC, 1987. 182p.

VERMUNTO, S. H. F. et al. Effects of sugar intake on body weight: a review. Obesity Resiews, Orford, v.2, n.4, p.91-99, maio 2003.

YUYAMA, L.K.O. et al. Macro and micronutrients quantification of some cubiu ethnovarieties (Solanum sessiliflorum Dunal). Acta Amazônica, Manaus, v.37 n.3 p.425-430, jul./set. 2007.

YUYAMA, L.K.O. et al. Desenvolvimento e aceitabilidade de geléia dietética de cubiu (Solanum sessiliflorum Dunal). Ciência Tecnologia Alimentos, Campinas, v.28, n.4, p.929-934, out./dez. 2008.

Downloads

Publicado

2015-12-19

Edição

Seção

Notas Técnicas / Technical Notes

Como Citar

ELABORAÇÃO E ACEITABILIDADE DA GELEIA CONVENCIONAL E LIGHT DE MANÁ CUBIU. (2015). Nativa, 3(4), 276-280. https://doi.org/10.31413/nativa.v3i4.2525

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)