Sintaxe da Libras: aplicação dos pronomes pessoais do caso reto aos verbos simples
Keywords:
Sintaxe da Libras. Verbo simples. Pronomes. Brazilian sign language (LIBRAS) sintax. Base verbs. Pronouns.Abstract
RESUMO: Este artigo nasce de nossa práxis docentes com sujeitos visuais2 e ouvivisuais 3 . Buscamos analisar a compreensão dos sentidos do dizer enunciativo na língua de sinais. Essa compreensão está condicionada à qualidade da imagem que o enunciador produz. Esse aspecto da língua de sinais é muito claro em nossa prática docente, no entanto, por falta de compreensão ou interpretação equivocada de alguns profissionais da área acerca das afirmações das autoras Quadros e Karnopp (2004); e também da pesquisadora Ferreira (2010) a respeito das características e aspectos dos verbos simples, a partir de então, uma polêmica se instaurou no meio. Afirma-se que tais verbos não necessitam de nenhum apontamento de sujeito, pois o contexto e o próprio verbo se encarregam de mostrar quem no discurso pratica a ação. Preocupados com essa questão linguístico-discursiva, na produção do sentido e a compreensão dos sujeitos participantes do processo enunciativo, organizamos uma pesquisa para a produção de dados, baseando-nos em dois pequenos discursos: 1o) omitidos toda a marcação de sujeito; 2o) reproduzimos o mesmo discurso com os apontamentos. Na sequência, fizemos uma provocação, um rápido debate entre os profissionais e os sujeitos pesquisados, o que nos permitiu confirmar a hipótese levantada. ABSTRACT: This paper is born out of our practice in teaching visual and aural- visual subjects. In Libras, the comprehension of the meanings conveyed by the signer strongly relies on the images produced by him/her. This aspect that characterizes the language is sometimes misunderstood by some professionals in our research field, despite the fact that it has been thoroughly discussed in the studies of Ronice Quadros de Müller, Lodenir Becker Karnopp, and also in the study of Lucinda Ferreira on which she researchers about the use of base verbs, their characteristics and aspects. Because of these misunderstandings, a debate has been raised among researchers. It is argued that when using such verbs, one does not need to point to refer to a person or object because through the context it is possible to know who does the action. Concerned about this issue, we developed a study to collect specific data in what regards two different speeches: 1) the omission of the subject reference; 2) the use of pointing for reference. Next, we discuss the professionals and the research subjects’ perspectives, and finally, we confirm the hypothesis proposed previously.References
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