PREFERÊNCIA SENSORIAL DE COMPOTA E DOCE DE FRUTA EM CALDA ELABORADOS COM FIGO EM FUNÇÃO DO MODO DE PREPARO

Autores

  • Priscilla Kárim Caetano prikarim@gmail.com
    FCA/UNESP
  • Veridiana Zoocoler de Mendonça veridianazm@yahoo.com.br
    FCA/UNESP
  • Érica Regina Daiuto erdaiuto@uol.com.br
    Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA/UNESP-Botucatu)
  • Rogério Lopes Vieites vieites@fca.unesp.br
    FCA/UNESP

DOI:

10.31413/nativa.v3i3.2293

Resumo

Objetivou-se nesta pesquisa verificar a preferência sensorial entre compota e doce em calda de figo calda em função do modo de preparo. Foram realizados três tratamentos: compota de figo - tratamento térmico por 20 minutos, sem cozimento do fruto na calda (T1), doce de figo em calda - tratamento térmico dos frutos por 10 minutos e cozimento dos frutos na calda por 10 minutos (T2) e doce de figo em calda - sem tratamento térmico e cozimento do fruto na calda por 20 minutos (T3).  A calda utilizada nos três tratamentos foi de 25 oBrix. Os doces foram homogeneizados, fruta e calda, e avaliados quanto aos teores de sólidos solúveis (oBrix), potencial hidrogeniônico (pH) e acidez titulável (g de ácido cítrico.100g polpa-1). Amostras dos três tratamentos foram submetidas à avaliação sensorial por um grupo de 50 consumidores, não treinados, sem restrições quanto à idade, ao sexo e à frequência de consumo. Os valores de todos os atributos físico-químicos avaliados nesta pesquisa estão de acordo com a literatura e legislação para este tipo de produto. Para análise sensorial, o tratamento 2 obteve notas superiores aos outros tratamentos, demonstrando que o cozimento do figo em calda durante 10 minutos apresentou maior aceitabilidade dos provadores. Não foi constatada diferença em relação ao sexo na preferência pelo produto.

Palavra-chave: Ficus carica L., processamento, aceitabilidade.

 

SENSORIAL EVALUATION OF THE COMPOTE AND SWEET IN SYRUP ELABORATED WITH GREEN FIG

ABSTRACT:

The aim of this work was to verify the sensorial preference of the fig compote and sweet in syrup in function of preparation method. Three treatments were accomplished: fig compote - thermal treatment for 20 minutes and without cooking in the syrup (T1), sweet of fig - thermal treatment for 10 minutes and cooking in the syrup for 10 minutes (T2) and sweet of fig: without thermal treatment and cooking in the syrup for 20 minutes (T3). The sweets were homogenized, fruit and syrup, and evaluated for the soluble solids content (oBrix), hidrogenionic potential (pH) and titratable acidity (citric acid g .100g pulp-1. Samples of the three treatments were submitted to the sensorial evaluation by 50 consumers group of fruits that appreciate fig, compotes and sweet of fruits, without restrictions as for the age, to the sex and the consumption frequency. The values of all of the appraised physiochemical attributes in this research are in agreement with the literature and legislation for this product type. For sensorial analysis, the treatment two obtained superior notes to the other treatments, demonstrating that the fig cooking in syrup for 10 minutes showed higher acceptability of assessors. Difference was not verified in relation to the sex in the preference for the product.

Keywords: Ficus carica L., processing, aceptability.

 

DOI: http://dx.doi.org/10.14583/2318-7670.v03n03a07

Biografia do Autor

Priscilla Kárim Caetano, FCA/UNESP

Doutoranda no curso Horticultura da FCA/UNESP de Botucatu

Veridiana Zoocoler de Mendonça, FCA/UNESP

Doutoranda no Curso Energia na Agricultura da FCA/UNESP

Érica Regina Daiuto, Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA/UNESP-Botucatu)

 

Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (1997), mestrado em Agronomia (Horticultura) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2000) e doutorado em Agronomia (Energia na Agricultura) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2005).  Atualmente é docente no curso de Especialização em Ciência e Tecnologia de Alimentos da UNESP/Botucatu, curso de pós-graduação Lato Sensu, e pós- doutoranda na Faculdade de Ciências Agronômicas (UNESP/Botucatu) no curso de Horticultura. Possui experiência na área de Agronegócio e Ciência e Tecnologia de Alimentos, atuando principalmente nos seguintes temas: amido, aplicação de amido de em alimentos, amidos de diferentes fontes amiláceas, mandioca, pós-colheita e processamento de frutas e hortaliças, desidratação por atomização com uso de suportes amiláceos, conservação e processamento de alimentos e desenvolvimento de produtos.

Rogério Lopes Vieites, FCA/UNESP

Prof. Titular Departamento de Horticultura da FCA/UNESP de Botucatu, área de Pós colheita e processamento de frutas e hortaliças

Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 14141: escalas utilizadas em análise sensorial de alimentos e bebidas. Rio de Janeiro, 1998. 3p.

BAPTISTA, L. R. Verticalização de Lichia: Composta de Frutas. 2010. 82f. Monografia (Graduação em Tecnologia em Agronegócio) – Faculdade de Tecnologia de Taquaritinga, Taquaritinga, 2010.

BRASIL. Resolução da Comissão Nacional de Normas e Padrões para Alimentos. Brasília: Ministério da Saúde/ANVISA, 1978. (CNNPA n. 12, de 24 de julho de 1978).

BRASIL. Métodos físico-químicos para Análises de Alimentos. 4.ed. Brasília: Ministério da Saúde/ANVISA, 2005. 1018p. (Série A. Normas e Manuais técnicos).

BRASIL. Resolução RDC nº 272, de 22 de setembro de 2005. Brasília: Diário Oficial da União – Poder Executivo, de 23 de setembro de 2005. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br_legis/>. Acessado em jan. de 2015.

DREWNOWSKI, A. Why do we like fat? Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics, New York, v.97, n.7, p.58-62, set. 1997.

FIGUEIREDO, L. P. et al. Efeito da adição de suco de maracujá e tempo de cozimento sobre a qualidade de doces do albedo de maracujá em calda. Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, v.29, n.4, p. 840-846, out./dez. 2009.

HÖFELMANN, D. A.; GARCIA, L. Análise de preferências alimentares de um restaurante de culinária internacional à La Carte. Revista Nutrição em Pauta, São Paulo, v.13, n.71, p.18-24, mar./abr. 2005.

KATO, T. et al. Avaliação da qualidade de doces de frutas agroindustriais do norte do Paraná. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.15, n.2, p.173-182, jul./dez. 2013.

KREMER, S. M. Preception of texture and flavor in soups bu elderly and young subjects. Journal of Texture Study, Westport, v.36, n.3, p.255-272, jun. 2005

LIMA, J. R.; BRUNO, L. M. Estabilidade de melão processado por desidratação osmótica seguida de fritura. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v.30, n.5, p.937-941, set./out. 2006.

MENDONÇA, C. R. B. et al. Caracterização de Compotas de Pêssego Elaboradas com a Substituição Parcial de Açúcar por Sucralose e Acesulfame-K. Brazilian Journal and Food Technology, Campinas, v.4, n.3, p.95-101, jul./set. 2001.

PENTEADO, S. R. Uso de atmosfera modificada e embalagens ativas, na conservação do figo Roxo de Valinhos (Ficus carica, L.). 1998. 100f. Tese (Doutorado em Agronomia) – Universidade de São Paulo, Piracicaba, 1998.

TONON, R. V. et al. Estudo da desidratação osmótica de tomate em soluções ternárias pela metodologia de superfície de resposta. Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, v.26, n.3, p.715-723, jul./set. 2006.

Downloads

Publicado

2015-09-30

Como Citar

Caetano, P. K., Mendonça, V. Z. de, Daiuto, Érica R., & Vieites, R. L. (2015). PREFERÊNCIA SENSORIAL DE COMPOTA E DOCE DE FRUTA EM CALDA ELABORADOS COM FIGO EM FUNÇÃO DO MODO DE PREPARO. Nativa, 3(3), 191–195. https://doi.org/10.31413/nativa.v3i3.2293

Edição

Seção

Notas Técnicas / Technical Notes

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)