A CARNAVALIZAÇÃO E O GROTESCO NA CHARGE POLÍTICA: ANÁLISE DO TEXTO CHARGÍSTICO DE VITOR TEIXEIRA
Palabras clave:
Carnavalização, Grotesco, Charge política.Resumen
Este trabalho analisa a imagem carnavalizada/grotesca veiculada na charge política. Utilizamo-nos da teoria bakhtiniana para construir nosso arcabouço teórico (BAKHTIN, 2010, 2013, 2015), em especial, dos conceitos de realismo grotesco e carnavalização para o pensamento bakhtiniano. A charge permite uma reflexão num dado momento, de modo que esse gênero discursivo é importante para a construção dialógica que tenta compreender um dado status quo. Analisamos uma charge do autor Vitor Teixeira, considerada uma voz dita não oficial, que busca compreender nosso momento político por meio da crítica. Assim, a carnavalização na charge reconstrói uma crítica do cenário político brasileiro.Citas
AMORIM, Marilia. Cronotopo e exotopia. In: BRAIT, B. (org.). Bakhtin: outros conceitos-chave. 2 ed. São Paulo: Contexto, 2012. p. 95-114.
BAKHTIN, M. M. Problemas da poética de Dostoiévski. Tradução de Paulo Bezerra. 5 ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2015.
______. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais. Tradução de Yara Frateschi Vieira. São Paulo: Hucitec, 2013.
______. Questões de literatura e estética. 7 ed. São Paulo, Hucitec, 2010.
______. Estética da criação verbal. Tradução de Paulo Bezerra. 4 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
______; VOLOCHINOV, V. N. Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do método sociológico da linguagem. Tradução de Michel Lahud e Yara Frateschi Vieira. 12 ed. São Paulo: Hucitec, 2006.
BÜHLER, R. D. A. Gramática Visual: trazendo à visibilidade imagens do livro didático de LE. Signum: Estudos da Linguagem. Londrina, n. 14/2, p. 61-84. Dez. 2011. Disponível em: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/signum/article/view/8534. Acesso em: 16 Ago. 2016.
CAÑIZAL, E. P. Realismo grotesco. In: BRAIT, B. (org.). Bakhtin: outros conceitos-chave. 2 ed. São Paulo: Contexto, 2012. p. 243-257.
CARMO JUNIOR, F. A. Roedores: biologia, controle e prevenção. Boas práticas. Disponível em: http://boaspraticasnet.com.br/?p=3554. Último acesso: 30 Dez. 2016.
CHARAUDEAU, P. Discurso das mídias.Tradução de Angela M. S. Corrêa. 2 ed. 2 reimp. São Paulo: Contexto, 2013.
CORREA, J. Vitor Teixeira: o ilustrador à esquerda e seus desenhos politizados. Obvious. Disponível em: http://lounge.obviousmag.org/manifesto_da_artes/2014/05/vitor-teixeira-o-ilustrador-de-esquerda-e-seus-desenhos-politizados.html. Último acesso: 30 Dez. 2016.
DISCINI, N. Carnavalização. In: BRAIT, B. (org.). Bakhtin: outros conceitos-chave. 2 ed. São Paulo: Contexto, 2012. p. 53-93.
DÉBORD, Guy. A sociedade do espetáculo. Tradução de Estela dos Santos Abreu. 2 ed. Rio de Janeiro: Contraponto, 2017.
FERREIRA, J. P. “Alto” / “Baixo”: o grotesco corporal e a medida do corpo. Proj. História, São Paulo, (25), dez. 2002.
FERREIRA, D. M. M. O que a Imagem Quer: Charge e Representação Sociocultural. In: ______ (org.). Imagens: o que fazem e significam. São Paulo: Annablume, 2010. p. 45-65.
FIORIN, J. L. Introdução ao pensamento de Bakhtin. 2 ed. São Paulo: Contexto, 2016.
GONÇALVES, J. B. C; VIEIRA, R. de O.; SOUZA, E. L. L. de. Dialogismo generalizado e dialogismo revelado: o discurso citado como forma concreta de funcionamento dialógico do discurso. Revista de Humanidades, v. 30, n. 2 (2015). Fortaleza: Universidade de Fortaleza, 2015. p. 208-226.
MARCUSCHI, L.A. Linguística de texto: o que é e como se faz. São Paulo: Parábola Editorial, 2012.
______. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.
MEDVIÉDEV, P. N. O método formal nos estudos literários: introdução crítica a uma poética sociológica. Tradução de Sheila Camargo e Ekaterina Vólkova. São Paulo: Contexto, 2012.
RAMOS, P. Humor nos quadrinhos. In: VERGUEIRO, W; RAMOS, P (orgs.). Quadrinhos na educação: da rejeição à prática. São Paulo: Contexto, 2015. p. 185-217.
RIBEIRO, A. E. Textos multimodais: leitura e produção. 1 ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2016.
ROMUALDO, Edson Carlos. Charge jornalística: intertextualidade e polifonia – um estudo de charges da Folha de S. Paulo. Maringá: Eduem, 2000.
SANTOS, A. G. P. dos. O Espetáculo de Imagens na Ordem do Discurso: a Política Americana nas Lentes da Mídia. Brasília, Editora Kiron, 2012.
SILVA, F. L. C. M. Considerações sobre o Conceito de Grotesco nos Quadrinhos. In: XXXIV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, Recife, PE – 2 a 6 de setembro de 2011. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação.
SILVA, A. P. P. F. Bakhtin. In: OLIVEIRA, Luciano Amaral (org.). Estudos do discurso: perspectivas teóricas. 1 ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2013. p. 45-69.
SOBRAL, A. Uma proposta bakhtiniana de estudo dos gêneros discursivos. In: BRAIT, B; MAGALHÃES, A. S. (orgs.). Dialogismo: teoria e(m) prática. São Paulo: Terracota Editora, 2014. p. 19-36.
______. Ver o mundo com os olhos do gênero. In: ______. Do dialogismo ao gênero: as bases do pensamento do círculo de Bakhtin. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2009. cap. 8, p. 115-133. Série Ideias sobre Linguagem.
STREET, B. V. Letramentos sociais: abordagens críticas do letramento no desenvolvimento, na etnografia e na educação. Tradução de Marcos Bagno. São Paulo: Parábola Editorial, 2014.
TIHANOV, G. A importância do grotesco. Bakhtiniana, São Paulo, 7 (2), p. 166-180, Jul./Dez. 2012.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.